REBELDE – Primeira Temporada (Parte 3)


“Por que fui me apaixonar por você? Por quê?”
Essa divisão está baseada nos DVDs da novela que foram lançados em 2005. A Parte 3 equivale ao Disco 2, Lado A. Rebelde é uma novela que fez incrível sucesso talvez por sua audácia em tratar os assuntos que quisesse, da forma como quisesse – com um grupo de jovens “rebeldes” em uma escola de regime quase interno, nós temos os amores e as rivalidades de pessoas muito diferentes entre si, e alguns assuntos muito sérios são trazidos à tona, por exemplo quando o Joaquim se envolve (e envolve o Tomás) em toda uma trama de venda de drogas dentro do Elite Way School, ou quando a seita começa a perseguir os bolsistas de uma forma mais veemente e então não pode ser ignorada. São tramas muito boas que marcaram a primeira temporada de verdade. Essa terceira parte começa com uma intensa luta de boxe entre Mia e Roberta, que dura muitos minutos, bem perigosa, com dublês que, acredito, eram lutadoras de verdade. A melhor parte, no entanto, foi um homem anunciando os rounds e tirando uma peça de roupa a cada avanço da luta – e você sabe que não era qualquer homem.
Wow.
Sensualidade e ousadia à parte [teve até cuequinha preta escrito REBELDE em dourado!], tivemos também muita diversão, especialmente DEPOIS que a luta acaba, como os comentários divertidos da Mia: “Ai, Celina! Minhas sobrancelhas estão doendo. […] Se eu tiver uma marquinha, eu posso entrar em coma estético”. Essa expressão, “coma estético”, me marcou muito quando eu assisti muitos anos atrás, lembro-me claramente. Resultado? Mia e Roberta acabam suspensas, mas o mais legal é que isso traz à tona as briguinhas adolescentes entre Franco Colucci e Alma Rey, briga esta que as meninas reproduzem ao seguir o modelo. Bem, eles acabam juntos em uma espécie de terapia, escrevendo uma redação lado a lado e se provocando intensamente – me divirto demais, porque eles são piores que os adolescentes! Até rola um beijo, mas é um beijo esquisitíssimo porque Alma estava com uma máscara estética que não era ideal para um beijo
Whatever.
Mesmo suspensas, Mia, Roberta e uma galera do Elite Way School partem em uma VIAGEM! São cenas muito gostosas, de muita diversão, muito verão – estavam todos muito lindos. Brincaram com golfinhos, brincaram entre eles, e os romances? Bem, Diego e Roberta, definitivamente, avançaram um montão na viagem. Quer dizer, eles começam conversando sobre pais (“Queria que meu pai fosse como sua mãe. Viesse me buscar…”), e quando Diego conta sobre como se sente em relação ao pai, como não o ama e também não é amado por ele e tal, ele se abre de verdade – e Roberta é um amor dizendo que sim, ele o ama, mas do jeito dele. Ela também se abre em relação à sua própria mãe, e ali parece que o relacionamento deles pode começar a se solidificar, porque eles dizem coisas sinceras do coração… “É engraçado que eu e você nunca conversamos assim sério. Eu nunca havia contado essas coisas pra ninguém”. O beijo, naquele momento, significaria muito mais que qualquer outro… mas o Diego desmaia.
É.
“Idiota! Estava bom demais para ser verdade”
Mas enquanto Roberta e Diego compartilham cenas muito fofas [No dia seguinte eles conversam mais um pouco e é absurdamente fofo, porque ele diz que a mãe dela pode não ser perfeita, mas faz tudo porque a ama – “Então você se lembra do que conversamos ontem”, e os sorrisos e olhares são românticos e verdadeiros], Mia e Miguel caminham de uma forma bem diferente. Ela está bêbada, ele está tentando protegê-la, sob a desculpa de que “é o seu trabalho”, e quando ela ameaça ir para o mar, naquele estado, ele não permite. Quando ela o confronta, sobre o que ele tem MESMO que fazer, eles se beijam… e, para ele mesmo, Miguel admite: “Por que fui me apaixonar por você? Por quê?” Não que ele admita para mais alguém. Não. Bem, mas o amor é representado fisicamente em mais de um momento. Mia imagina Miguel no seu quarto e joga coisas nele. Roberta é atormentada por mosquitinhos com a cara do Diego… infelizmente as coisas se quebram quando Mia ouve Miguel com Julieta, falando mal dela.
