Turma da Mônica Jovem (2ª Fase, Edição Nº 1) – …te amo para sempre!
“GREAT
SCOTT! Nós vamos vencer a barreira do tempo!”
A Turma da
Mônica Jovem está de cara nova, recomeçando uma jornada que deu super certo
e nos levando a novos caminhos. Os traços são outros daqueles iniciados em
2008, parecem mais seguros, mais maduros agora – consequentemente os
personagens parecem mais velhos. E algumas coisas me levam a acreditar que
realmente é a intenção, que partimos de um momento mais adolescente para,
talvez, algo mais adulto da turma. Afinal de contas, Maurício provoca no campo
destinado a ele no fim da edição: “Os
caminhos do casalzinho vão tomar novos rumos, preparatórios para a idade
adulta. E esta série de revistas vai acompanhar essa evolução e contar tudinho
pra você” e eu estou bem animado para entender o que ele quis dizer com
isso! [Fora que a 2ª Fase começa com a Classificação Indicativa aumentada de 10 para 12 anos!] De todo modo, a trama acompanha Mônica e Cebola logo que a Edição 100
terminou, ou seja, logo que eles voltaram a namorar por causa de uma visita
além do tempo.
A edição é visualmente muito bonita. A capa traz
Cebola abraçando Mônica, ele com um casaco verde, ela com um blazer vermelho,
lembrando as cores clássicas dos gibizinhos. Novo logo, novo modo do número na
lombada, e agora seguiremos o estilo de Chico
Bento Moço, com um desenho que se constrói ao longo das edições. A história
de “…te amo para sempre!” vem
bastante romântica, quiçá até brega e melosa demais – ou como a Mariazinha
gosta de provocar: CAFONA. Cebola e Mônica estão namorando novamente, e estão
SUPER felizes juntos. Eles até lembram eventos da 1ª Fase depois de comer pizza
e correr para debaixo de uma árvore por causa da chuva, e Mônica lembra o rapaz
de que ali foi o seu primeiro beijo, e ele pergunta: “O da Edição 4 ou 34?” que eu, particularmente, achei um máximo.
As quebras da 4ª parede!
4ª parede NEM EXISTE na Turma da Mônica!
Estamos, assim, repletos de auto referências, até
na própria maneira como a Mônica se inclina sobre o Cebola (ele não corre dessa
vez), e referências a outras coisas, como aquele MARAVILHOSO “O QUÊ?! COMO ASSIM? Essa androide
cangaceira estava o tempo todo sonhando que vivia numa realidade paralela onde
ela era a única humana num mundo de robôs? Essa série Agrestworld é sensacional!”,
que eu AMEI! Super atual já referenciar Westworld
assim, huh? Mas surge todo um suspense angustiante com uns exames de
laboratório que o Cebola recebe, um mistério todo que nos faz pensar em coisas
ruins, ainda que seja evidente que o Cebola NÃO vai morrer. Mas quando a Mônica
diz que queria ficar juntinho dele pra sempre e ele fica triste, chora, e volta
pra casa de cabeça baixa… bem, aquilo incomodou.
E o Cascão diz mesmo que vai ser muito difícil ficar
ali sem ele.
Como despedida, Cebola organiza uma semana
PERFEITA com a Mônica.
Na SEGUNDA-FEIRA
foi onde mais tivemos acontecimentos. Começamos com o Xaveco disfarçado de
carteiro para entregar para Mônica uma correspondência do Cê (“Xaveco, em primeiro lugar… ‘pocilga’ não vai
pegar igual a ‘pindarolas’ do Cê! Aceita que dói menos” – ah, adoro as
metalinguagens). A primeira surpresa é cheia de deliciosas referências. Mônica ganha
um bilhete, e uma chave com um coelhinho de pelúcia pendurado… ao ligar, Cebola
cita o “Chapeleiro” e, em referência a Alice
no País das Maravilhas, manda Mônica seguir o coelho branco, o que a leva
ao campinho, agora com portão (detalhe para o “UADARRÉU?” da Mônica, que eu ri DEMAIS!), e lá dentro tudo está
decorado. Papeis com recadinhos arrumados em forma de coração, a Estrada de
Tijolos Amarelos (AMO!) e o Príncipe Encantado ao fim.
