Chico Bento Moço, Edição #12 – Mundos em Conflito
CHICO BENTO
MOÇO encontra a TURMA DA MÔNICA JOVEM!
QUE EDIÇÃO MARAVILHOSA DE BOA, SÔ! E não só porque
o Chico Bento Moço encontrou a Turma da Mônica Jovem (mas também), mas
porque o roteiro é MUITO BOM, e tem uma pegada deliciosa de ficção científica
que é justamente o que eu MAIS GOSTO. Teve viagem no tempo, futuro
pós-apocalíptico e tudo! E é muito bacana como esses temas e um vilão como o
Doutor Spam (não era o Capitão Feio, no fim!) parecem combinar com o Chico Bento Moço, justamente pelo
contraste que gera – os temas conversam.
Assim, com um “desvio no tempo”, como o Maurício de Sousa comenta no “Dedo de
Prosa”, nós temos uma história quase “extra”, num crossover das duas revistas que funciona muito bem, e é incrível
para comemorar um ano do sucesso da revista do Chico! Na próxima nós voltamos
para a reação da Rosinha ao possível “filho do Chico” na edição passada!
A edição começa com um sonho/pesadelo do Chico,
que acorda em um cenário pós-apocalíptico em que a cidade foi tomada por
raízes, e o pessoal da Turma da Mônica
Jovem circula pela cidade com máscaras de gás (“Are you my mummy?”). São sete “sobreviventes” da outra revista,
que são Cascão, Magali, Mônica, Cebolinha, Do Contra, Marina e Franjinha – fora
eles todos os demais estão dormindo, supostamente por causa de algo espalhado
no ar (por isso as máscaras de gás), mas na verdade tem mais a ver com sons do
que com o ar mesmo. A introdução já tem deliciosas referências como “Darti Vesgo de Tauó” e “Maratona de Walking Thrones! Maneiríssima
história, num mundo medieval atacado por zumbis do espaço sideral…”,
lembrando a deliciosa nerdice do Cascão em um crossover LOUCO de The
Walking Dead e Game of Thrones. É
bacana como o roteiro junta os 7 ao Chico Bento, em um cenário meio Mad Max.
Os 7 personagens de Turma da Mônica Jovem se “salvaram” do sono induzido a toda a
população pelos GAFANHOTOS porque estava em uma maratona em um espaço à prova
de som. O Chico se “salvou” graças a fones de ouvido que capturou quando tudo aconteceu. ELE ESTAVA LÁ.
Quando o Chico anuncia que “estava lá,
quando tudo aconteceu”, o Cascão chega com potes de pipoca, porque “aí vem flashback!” (comentário que eu
AMEI), e então ele conta tudo: a palestra na faculdade, que alguém invadiu,
então veio uma explosão, tudo foi tomado por sombras, depois vieram as raízes,
e por fim os gafanhotos… E A NUVEM. O Chico, inteligente que só, percebeu o
zumbido, e por isso colocou fones de ouvido mais alto que eles, e escapou dali…
quando voltou, à noite, só encontrou casulos. Seus amigos ainda estavam vivos,
mas induzidos ao sono por gafanhotos grudados em suas testas.
BEM FICÇÃO CIENTÍFICA.
Poderia citar algumas mídias que trabalharam com
isso.
Mas o Chico precisava fazer alguma coisa, e ele
percebeu que era tarde demais para fazer alguma coisa naquele momento: “Mas daí eu pensei… se eu não tenho tempo…
eu sei quem tem!” O Fran tinha “tempo de Máquina do Tempo” (#fujamparaasmontanhas!), então o plano é
usar a máquina de “Uma Aventura no Tempo”
para regressarem 7 dias no passado e impedir isso tudo de acontecer! Bem… MEU
TIPO DE HISTÓRIA! A máquina só tem energia o suficiente para comportar o peso
de três pessoas (o Cebolinha solta um maldoso, mas hilário “Ainda bem que é a Mônica Jovem! Se fosse a clássica, a Mônica ia
sozinha!”), e por isso quem vai é a Mônica, o Cebola e o Chico Bento. E
então as coisas começam a ficar ainda mais um máximo. Misturando “De Volta Para o Futuro” (como eu AMO
esses filmes!) com a viagem no tempo de “O
Prisioneiro de Azkaban”, a história é um MÁXIMO!
A chegada ao passado já é fascinante, quando eles
encontram Violete, que pergunta do chapéu de “Goiabento” do Chico, e Mônica lhe
diz que Violete gosta dele, dá para ver pela maneira como ela o olha, que
depois o Chico devolve com um DELICIOSO “Ah!
Então é assim que a Violete me olha, Mônica?” para a Mônica quando ela e o
Cebolinha estão “brigando” e se provocando! As coisas se assemelham aos filmes
citados quando eles precisam se esconder atrás de um arbusto porque o Chico de
7 dias atrás está passando, e o Cebolinha grita um “Mais um pouco e criávamos um paradoxo no tempo!”, que faz a Mônica
responder que “Isto não é Dez Voltas Pro Futuro, Cê!” Enfim.
O que importa é que eles entrem no prédio e impeçam a explosão e todo o
apocalipse… quem tem um plano? O CEBOLA, É CLARO. Todo cênico e exagerado, mas
MARAVILHOSO.
E um bocado nerd!
Lá dentro, encontramos o vilão da edição, o Doutor
Spam, o alter ego do Professor Spada, geralmente inofensivo, um gênio do bem e
dedicado, mas cujo alter ego surge em situações de forte estresse ou choque: OU
SEJA, A EXPLOSÃO O LIBERTOU. Tudo foi empolgante no clímax da edição, e
basicamente você precisa ler para sentir a emoção. Mas foi fascinante o Cebola
com o “Outro Chico” do lado de fora, ajudando a evacuar o prédio depois da
explosão, e a Mônica e o Chico lá dentro, enfrentando o Doutor Spam, com o
Chico tendo uma cena ESPETACULAR em que enfrenta o vilão, e o Doutor Spam,
enfim, levando a Mônica para dentro do computador, onde continua o seu plano de
enrolar o vilão tentando fazê-lo falar sobre o que ele planeja, enquanto o
Chico, do lado de fora, usa o pen-drive do Franjinha para salvar a Mônica e
derrotar o Doutor Spam.
Uma
verdadeira “pescaria”.
O “B.I.D.U.” encontra o programa do Doutor Spam,
consegue destruí-lo todo, e então o Cebola aperta ESC para tirá-los lá de
dentro (“Dois pra subir, Scoth…” foi Star Trek, não?), e assim eles conseguem
resolver tudo, mandar o Professor Spada para a delegacia e impedir a sombra, as
raízes e os gafanhotos… foi fofo o Chico dizendo que foi bom rever a turma,
dizendo que sentia saudade deles, e por fim INDO ATÉ LÁ NO MEIO DA MARATONA
DELES para visitá-los. Quando ele chega lá, dessa vez não interrompidos, eles
já terminaram a segunda temporada, e comentam coisas como “Nossa! Há quanto tempo!”, a que ele responde “Nem tanto…” É uma coisa louca a viagem no tempo e pensar no
paradoxo de causalidade… independente de possíveis paradoxos, porque “isso não é Dez Voltas Pro Futuro”, a
edição brincou muito bem com temas da ficção científica, como a viagem no
tempo, e reuniu as turmas de uma forma gostosa.
Que delícia de edição!
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