Supergirl 2x14 – Homecoming

“When... when is the last time we were this lucky?”

Olha só, eu vou começar o texto deixando duas coisas muito claras: a) eu AMO o Mon-El; e b) eu vou DEFENDÊ-LO. Percebo em alguns lugares uma resistência ao personagem que, no geral, eu não entendo. Eu entendo, SIM, que ele faz muita coisa errada, que ele irrita a Kara, e que ele tem muito a crescer – mas precisamos nos lembrar que o cara acabou de chegar de Daxam, um planeta COMPLETAMENTE DIFERENTE, e nem por isso ele se fechou ou foi cabeça-dura em continuar como era, ele está disposto a mudar e está fazendo tudo por isso. Suas conversas com Winn mostram sua disposição a ser o melhor que puder ser, bem como a maneira como ele estava lá por Kara no lindo final desse episódio. Sem contar que, no geral, VOCÊS JÁ VIRAM A KARA MAIS FELIZ QUE ISSO? Não, nunca. Ele faz BEM a ela, e por isso eu o amo.

Tá, não só por isso.

De todo modo, esse episódio me deixou dividido. Eu me IRRITEI demais. No geral eu não tenho paciência para todo esse tipo de drama e não tenho paciência para tamanha estupidez (não tem palavra sutil para dizer isso) de Alex Danvers em Homecoming. Não tenho. Mas vou começar minha review falando da introdução do episódio, que passou depressa. Tivemos um começo com Mon-El semi-nu (uhm!) na cama de Kara Danvers, acordando e dando bom dia para ela, sem que ela estivesse ali (“Was it that bad? Was it that good?”). Quando ele levanta e vai para a sala, ele vê na televisão tudo o que a “Supergirl” já fez naquela manhã, antes dela chegar, LINDA, com flores e dois cafés. Ela está tão feliz, tão claramente radiante, que eu não entendo como alguém pode não gostar disso. Fiquei feliz em ver os beijos (sem quebrar nariz) apaixonados, os sorrisos.

E, para mim, tudo se desenvolve tão naturalmente. É leve, terno, e BONITO.

Agora, vão discordar de mim, mas vamos analisar a cena da DEO:

“Hey, everybody! Uh, quick thing. Kara and I are dating. Yes, it's awesome. Yes, we are very happy. And your jealousy is appropriate. You can carry on now. Thank you. Sorry”

Vou tomar cuidado com como vou dizer isso, mas no geral se resume a isso: eu achei bonitinho. Eu entendo que a Kara não queria contar para as pessoas, e então ele não tinha muito o direito de fazê-lo, como ele fez depois de 10 SEGUNDOS, mas por que ela estava tão resistente a isso? Eu fico incomodado com essa “não assumição” das coisas. E, no todo, eu devo dizer que no lugar da Kara eu me sentiria lisonjeado. Porque ele NÃO FEZ POR MAL, essa é a verdade. Ele fez porque ele não conseguia se segurar, porque ele queria compartilhar sua alegria com todo mundo, e ele estava VISIVELMENTE FELIZ. Apaixonado. Fofo. O que há de tão errado nisso? De todo modo, eu acho que o casal está crescendo junto, AMBOS têm muita coisa a aprender, e ambos ESTÃO FAZENDO ISSO. Não é assim que um relacionamento deve ser?

Enfim. Estamos de volta na história da CADMUS, com uma Luthor e Hank Henshaw, e o surgimento repentino de Jeremiah Danvers. Simples assim. Jeremiah é encontrado, todo machucado, sangrando, fraco… e nem por isso todo mundo tem que aceitar tudo. Mas eles aceitam. Jeremiah Danvers entra na DEO aplaudido, Alex abraça ele, toda feliz, e naquele momento eu senti pena dela, porque eu sabia que ela estava prestes a sofrer. Mas também acabou naquele momento. Porque com o desenvolvimento do episódio eu não conseguia esperar o momento de vê-la quebrar a cara (mais ou menos como eu queria ver acontecer com a Manuela e o pai em Cúmplices de um Resgate). Jeremiah Danvers conta um monte de histórias, se faz de vítima, e ninguém questiona o fato de ele ter passado tantos anos com a Cadmus.

A não ser Mon-El.

Tudo bem, Mon-El é quem desconfia e aceitemos: MON-EL ERA O ÚNICO CERTO NO EPISÓDIO INTEIRO! Posso até aceitar que ele estava mais distante por não ter um envolvimento emocional com o caso e com Jeremiah, mas mesmo assim, eu acho que é um caso de raciocínio BÁSICO! Desejar a saúde do pai e vê-lo de volta é uma coisa, agora acreditar cegamente mesmo depois de anos já é BURRICE. E eu acho que é deixado de lado toda a leveza do personagem e todo o bom-humor quando ele tem uma conversa séria e super RESPEITOSA (!) com ela sobre Jeremiah, só sugerindo que ela não confie cegamente no homem que acabou de chegar: “What makes you think that they're not forcing Jeremiah to do something now?” E eu digo mesmo: acho pessoas inteligentes ainda muito mais atraentes, então AMEI Mon-El mais ainda.

