Time After Time 1x02 – I Will Catch You
“Prepare yourself. The end is near”
A segunda parte da estreia de Time After Time, I Will Catch
You, já não tem mais o encanto da apresentação, da viagem no tempo, do
futuro e tanto do deslumbramento atraente de H. G. Wells, mas mantém o fôlego
enquanto a missão do episódio se torna “salvar a vida de Jane Walker”. O Piloto
termina com John Stevenson levando Jane e Wells sendo recrutado por sua neta³,
e o personagem principal assume uma firmeza e intensidade surpreendentes.
Algumas facetas e possibilidades da viagem no tempo são sugeridas em excelentes
cenas, como a carta que o H. G. Wells de algum ponto do futuro deixou com
Vanessa em seu primeiro ano de faculdade, para que fosse, nessa ocasião,
entregue a esse H. G. Wells, como um recado curto para ele mesmo… acho que ainda veremos esse momento até o
fim da temporada.
IT’S TRUE, H.G., DON’T BE DAFT. BELIEVE IT.
– H.G.
Uma carta simples, mas em sua própria letra que o
fez acreditar em Vanessa Anders – quando ele se pergunta “Why didn’t I write more?”, pensamos que a resposta é simples: uma questão de paradoxo, melhor não
compartilhar muita informação de seu futuro com você mesmo, no passado.
Outra cena que brinca com essas possibilidades da viagem no tempo é H. G. Wells
andando pela biblioteca de Vanessa Anders e se deparando com a assombrosa
prateleira de H. G. Wells, cheia de livros seus que ele nunca escreveu – é excitante quando ele pega “A Máquina do
Tempo” para folhear, mas acaba parando antes mesmo de abri-lo pela primeira
vez. “Are you sure you want to know?” Isso provavelmente geraria algum tipo
louco de paradoxo para o qual não estamos preparados e, como o próprio Wells
comenta, não queremos testar.
Jane está sendo mantida prisioneira por John na
casa de Julia Milton, e ele liga para H. G. Wells no telefone de Jane, que está
com ele (“You don’t have to shout, H. G.
You can speak at a decent room level”) para tentar negociar uma troca: Jane Walker pela Chave. No Central Park.
O episódio também se preocupa em desenvolver, de alguma maneira, o personagem
de John Stevenson como Jack o Estripador, especialmente quando Jane lhe
questiona sobre suas escolhas: “Why
prostitutes? Do you have something against women or just sex?”, e então ela
fala sobre como ele é famoso, o assassino mais conhecido da História, e sugere
que ele pesquise no computador para saber do que ela está falando. E ao
fazê-lo, John não fica nada feliz ao descobrir que seu nome nunca será
conhecido, porque ele nunca foi pego.
“What are you talking about? No one knows my name? Wells is famous”.
A sequência toda do Central Park foi genial.
Começa com aquele discurso:
“For every
step society takes forward, we take two steps back. We invent new technologies
only to use them as weapons against one another. We strive for equality yet
we're more divided than ever. Look around you. Nations are at war. Violence
runs rampant. Our days on this planet are numbered. Prepare yourself. The end
is near”
E na verdade isso nos faz pensar no quanto
menosprezamos tais dizeres. Já ouvimos isso várias vezes. Já ignoramos isso
várias vezes. Mas é um choque e um pesar para H. G. Wells. A expressão dele
ouvindo isso e lendo as placas são, mais ou menos como quando ele viu as
notícias na TV no episódio passado, de partir o coração. Eu lamento que alguém
tão BOM quanto Wells tenha que ver essas coisas e, consequentemente, perder a
esperança que tinha tão firme na humanidade. A nova conversa entre John e Wells
segue no mesmo caminho, na Ponte do Central Park. John fala sobre o futuro,
sobre como as pessoas vivem estressadas, gritando, como TUDO é basicamente uma
grande guerra… e a negociação de Jane pela Chave da Máquina do Tempo é
angustiante, e acaba virando uma grande confusão quando os homens de Vanessa
atacam.
“You weren’t supposed to be here. And
now she’s dead. You’ve killed her!”
Assim, o personagem de Wells cresce, muda. Seu medo o torna mais intenso.
“He's a
madman, and we've angered him. He could lose all reasoning. […] You don't
understand. When I arrived, I was helpless, lost. She was the one person who
showed me kindness. He will kill her just to get back at me. I know him”
Tudo parece mais forte nesse segundo episódio.
John pensa em fugir para outro tempo, onde Wells não possa encontrá-lo, e Jane
tenta falar com ele sobre como ele pode ser outra pessoa, MAS ELE NÃO QUER SER
OUTRA PESSOA. [Embora eu tenha dúvidas sobre como o roteiro vá tratar isso,
porque eu achei bem traumatizante a cena da “morte” de Julia para ele não tê-la
matado no fim das contas!] De volta ao museu, à Exposição de H. G. Wells, John
está preparado para fugir e levar Jane com ele, quando Herbert chega para
impedir. A troca da chave por Jane é até bem sucedida, mas John entra na
Máquina e, por algum tempo, você acha que não há nada que possa ser feito, que
ele vai mesmo escapar… mas H. G. Wells
desconecta fios para impedir que ele consiga sair de 2017, e após aquela
explosão de energia, quando Wells abre a porta da Máquina, John pula lá de
dentro para atacá-lo.
Que tensão de episódio!
O clímax é ótimo, e acaba com John escapando
quando percebe que, mesmo com a arma, não pode vencer do número de pessoas
chegando… mas ele liga para Wells para avisar de seu plano e sua ameaça: “I'm gonna make this short and sweet. I'm going to kill one person every day until I get the time machine with
the key. Do I make myself clear?” Essa é a promessa para os próximos
episódios, mas temos umas coisas instigantes no fim. Uma cena lindinha de
Vanessa e H. G., sobre como eles são família. Um cara suspeito seguindo John. E
uma cena fofíssima de Wells e Jane no quarto, com aquele ótimo “What is an Oprah?” e a promessa dele de
que vai encontrar John e ele vai pagar pelo que fez. Por fim, Ms. Walker diz
para ele que ele pode chamá-la de “Jane” e o sorriso dele ao deixar o quarto (“Okay… I’ll start tomorrow. Until then”)
é tão lindo que não podemos culpar Jane por sua reação.
Ela está apaixonada…
Nós também estamos…
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