This is Us 1x12 – The Big Day


“I love you so much it hurts and I haven’t even met you yet. It’s crazy”
É interessante pensar como as vidas e os acontecimentos estão interligados – como podemos estar influenciando alguém de forma tão grande sem nem ao menos percebermos. Estamos em Setembro de 1980, de volta ao dia do Piloto, o aniversário de Jack e o nascimento dos trigêmeos, mas com outra abordagem e perspectiva dessa vez, profundamente emocionante, como sempre. Não esperamos menos que um roteiro impecável e interpretações tocantes no primor que é This is Us. Lágrimas garantidas. O episódio se passou todo em 1980, e acompanhou, além de Rebecca e Jack, o Dr. K e Joe, o bombeiro que deixou Randall no hospital depois de William tê-lo deixado na porta do Corpo de Bombeiros. O episódio trabalhou incrivelmente com uma emoção garantida e nos comoveu do início ao fim. Adorei conhecer mais dessa época.
“Hey, Miguel, pray for me, okay?”
Rebecca, grávida de TRIGÊMEOS que está prestes a nascer, está lidando com o excesso de hormônios e fica, devo dizer, um pouquinho assustadora. Como Jack comenta: ela foi para o lado negro. E embora eu entenda um pouco de Rebecca, porque só posso imaginar o quão difícil deva ser carregar trigêmeos e lidar com todos os hormônios, foi de partir o coração vê-la tão cruel com Jack, sendo grosseiramente expulso de sua própria casa no dia de seu aniversário, por exemplo, porque ela não queria vê-lo ali. Doeu-me o coração porque todos nós sabemos que Jack NÃO MERECE. Ele é o marido, pai e tudo MAIS PERFEITO possível, e nós o amamos profundamente. Assim como Rebecca o ama, com toda a certeza. Mas Jack atende ao pedido, sai de casa com uma rápida reza: “Hey, God. I know we only talk during play-off seasons, but if you’re listening… I’m concerned that my wife may be possessed by demons”.
E logo em seguida Rebecca se lembra do aniversário, ao ver no calendário.
Depois de ela soltar um sarcástico e grosseiro “Hey! Thanks again for the bathroom sex at Froggy’s, Jack!” e se dar conta do aniversário, ela percebe: “I am a monster”. Desesperada ela liga para a amiga, diz que Jack vai abandoná-la, que vai trocá-la por uma mulher que não seja louca e não esqueça do seu aniversário, enquanto nada similar passa pela cabeça de Jack, porque quando ele sai com Miguel e ele o leva para jogar golfe, Jack declina porque tudo o que ele quer é voltar para casa e ver como a Rebecca está, por pior que esteja o seu humor, porque ele a ama. ELE A AMA MAIS QUE TUDO. Tudo o que ele quer, segundo ele, é passar um tempo com sua família. Na verdade, ele quer congelar o tempo para que possa passar MAIS tempo com a sua família. Jack é mesmo um patamar inigualável de ser humano perfeito, de marido e pai exemplares.
Nós te amamos, Jack!
Enquanto isso, acompanhamos outras tramas no passado. Primeiramente, a do Dr. K, o adorável médico que fez o parto de Rebecca, que perdeu a esposa 14 meses atrás, e ainda não conseguiu seguir em frente, nem tirar sua aliança, nem jogar fora os remédios do armarinho do banheiro. É preocupante ver o estado de Nathan, conversando sozinho na mesa, e sua família está preocupada com ele, mas ele faz um discurso LINDÍSSIMO: “I know she’s gone. You don’t think I know she’s gone? I buried her, Peter. I was married to her for 53 years and I buried her. I don’t need you to tell me she’s gone. And I will never move on, so stop asking me to. She’s my wife. She was my life”. É tão forte, tão verdadeiro e tão tocante! E foi quando ele teve que sair do cemitério e ir ao hospital fazer o parto de Rebecca, e conheceu Jack e deu-lhe conselhos, que sua trama se fechou e ele pôde crescer, seguir em frente…
É bacana, como eu comentei, ver o quão podemos interferir na vida dos outros!
Jack e Rebecca não tinham noção alguma do que estavam fazendo por Dr. K, mas eles ajudaram-no a seguir em frente de uma forma muito bonita e saudável. Também vemos a história de Joe, o bombeiro, que está com o casamento se despedaçando porque ele a mulher não podem ter filhos, e então ele começa o episódio no confessionário, pedindo por um milagre… e então ele encontra Randall na porta do Corpo de Bombeiros. Foi bastante triste, na verdade. Porque esse bebê podia ser o milagre que ele esperou e pediu, E A MULHER DELE FOI UMA IDIOTA. Eles não podiam ficar com Randall, porque ele estava destinado a ser o terceiro filho de Jack e Rebecca, mas que eu acredito que era uma resposta a suas orações, acredito. E foi bom conhecer Joe, me afeiçoei depressa a ele, torci por ele, sofri com ele – mas foi lindo vê-lo com a esposa tentando recomeçar no fim de tudo.
Mais um milagre desse dia tão especial.
Adorei ver mais de Rebecca, também, vê-la sabendo o quão perfeito Jack é, coisa que todos nós já sabemos há tempos. Porque quando ela se dá conta de que foi extremamente grossa com ele e justamente em seu aniversário, ela faz de tudo para que tudo fique bem. Então ela sai de casa, mesmo tão grávida quanto está, tudo para fazer a sobremesa que é a tradição do aniversário de Jack, e só o esforço dela já é absolutamente lindo e reconfortante. “I was really, really, really mean to my husband. Really mean to him. And he’s pretty much perfect, I’ve seen what else is out there. So I need to make him something for his birthday, do you understand me?” Existe MUITO AMOR entre Jack e Rebecca, e isso é capaz de superar qualquer coisa! Então ela volta para casa com compras para um cupcake e uma toalha amarela (aquela do Piloto) que vai ser seu presente de aniversário!
Detalhe para a cena de Rebecca conversando com a barriga, que foi EMOCIONANTE. Ela falou sobre o nervosismo que sente, sobre como Jack é perfeito e eles vão amá-lo, sobre como está preocupada de eles conhecerem ela, porque ela não é exatamente a mãe perfeita com a qual eles sonham (se eles sonharem)… mas tudo é tocante, terno, cuidadoso. A série é delicada e nos ganha em pequenos momentos, como Jack chegando com aquela câmera, as maõs deles juntas… e ele nu na cama só coberta com a toalhinha amarela acaba de ganhar um significado todo novo que é muito bonito! Revimos brevemente cenas emocionantes, como o Dr. K conversando com Jack, cenas que nos emocionaram lá na estreia da série. Foi de partir o coração ver Rebecca descobrindo que um dos trigêmeos morreu. E aquele final, com as crianças já maiores, do “filme de Dia dos Pais” favorito do Jack.
Tem como não amar tamanha perfeição?

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