Time After Time 1x03 – Out of Time


“I brought John here, every person he hurts is my fault”
O terceiro episódio de Time After Time me deixou contentíssimo por perceber que parece que eles SABEM o que estão fazendo – adaptar um filme é bastante arriscado tendo em vista o tempo maior que uma série exige, e foi assim que Frequency se perdeu, e de um ótimo filme com uma ótima ideia, se tornou uma série cansativa. Em seu mais novo episódio, Time After Time expande os horizontes do filme e nos propõe a ideia de que MUITA GENTE sabe da presença de H. G. Wells (agora chamado de “George”) e John Stevenson (ou Jack o Estripador) em 2017… quantas pessoas e “organizações” sabem e o que cada uma intenciona ainda é a dúvida, e isso torna a trama intrincada e interessante. Gostamos de lidar com esse tipo de mistério. O elenco, por sua vez, continua carismático e convincente, e nos encantamos sempre mais e mais por “George”.
Ele é um FOFO, não é?
Acho bacana acompanharmos a fascinação daqueles que vieram do fim do Século XIX para 2017, mas perceber como as interações são diferentes – como John descobrindo tudo sozinho, como o micro-ondas, e George tendo as pessoas ao seu redor mostrando. As reações dele são sempre fascinantes! Como quando ele conhece o computador e fica fascinado com a “quantidade de informação na ponta dos dedos”, coisa que ele “jamais” teria imaginado, enquanto Scott fica surpreso porque, afinal, ele imaginou, em “World Brain”, um livro que ainda não foi escrito: “Well, perhaps this is the exact moment I got the idea”. No geral, eu adorei a introdução de Scott, porque coisas como “It is a mind-blowing honor to meet you, sir. I’ve read every book you’ve written and seen every movie based on your work, my favorite being ‘The Invisible Man’, the Claude Rains 1933 version” nos representam!
Com a Máquina do Tempo agora na casa de Vanessa, o grande plano de George é alterar a ideia da Chave para que, quando for entregue a John, a Máquina o leve exatamente para onde ELES querem que ele vá. John liga para Jane e George com um novo prazo: 12 horas para que consertem a Máquina do Tempo e a entreguem a ele com a Chave, ou então ele matará novamente, e até parece que tudo vai dar certo – mas a pedra que é a “alma” da Máquina do Tempo acaba destruída, e então é impossível cobrir o prazo de John! Enquanto Jane ajuda a tentar conseguir uma nova pedra, conhecemos um pouco mais de Chad, o cara que estava seguindo George no episódio passado, através de uma cena com sua mãe: “It’s me. It’s Chad. Your son. Mom, you know me It’s happening. The Time Machine. H. G. Wells. He’s in New York. He’s here now. He’s come in the Time Machine”, e ela o instrui a impedi-lo de retornar a Londres.
Ele e Jack o Estripador.
John, por sua vez, conhece Brooke, e você sente a diferença da personagem assim que ela aparece pela primeira vez. Você não consegue acreditar que uma personagem com tanta personalidade e que está ganhando certo desenvolvimento vai ser apenas “a próxima vítima de John”. Não. E não nos enganamos ao pensar assim. Porque ele se envolve com ela de uma forma diferente e eles transam – não que isso vá impedi-lo de matá-la, porque até parece que John tem esse tipo de sentimento. Ele realmente decide matá-la, e coloca o celular para filmar para que George possa vê-lo fazer isso, mas quando ele está prestes a conseguir, ela injeta alguma coisa em seu pescoço e o seda, e diz que já “não era sem tempo”, ela achou que ele “estivesse ficando mole”. Ou seja, ela sabe de tudo, sabe quem ele é, e o colocou exatamente onde queria.
E agora ele termina o episódio PRESO.
QUANTA gente sabe?
Afinal de contas, Griffin, o futuro senador, também sabe, e fez toda uma ceninha para ganhar acesso à Máquina do Tempo, e ainda é incerto para quem ele trabalha. O episódio ainda trabalha timidamente com as propostas de paradoxo e a ideia de alteração do futuro, afinal de contas cada pessoa que John mata em 2017 altera o futuro, porque elas não deveriam morrer nesse momento, supostamente. O próprio fato de H. G. Wells estar em 2017 já altera todo o futuro, porque ele está interferindo, quando a viagem no tempo deveria seguir propósitos de mera observação. E no entanto, a impressão é de que George está exatamente onde deveria estar e, mais ou menos como Jane, nós parecemos acreditar em destino quando pensamos nos livros que ainda serão escritos com base em tudo o que ele está vendo aqui… seria possível?
Mas a discussão de “destino” se alia a “romantismo” e é FOFO:

“We can talk science all day, but... I don't think you could take fate and destiny out of the equation. I think you were always supposed to come to New York. You and I were always supposed to meet. Because if this is just a mistake in the fabric of time, well, that would just suck. That would suck”

Na verdade, Jane e George juntos são absolutamente fofos, eles têm uma química fascinante, e ele é muito adorável quando fala com ela ou sobre ela: “I am completely blinded by you, Ms. Walker. Jane”. Por isso, também, eu me IRRITEI com Paul, o cara que ia ajudá-los a conseguir uma nova pedra para a Máquina do Tempo, porque ele estava tão claramente flertando com Jane que era absurdo, especialmente com o George ali… e achei bacana como ele expressa seu “descontentamento” em seu jeito inocentinho de 1893. Por vezes você duvida que ele esteja, de fato, notando algo, mas quando Paul é bem direto com um “So, uh, you and, um... George, yes... ... a thing? I'll stop flirting with you if it is” e ele responde com um “Oh, I doubt that”, você sabe que ele está NOTANDO. E, mais do que isso, SENTINDO. E ele é uma graça.
O episódio traz bastante coisa acontecendo e bastante informação. Temos os já mencionados conhecedores do segredo da viagem no tempo, como Griffin, um traidor que trabalha para não sei quem, e Chad, cuja mãe sabia de toda a história, além de Brooke (se esse for mesmo seu nome), que conseguiu prender Jack o Estripador nesse final eletrizante! As coisas estão aumentando e temos muito ainda a explorar nesse novo 2017 repleto de interesses – e a Máquina do Tempo, por ora, está de volta à vida, explodindo faíscas de pura energia, que funcionam como os mais belos e cabíveis “fogos de artifício” para o primeiro beijo de George e Jane. Pode parecer rápido, afinal ainda estamos no terceiro episódio, mas eu não a culpo… quer dizer, o George é tão absolutamente adorável e encantador que eu o teria beijado no Piloto!

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