Ou o Gato de Botas, sei lá.
De todo modo, digo que o Cebola foi BEM romântico,
e isso foi até fofo. Os chocolates que diziam TE AMO, as flores que formavam “M
& C” e os dois saindo de bicicleta. A TERÇA-FEIRA,
AMOR RADICAL, contou com coisas como
andar de skate, andar de montanha-russa e pular de paraquedas. A QUARTA-FEIRA, AMOR DE PRIMEIRA VIAGEM, colocou-os para fazer juntos coisas que
nunca fizeram. Como jogar basquete, andar de bike dupla, dançar forró,
participar de uma batalha de rap e cozinhar um para o outro. [Esse último
acabou com eles pedindo pizza] Na QUINTA-FEIRA,
AMOR NOSTÁLGICO, eles voltaram a ser
crianças, afinal de contas recordar é viver – teve até um desenho da Mônica
dentucinha e o Cebola chamando ela de “baixinha”. Brincaram, se divertiram,
viram o Urso Bilu na TV e se beijaram no sofá, o que foi bem legal…
Na SEXTA-FEIRA,
AMOR ROMÂNTICO, o Cebolinha estava
todo produzido e levou a Mônica para um passeio especial, E FOI LINDO. Eles andaram
em um carro com teto solar (teve até “I’m
the King of the World!”, de Titanic,
exatamente como no filme, sem brincadeiras!), e chegaram para uma festa na
praia, super romântica, arrumada com a ajuda da galera, tipo a Magali, o Quim,
a Denise, a Cascuda, a Marina, o Jerê, o Franja e o Cascão… TODO MUNDO AJUDOU. E,
claro, foi bem bonito, teve até fogos de artifício, e a Mônica ficou preocupada
quando o Cebolinha lhe abraçou e disse “Vou
te amar pra sempre. Aconteça o que acontecer”. Porque foi então que ela
parou para pensar em como aquela semana tinha sido perfeita, no como ele tinha
feito um monte de coisas por ela, e isso era um pouco suspeito, se pararmos
para pensar.
Então ela se lembra do exame médico que ele não deixou
que ela visse.
Assim, para SÁBADO,
sabiamente intitulado AMOR DOIDO, as
neuras estão a mil. Ela acha que o Cebola está morrendo, e escuta as mãos
conversando sobre algo que só confirma suas suspeitas, e quando ela sobe as
escadas (tentando se convencer de que foi tudo um mal-entendido, que o
Cebolinha está novo, saudável, lindo e sarado), ela encontra Cebola com Ângelo,
que promete que vai cuidar de sua família e da turminha em sua ausência e que
ele faça uma boa viagem – mas então tudo se esclarece. Um intercâmbio, para
estudar inglês na Austrália. Mesmo assim, é algo grande, e eu estou curioso
para saber como isso vai impactar o futuro da TMJ. Afinal de contas, SÃO SEIS
MESES! Detalhe para a Mônica: “Seis meses
podem ser uma eternidade… mas pra quem tem um amor como o nosso… GREAT SCOTT! Nós
vamos vencer a barreira do tempo!”
Sério! Tem como não amar a Mônica quando ela cita De Volta Para o Futuro?!
NÃO!
Assim termina a primeira revista da nova Fase da Turma da Mônica Jovem. Num saldo geral,
eu acho que foi boa e poderia ter sido melhor. No entanto ter o Cebola longe
por um tempo pode ser bacana porque vai diminuir o lado meloso do casal (assim
espero), e talvez tenhamos uns tipos diferentes de temas, daqueles com mais
aventura como gostamos – afinal de
contas, vem aí um novo jogo online, segundo a preview da próxima edição! A
edição foi dedicada quase que exclusivamente a Mônica e ao Cebolinha e o
romance deles, puxado para o lado romântico (e cafona, como diz a Maria), mas
era algo que, talvez, precisássemos para encerrar essa parte da história do
casal. Apenas uma introdução para um recomeço forte e cheio de aventuras. Visualmente,
a edição está lindíssima. Adorei a Capa e a 4ª Capa, está perfeita. Os traços
de lápis em azul da 2ª e 3ª Capa também estão lindos!
Vamos ver o que nos espera na Edição Nº 2!
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