Chico Bento Moço, Edição #5 – A Primeira Semana


“Você não está mais no Kansas, Totó!”
É sempre bom estar ao lado do Chico – ele tem uma aura tão boa e admirável que enche os nossos corações. Adoro acompanhar a leveza com que ele enfrenta as coisas (embora tenha nascido uma rivalidade com Vespa, mas foi o Vespa quem pediu e o Chico não é apenas um “caipira idiota” para ficar parado!), sua inocência, sua fofura… não sei ainda o que vai acontecer com Violette, chamada de Francis nessa edição inteira por ter vindo da França, mas não posso dizer que a culpe por ficar completamente encantada pelo Chico Bento – é realmente muito difícil NÃO se apaixonar por ele! Chico está na sua primeira semana de aulas na UFA, a Universidade Federal de Agronomia (eu ADOREI o nome!), e com saudade da sua família, da sua “fessora” e dos seus amigos, Chico manda cartas para todos eles, contando como foi.
São cartas LINDÍSSIMAS. O Chico tem um coração enorme, um amor pela família e pelos amigos que é incomparável… eu adoro isso no personagem, como ele é doce, querido e atencioso. As cartas são bem escritas, acessíveis a cada um de seus amigos. Para Rosinha, a carta tem um sentimento diferente, fala das coisas que lhe dão frio na barriga, como o primeiro dia de aula, andar de avião pela primeira vez, a primeira vez na escada rolante, ou o primeiro beijo deles… para o pai e para a mãe, a segurança de que está tudo bem e ele está se alimentando bem. Para o Zé Lelé, sobre as aulas com os animais, no clássico e delicioso caipirês. Para os amigos em outras faculdades, algumas dicas de seu Centro Estudantil. À “fessora”, coisas que a enchem de orgulho! E, claro, à Vó Dita, que ganha uma história de “assombração”.
Tudo um máximo!
Por enquanto, os gibis do Chico Bento Moço são bastante pautados na realidade, contando a vida de um jovem do interior que foi para a cidade estudar – e mesmo que eu não tenha precisado sair de casa para estudar, eu me reconheço no Chico em muitos momentos, e eu acho que essa é uma das grandes vitórias dos gibis do personagem, que consegue conversar e se conectar com seus leitores. Acho que ler Chico Bento Moço é particularmente emocionante, e essa edição estava caprichada em tudo, em seus desenhos, no sentimento da narração, e na história… gostei de ver o Chico chegar à faculdade e descobrir que ele vai ter novos ótimos amigos lá, enquanto sabemos que ainda vamos ter muito o que explorar de seus novos amigos, conhecê-los de verdade, um a um. Ah, e as referências, sempre maravilhosas? “Às vezes, parece que o professor fala outra língua…” teve até uma cameo do Alien!
O trote do Chico até que foi bem tranquilo… ele e os demais calouros precisaram colocar chapéus caipiras com apelidos pelos quais serão futuramente reconhecidos – mas o sorrisão do Chico é adorável, porque ele já estava pensando em ir de chapéu mesmo (o primo que não deixou!), e GOIABENTO até que é um ótimo apelido… afinal de contas, ele ADORA GOIABAS, vide a página 55, aquele deseinho FOFO. Conhecemos, brevemente, seus novos amigos: Yo; Bombeta; Zé (um russo que é um gato!); Ferrugem; e Francis. E o Chico até ajudou a Francis, que é francesa, e o Zé, que é russo, com um pouquinho de português! E a Fran já ficou toda encantada com o Chico, mas também pudera… um gato, um fofo, inocente… aquelas cenas da aula! Ou então aqueles momentos como quando eles estavam andando juntos e ele para para colocar um passarinho de volta no ninho.
Sim, eu suspirei também!
Parece que teremos uma boa parte da história centrada nessa rivalidade com Vespa, um calouro filho de fazendeiro rico que não está adaptado a ter pessoas mais populares que ele, e então já criou uma rixa instantânea com o “Goiabento”. Ainda mais quando ele perguntou para a Yo “O que ele tem que eu não tenho?” e ela respondeu: “Gibi! Um desenhista famoso conheceu ele criança e fez um gibi com ele!” Falando em “gibis”, os personagens ficam todos assustados quando se fala em “fantasma” e eles riem do tipo “Onde vocês acham que a gente tá? Num gibi?” e então vão embora, e é quando Chico conhece Marcellus Cassarotto, o fundador da UFA, mas o Chico já teve sua cota de assombrações pela vida, então não tem porque ele se apavorar… pelo contrário, ele se torna é amigo do fantasma depressa, e sinto que ainda voltaremos a vê-lo…
Agora, vamos ver como vão ser as coisas para o Chico na faculdade!
Ninguém disse que era fácil. Mas ele vai se esforçar.

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