Resident Evil: O Hóspede Maldito (2002)
“You’re all going to die down here”
SENSACIONAL! Adaptado de um jogo de videogame, Resident Evil é um dos melhores filmes que eu conheço na temática
de zumbis – e olha que eu normalmente nem
gosto de filmes de zumbis! No entanto, Resident
Evil tem uma história cheia de complexidades e mistérios deliciosos.
Estamos em um ambiente comandado pela Umbrella Corporation, e a ambientação
inicial da saga, lá no filme original de 2002, é em uma base de pesquisas
científicas que lidam com pesquisas como genética e vírus, lembrando um pouco o
que anos mais tarde veremos na premissa de Helix,
uma série que eu adoro. Assim, o filme tem protagonistas cativantes e intensos
em um filme eletrizante, capaz de construir um suspense, dar-nos uma variedade
de sustos e nos fazer vibrar em elaboradas cenas de ação que, às vezes, parecem
mesmo saídas de um jogo!
A introdução é fenomenal. Estamos na Colmeia, uma
base de operações e pesquisa da Umbrella Corporation onde o caos se instala. Notamos
brevemente pesquisas, sem saber do que se tratam, e quando um frasco de líquido
azul se quebra, tudo vira um caos. As portas começam a se fechar, e o vírus
começa a tomar conta enquanto todos os cientistas presentes (aproximadamente
500 deles) são mortos… com essa introdução eletrizante, passamos para a
apresentação da personagem de Milla Jovovich, a cara de Resident Evil: Alice acorda nua, caída no chuveiro, sem memórias, e
coloca aquela icônica roupa vermelha – é uma introdução interessante para a
personagem, porque as possibilidades são infinitas uma vez que não lhe é
conferido passado nem motivações visíveis. Só sabemos da relação com a Umbrella
Corporation e ansiamos por mais.
O filme começa de fato quando uma equipe, com
Alice (supostamente um soldado da Umbrella), desce para a Colmeia para
desativar a Inteligência Artificial, a Red Queen, que foi a responsável por
selar as portas e matar todos os cientistas do lugar. O centro de pesquisas é
bastante interessante, eu adoro esse tipo de ambientação! O lugar frio e sem
vida já transmite algo chamativo, e a trama toda da memória é muito bacana,
gosto do quanto ela não sabe, gosto do quanto os flashes vêm lentamente ajudando-a a encaixar as peças que só farão
sentido, de fato, no fim do filme. A motivação do filme até parece fazer todo o
sentido – desativar a Red Queen, afinal uma Inteligência Artificial não deveria
virar homicida, trancar todo mundo em um lugar e matá-los, mas nos
questionamos: e se ela teve um bom motivo
para fazê-lo?
Resident
Evil: O Hóspede Maldito vai construindo um apavorante suspense. Uma mão
tocando o vidro e olhos se abrindo. A sensacional e terrível cena em que o laser mata um a um cortando-os… os
dedos, a cabeça, a cintura… por fim
fazendo em pedacinhos. E quando eles finalmente chegam até a Red Queen, na
forma do holograma de uma garotinha, ela tenta avisá-los de que eles não deviam
fazer isso, que eles não entendem o que está acontecendo, e que se o fizerem a
energia vai cair… mas eles a desligam.
ENTÃO CHEGAM OS ZUMBIS! A primeira zumbi é apavorante, a primeira mordida que
já compromete Rain, e então já é tarde demais. Assim, começa a tensão, o
suspense e o HORROR. Zumbis e mais zumbis, atacando brutalmente em cenas
angustiantes repletas de muita ação e morte, em paralelo a flashes de Alice num cemitério com uma mulher, falando sobre “pegar
o vírus”, que ela tem acesso às “plantas e códigos de acesso”.
E, como vocês sabem, EU ADORO UM MISTÉRIO!
Gosto muito do personagem de Matt! Ele explica que
as Corporações acreditam sempre que estão ACIMA da Lei, e por isso ele quer
colocar as mãos em algo que possa expor a Umbrella Corporation, algo que possa
destruí-la mostrando o tipo de pesquisas que realizam… mas foi assim que ele
envolveu sua irmã Lisa nisso tudo, e assim ela morreu, transformada pelo
T-Vírus em um assombroso zumbi que vaga sem cérebro e sem alma, apenas o seu
instinto mais primário: se alimentar.
É o que explica a Red Queen quando eles a religam, mas então já é tarde demais.
O T-Vírus foi elaborado talvez com propósitos militares, para reanimação dos
corpos, mas não foi algo que deu muito certo, porque não sobra nenhum tipo de
inteligência, apenas a fome… então
por que ela fechou o lugar e matou todo mundo lá embaixo?
PARA QUE O VÍRUS NÃO SE ESPALHASSE PELO MUNDO TODO!
Agora, a Red Queen talvez não queira que eles
saiam também, afinal podem levar o vírus para fora, e eles têm menos de 1 hora
para que as portas da mansão se fechem. Segue-se uma eletrizante sequência de
muita ação, luta, mordida, tiro… e Alice se lembra de mais coisa: “Blue for the vírus, green for the
anti-virus”. Ainda há esperança para pessoas como Rain! O mais legal é
entender que ELA era a informante de Lisa, embora ainda não seja claro se foi
ela que a traiu ou não… mas mais
importante agora é encontrar o antídoto. Adoro o flashback de Alice conversando com Lisa, dizendo que pode ajudá-la
a encontrar o vírus e expor a Corporação, mas com uma condição: QUE ELA DESTRUA
A UMBRELLA. Estabelece-se, então, uma verdadeira GUERRA contra a Corporação que
está tomando conta do mundo, enquanto algumas pessoas os traem.
Spence.
É bacana rever o início do filme, ver as cenas de
outra perspectiva, perceber o vírus se espalhando por feito de Spence, quem
traiu Lisa de fato, e então tudo se encaixa, tudo faz sentido – e então
ganhamos um final SURPREENDENTE. Quer dizer, meio WTF. QUE MONSTRO É AQUELE?
Como se não bastassem os zumbis, um monstro mutante, fruto de um dos primeiros
experimentos da Umbrella com o T-Vírus, ataca Spence e muta perigosamente ao
adquirir o seu DNA, e então segue para matar a todos. Com 8 minutos restantes,
temos uma sequência no trem de tirar o fôlego, que acaba com Rain levando um
tiro e o monstro queimando! E então Alice e Matt passam, e parece que tudo vai
ficar bem, porque eles estão fora da Colmeia, de volta à Mansão. Não só isso,
eles também estão em posse do vírus, tudo o que precisavam para expor a
Umbrella.
Mas não.
É angustiante ver os cortes de Matt começarem a
fazê-lo sofrer mutação também, e não sabemos o que será feito dele quando ele é
levado para o Programa Nêmesis. Alice, por sua vez, é colocada em quarentena
para exames que determinarão se ela está infectada ou não, e enquanto isso eles
abrem a Colmeia para saber o que houve lá embaixo. ERRO UM. Porque eles deviam
ter parado e escutado o que eles, os dois únicos sobreviventes, tinham a dizer…
agora, tempos depois, Alice acorda, toda
conectada a fios, e sai daquele lugar, para encontrar uma Raccoon City
devastada pelo mesmo vírus que eles tinham, finalmente, conseguido conter lá na
Colmeia. Parabéns, Umbrella! A cidade está um caos, destruída, os jornais
falam sobre o horror na cidade porque os mortos andam por ela, e não parece que
ainda haja alguém vivo…
Assim, VEM APOCALYPSE!
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