13 Reasons Why 1x06 – Fita 3, Lado B
“Seems like lives have already been ruined, don’t you
think?”
Não estou aqui para defender NINGUÉM, porque nós
temos uma abundância de gente escrota em um mesmo lugar (o que INFELIZMENTE é
muito real!), mas eu até que gosto do Alex Standall, e do fato de ele estar
sofrendo – não pelo sofrimento em si, mas porque parece que é o único em quem
as fitas fez algum tipo de efeito, o único que abraçou a sua culpa. Sheri está
apenas tentando fazer com que as pessoas NÃO escutem sua fita e não saibam o
que ela fez, e outros como Justin Foley não estão nem aí para nada… enquanto
Alex entra em uma briga séria com Monty, que o deixa todo machucado, percebemos
o quanto os nervos estão TODOS à flor da pele! E temos a fita de Marcus Cole, outro babaca imbecil como Bryce,
que tentou se aproveitar de Hannah e a traumatizou, em outro episódio de
assédio assustador e NOJENTO.
Estamos no Dia dos Namorados – ou Valentine’s Day.
Com o “Dollar Valentine Survey”, o que eu acho que é uma brincadeira válida se
você estiver disposto, Hannah Baker pensou em Clay Jensen o tempo todo enquanto
respondia às perguntas, mas seu nome não apareceu em sua lista… por outro lado,
Marcus diz que o nome de Hannah apareceu na lista dele, e por isso liga para
ela… e então é um verdadeiro desastre. Hannah Baker se diz uma garota romântica,
que acredita no amor, assim como a relação bonita que seus pais têm, balançada
no presente pelo nervosismo e culpa de, talvez não terem feito nada quando
podiam – “She was right here. And she was in pain, she was reaching out, and we just kept pretending
everything was okay”.
Uma das coisas que mais me doeram no episódio foi que Hannah deu TODOS
OS SINAIS possíveis para Clay. Ela implorou para que ele a chamasse pra sair.
E ele não fez nada.
“I always
kind of liked Marcus. You always seemed like a good guy. Then again, they almost always do. Marcus, welcome to your tape. What was it? Did you want to see if the
rumors were true? Or did you just
want to start some new ones of your
own?”
Todo mundo parece estar no limite. Alex Standall
está no limite. Clay Jensen está tão no limite que, diferente de quando
resolveu fazer justiça com as próprias mãos, agora ele está fraco, desanimado…
e os flashbacks e as conversas de
Hannah e Clay no cinema, no Dia dos Namorados, FORAM DE PARTIR O CORAÇÃO. Porque
ela acha que as coisas podiam, talvez, ter sido diferentes se outra pessoa
tivesse chamado ela para sair. E ela indicou de todas as maneiras que queria
sair com ele… e ele? NADA. Por isso, ela foi a um “encontro”. Um encontro
verdadeiramente desastroso, no qual ela ficou parada, esperando eternamente, e
ele não apareceu. No Dia dos Namorados. O que definitivamente não é justo…
enquanto isso, Clay sai com Sheri, e Tony tem um encontro lindo com Brad (que é
uma gracinha, sério), no qual percebemos o quanto a SUA vida pode ser arruinada
pelas fitas, embora não esteja nelas.
Porque Brad quer saber o que está acontecendo.
E é um segredo que Tony não pode compartilhar…
Enquanto Tony pode ter as coisas tiradas dele por
causa dessa história toda, ainda que não seja um dos “13 porquês”, o que seria
uma pena, porque o Brad é uma fofura e eu acho que eles deviam ser felizes,
Clay percebe que sua própria vida não é a mesma, e temos uma cena ÓTIMA quando
Sheri insiste para ir à sua casa, e eles começam a se beijar no chão de seu
quarto e as coisas esquentam… porque eles param, Clay está com a cabeça cheia
demais para isso, e Sheri fala das fitas. ELA ESTÁ NAS FITAS TAMBÉM. E ela pede
que Clay Jensen não escute a fita dela, porque a mataria que ele soubesse, ou
que a visse “daquele jeito”, por causa do que fez, seja o que for… ele surta,
naturalmente, achando que tudo isso foi só por causa das fitas, e basicamente o
que você percebe no episódio é: tá todo
mundo f*dido, e não é no bom sentido.
O final do episódio é revoltante. Marcus é um
BABACA nojento…
E o discurso de Hannah é doloroso:
“I couldn't
move. I couldn't get up and leave or scream. Anything would have been better than
sitting there thinking that somehow
this was my fault. Thinking I'd be
alone the rest of my life”
Muito
doloroso porque Marcus machucou Hannah de diferentes maneiras. O assédio
e como ele tentou tocar nela é nojento e revoltante, mas aquele comentário
sobre como achou que ela era fácil, e o convencimento de que a “culpa era dela”.
Como isso DÓI! E Zach “voltar por ela” NÃO SIGNIFICA NADA, porque ele também
está nas fitas, e é do grupinho dos idiotas! Outros momentos finais que doeram
foi Alex com o pai policial, e percebemos como a família NÃO SABE o que está
fazendo, porque aquele discurso de como ele estava ORGULHOSO de Alex, e o
constante “Yes, sir” do garoto me
machucaram… porque não era daquilo que
ele precisava. E, por fim, a mãe de Clay falando com ele sobre como sabe
que ele não está bem, perguntando se tem algum motivo para ela não aceitar o
caso, e se isso vai machucá-lo, e então ela não o fará… mas NOVAMENTE o Clay
Jensen, passivo demais, NÃO FAZ NADA.
Aquele comentário da mãe dele foi verdadeiro e
doído:
“Clay,
honey. If this case could hurt you in any way... then I won't take it. But you have to tell me why. You have to tell me
what's going on. I can't help you if you don't talk to me”
Essa foi uma das melhores cenas do episódio e mais
bonitas, embora sejam outro golpe em cada um de nós. Porque eles falam sobre a
escola, sobre Hannah e sobre bullying,
e quando a mãe pergunta se ele está sofrendo bullying, ele diz que não, mas como ela não sabe que ele é o
agressor? Ele PODE ser o
agressor! “Maybe there aren't any
good kids”. A consciência está atingindo Clay Jensen de alguma maneira,
também, e eu acho que ele está pensando na sua própria fita, que ainda não chegou,
e em como talvez não esteja preparada para o momento em que ela chegar… mas é
muito triste ver o Clay tomando consciência ao mesmo tempo em que parece, mais
ou menos como Alex Standall, ficar imóvel, mais fraco, começando a desistir… porque ele começa a pensar que talvez não exista
solução, nem boas pessoas.
Existem.
Precisamos encontrá-las.
E se não encontrarmos… FAZÊ-LAS. SÊ-LAS.
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