O famigerado “jantar em família” é um verdadeiro desastre, além de ser o anúncio CLARO de que algo ruim ia acontecer. Se o telespectador não estava do lado de Mon-El, deveria ter se dado conta nas falas de Jeremiah, na tentativa de “reaver” a família de uma hora para a outra, ou ainda na maneira como observou Alex e Kara, com Maggie e Mon-El, rindo e se divertindo… um presságio de sofrimento. E se ainda nada disso fosse o suficiente, acho que o momento em que o assunto “DEO” entra em pauta, um alarme vermelho deveria ter soado, não? Quer dizer, de uma hora para outra ele traz isso à tona, faz todo um discursinho claramente falso, e pede para J’onn J’onzz sua posição de volta. Para Kara, Mon-El comenta: “I'm in the DEO for two months before I can pee alone, and he just walks right back in?” Para todo mundo, ele abre o jogo:

“I just wish you were coming back at a time of peace, sir. What a lucky thing that you have returned when you did. […] I mean, that it is very fortunate that Dr. Danvers has returned just as a fusion bomb has become a threat. A fusion bomb that only he's mentioned and no one else has seen. I mean, what a gift”

AH, COMO ELE TINHA RAZÃO.

Eu comecei a ficar BEM revoltado porque TODO MUNDO encarou isso como se fosse um grande absurdo. OI?! Não valia o MÍNIMO de atenção o que Mon-El estava dizendo? Porque fazia muito sentido. Mas não, Alex reage com um “What did you just say to my father?” que só perpetua o quanto ela estava sendo obtusa. E sinceramente? Vocês não gostariam de ver minhas anotações sobre o momento. Resumidamente eu compartilho com vocês: desejei que ela e Kara sofressem mesmo por serem tão incrivelmente tapadas. Não via a hora de tudo vir à tona. E, para o telespectador, a última prova esteve quando, expulso de casa, Mon-El está se retirando, mas Jeremiah o interpela para dizer “I know who you are, and I doubt Kara would like the truth”. Muito “estranho” ameaçar alguém que começa a fazer perguntas se você é “uma boa pessoa”, não?

Então ali já era OFICIAL.

Assim, Mon-El vai recorrer a quem lhe resta: WINN. “What if Cadmus allowed us to "rescue" Jeremiah so he could sabotage us? Just when this, this doomsday bomb is about to be detonated”. Winn questiona inicialmente, mas Mon-El faz muito sentido para não ser levado a sério (por pessoas sensatas):

“I'm not being paranoid here, Winn. I'm not. When... When is the last time we were this lucky? Lucky enough that Cadmus was moving their most valuable prisoner, a guy that the DEO has been unable to find for over 15 years? And he just... He just lands in our lap?”

Winn ajuda. ENTÃO EU RESPIREI ALIVIADO. E depressa ele descobre algo: “Jeremiah is spying on us”. Ele acessou arquivos confidenciais. E por mais que doa, a verdade precisa ser vista. Kara é a primeira a fazê-lo. Ela não fica com a mesma determinação de Mon-El e Winn, mas ela fica com um pé atrás, o que já é algo. Jeremiah apela para o sentimento, conta uma mentirinha fajuta, e ganha metade da DEO. Claro. Fiquei com TANTA RAIVA da Alex continuando sendo tapada, se revoltando contra Kara, dessa vez, mas pelo menos Kara abriu os olhos, timidamente. A briga de Alex e Kara foi forte e triste, ela acusou Kara de coisas terríveis, além de ser bastante hipócrita, e ainda teve a CAPACIDADE de dizer que a Kara não era da família, o que deve ter doído demais nela, porque doeu em mim. Alex, assim não dá pra te defender.

Kara insiste que invadir os sistemas foi, no mínimo, estranho.

“Then why not just ask us? We're right here. He spent an hour with J'onn today... Why wait until he's alone to access the system?”

Mas Alex NÃO VÊ.

Finalmente, então, TUDO EXPLODE. Tudo dá errado, e eu RI. Alex e a equipe da DEO caem em uma armadilha, Jeremiah tenta fugir e J’onn J’onzz não consegue ler sua mente, e eu ADOREI aquele “Sorry, friend. I’ve changed” que antecedeu uma batalha que J’ONN PERDEU. Tudo o que eu conseguia pensar durante aquele “Mon-El was right. You are a Cadmus man” do J’onn era: Olha, parece que temos um Cornelius Fudge aqui! A sequência do clímax foi uma perseguição na floresta, teve Kara salvando um trem, Alex enfrentando o pai… de todo modo, o que valeu foi o depois, com a Kara tristinha no sofá, e o Mon-El chegando para consolá-la e apoiá-la, perguntando do que ela precisa. E ela pede que ele fique ali com ela. Ele a abraça, e é LINDO. Então ela pede que ele acorde com ela. Isso não foi profundamente repleto de AMOR verdadeiro?

Foi.

Agora a Cadmus tem a lista de todos os alienígenas no país!

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