Pronto.
Não que Diego e Roberta fiquem bem, É CLARO. Porque aqueles dois têm uma relação doentia de cão-e-gato que não permite que eles se acomodem e fiquem felizes e pronto. De jeito nenhum. Ela até conhece o Fagundes, de outra banda (e amigo do Diego) e ameaça deixar a RBD e tudo o mais, enquanto ameaçam colocar a Mia para substituí-la, e todo mundo acha um grande vacilo da Roberta. Diego inclusive, quando descobre, não gosta nadinha, e diz que a dedicação a uma banda tem que ser exclusiva – claro que ele estava com mais ciúmes do que preocupado com a banda. Ah, mas Roberta continua fingindo para o nojento do León Bustamante que eles estão juntos – e quando ela pergunta da caxumba de infância mal curada foi pura maldade, mas eu ri. Infelizmente León é um homem nojento, preconceituoso, problemático, que não teve capacidade nenhuma de criar um filho que não crescesse problemático, com todo o horror que ele impõe ao garoto. O mais novo é Paola, não que ela seja um horror, mas a maneira como León quer que ela se aproxime do Diego e durma com ele…
Bem, é bastante asqueroso!
Mas voltemos à banda. Mia compõe duas músicas para a banda, muito boas, e os ensaios são um máximo, Giovanni fazendo a maior baderna, e, em determinado momento, Mia vem ensaiar no lugar de Celina – ainda não é oficial da banda. Mas, durante “Solo Quédate en Silencio”, Mia não consegue cantar, e sai aos prantos, enquanto o Miguel vai atrás dela para saber o que aconteceu, e diz que a música é muito linda e mostra um lado dela que ele não conhecia. E ela estava chorando por causa de um garoto, porque sua sensação é de que tudo está dando errado… “Ele nem me dá bola. Diz que eu sou uma idiota”. É irônico o Miguel ser, finalmente, tão querido com ela, dizer coisas como “Se esse garoto for inteligente, vai descobrir o que você é realmente”, quando evidentemente se trata dele. Meio tapado, huh? Há muita vontade de beijar, uma tensão palpável quando eles se aproximam, se olham, falam o nome um do outro, prolongam o tempo anterior ao primeiro beijo que de fato significaria alguma coisa…
E são interrompidos.
Claro.
Depois tudo degringola entre os dois, embora esteja no subtexto. Como quando ele encontra o diário dela e lê – e o que ele descobre? Nada certo! Achando que ela está apaixonada pelo Esteván quando, claramente, a descrição do amor proibido dela É ELE. Até o Nico sacou tudo: “Hey, cara! Será que você não tá gostando da Mia?” Ele nega. E quando ela descobre do diário e vai ao quarto dele brigar com ele [É aquela cena em que ele está só de toalha, achamos que ela viu alguma coisa quando a toalha escapou, lembro dessa figurinha no álbum!] – “Você me paga, Miguel. Mesmo que eu tenha 80 anos e cheia de rugas, você vai me pagar por tudo”. Embora Miguel esteja mais enrolado com a questão toda da seita. Seu romance com Julieta serve para isso – “Tem a ver com a seita, Miguel. Eu sei muita coisa da seita”. O ex-namorado dela se envolveu com a seita, e com isso parece que o assunto vem para a superfície, com todo mundo vendo, com novas pessoas sendo recrutadas, como aquele garoto meio nerdinho cujo irmão foi “um dos grandes da seita” e agora é a vez dele… e o Miguel já vai arrumando encrenca com essa galera…
“Tem mesmo interesse em fazer parte da seita?”
Vou trabalhar a seita com mais detalhes em OUTRA postagem, fiquem atentos!
Vamos às duas partes talvez mais fortes trabalhadas nessa terceira parte. Primeiro, o plot da droga no Elite Way School, que eu gostaria de ver com mais detalhes. Primeiro Joaquim envolve Tomás de verdade, quando até depois que Tomás não quer mais “entregar encomendas”, ele é obrigado a fazê-lo, porque segundo Joaquim ele não pode parar depois que começa tão fácil assim. É uma trama forte, um professor vê a droga circulando pela escola, exige de Joaquim saber quem a trouxe para a escola, e é claro que o Joaquim nega que foi ele – e joga a bomba para o Tomás, o que é revoltante. Porque, apesar de tudo, eu gosto do Tomás [E eu sei que gostar do Tomás é questionável] É um desespero profundo ver o Tomás chorando na direção, tendo ataque, passando mal, desmaiando. Depois, também, fugindo da escola, quase sendo atropelado, salvo pelo mesmo professor, uma cena tensa. “Não fui eu, professor. Não fui eu!” É muito triste vê-lo abraçar-se ao professor e chorar no mais profundo desespero real.
Mas eu queria ver mais disso…
…aquela forte relação do Tomás e o professor que promete ajudá-lo.
Bem, e o pai da Roberta volta para infernizar a vida dela e de Alma, claro, querendo exigir passar um mês com a “filha” em uma viagem para a Espanha. Eu entendo a revolta da Roberta e acho justíssima, e que ela tem mesmo que se rebelar e mostrar sua não satisfação. Gosto de como ela bate o pé e diz que aquele “homem” não é seu pai, só quem deu os espermatozoides e, portanto, ela não fala com estranhos. É uma pena ver a Roberta chorando, com raiva, dizendo que não viaja de jeito nenhum – “Diga ao tal juiz que com esse senhor eu não vou nem até a esquina”. É muito triste quando a Alma vai até a escola para dizer para a Roberta que não há nada que elas possam fazer, ela terá que viajar… e o pai dela é absurdamente ridículo! Aqueles “mais de 100 presentes”, “um para cada mês que não esteve com ela”. Ele acha que isso é certo? Gosto da atitude dela, de negar os presentes, de jogá-los pela janela do hotel, tudo. “Você está completamente doente. Isso que o senhor está fazendo é sequestro”.
LINDA a ligação da Roberta e Alma, ela chorando, sentindo saudade da mãe, da escola, dos amigos, alucinando o Diego ali ao lado dela… “Ai, mãe! Não sabe o quanto sinto sua falta!” Foi uma ligação e uma conversa muito fofas, Roberta inclusive perguntou do Diego… melhor parte? O ciúme de Mia! Porque Alma realmente está visitando a escola na ausência da filha para FALAR COM MIA. Ai. Mas por um bom motivo, porque Franco está com uma tal de Valéria chatíssima (que inclusive falou mal da mãe dela e ela não gostou nadinha) e a Mia quer a ajuda de Alma para impedir que Franco viaje com ela DE QUALQUER MANEIRA. Ela diz que até namoraria o Giovanni para impedir que o pai dela viajasse com a Valéria – e então ela precisa cumprir a promessa, por mais estranho que seja. Mas, depois de uma mensagem de texto, Mia Colucci está, mesmo, namorando Giovanni – que está se achando, claro. Ele nervosão porque o Miguel parece não entender que eles estão namorando é hilário, dizendo que tem que dar um jeito nisso e tal… que “luta” dos dois foi aquela afinal de contas?

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P.S.: Coisa de adolescente rebelde em uma escola mesmo! Aquela “Operação Podrão” para adiar as provas daquele dia, jogando cal no banheiro e jogando um cheio insuportável na escola toda que garantiu uma folga para todos os alunos? Genial! [Por favor, não tente isso em casa, nem na sua escola]

P.P.S.: Joaquim desmaiando por estar usando drogas no meio da aula em um exercício de resistência – e Mia diz que não é culpa nenhuma do professor ou dos exercícios, a culpa é do Joaquim usando drogas. Queria muito ver mais disso, é uma trama séria a ser desenvolvida!

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