[Season Finale] Doctor Who 10x12 – The Doctor Falls
“You
may be a doctor, but I am THE Doctor. The original, you might say!”
Gente, que episódio mais IMPACTANTE. Foram tantas
emoções e tão gostosas referências que o meu coração ainda está disparado, e eu
estou respirando volumosamente. Um episódio emotivo, bonito e de história
complexa, que nos encantou do começo ao fim e entregou os melhores momentos de
cada personagem… além disso, despedimo-nos de alguns personagens que aprendemos
a amar, como Missy, Nardole e Bill Potts, enquanto nos preparamos para nos
despedirmos, também, de Peter Capaldi como O DOCTOR no Especial de Natal, não sem
antes termos aquela sequência toda da aventura do Décimo Segundo ao lado do
PRIMEIRO Doctor! Vai ser sensacional…
meu coração não aguentou as emoções finais
desse episódio, aquele momento em que vimos Clara Oswald e as demais companions que vieram antes dela… tudo…
Tudo foi BRILHANTEMENTE emocionante!
E um
presente a qualquer fã de Doctor Who!
Já começamos com força. Quando temos aqueles Espantalhos Cybermen em um piso da nave
espacial, a mesma do episódio passado, atacando – e quando Alit vê um Mondasian
Cyberman carregando, no meio de toda a névoa, o corpo inerte do Doctor… ali eu vi que a história seria ÉPICA. E foi.
A cena seguinte nos leva para algum momento antes disso, não muito antes, na
qual o Mestre e Missy, um pouco assustadores, estão dançando, em uma interação macabramente
brilhante. Eles falam sobre regeneração, falam sobre como o Mestre agora é uma
mulher e sobre como o Doctor ficou “10 anos” se enrolando em alguns minutos de
conversa, lá em cima, e perdeu de salvar Bill por uma questão de duas horas. Cruel. Eles também falam
sobre como eles poderiam matar o Doctor, de
uma forma inovadora, criativa… quantas
regenerações ele ainda tem?
“How many
times have you died? How many different ways? Have you burned? I know you've
fallen. Have you ever drowned? Have you felt the blade? I suppose what we're
really asking, my dear, is... well… any requests?”
A cidade toda é um caos. O que antes era só um
hospital, agora é uma máquina completa para fazer novos Cybermen – “People plus technology minus humanity”.
Mas o Doctor, ainda, tem seus planos, seus truques… como ele diz: “You two, you should know by now. When you're winning, and I'm in the room, you're missing something”. Um plano macabre, mas brilhante. Ele simplesmente mudou
algumas coisas no computador, mudou um número 1 para um número 2… agora os Cybermen entendem “humanidade” como
“dois corações”, por isso eles estão indo atrás dos Time Lords presentes… o
Doctor, o Mestre e a Missy. “Welcome
to the menu”. E só há uma maneira de se defender de tantos deles de uma só
vez: COM O DOCTOR. Eu acho muito interessante o jogo do roteiro em relação à
fidelidade de Missy.
Ela está com o Mestre?
Ou ela está com o Doctor?
Aquela sequência do “Knock yourself out” do Doctor, depois do qual Missy dá na cabeça
do Mestre com o guarda-chuva, dizendo “Your
wish is my command” é o que institui a dúvida. A princípio, Missy estava
trabalhando com o Mestre, ou com ela mesma, de todo modo. Mas, ali, ela disse
ao Doctor que sempre esteve do lado dele… e
em quem acreditar? É todo um joguinho complicado de confiança e
probabilidade, e o Doctor quase fica para trás, atacado por um Cyberman. Ele só
não morre porque CyberBill o salva a tempo e o carrega nos braços até a cena em
que vimos na introdução do episódio. Aquele “Cyberman” era a Bill Potts, o
tempo todo, e ela ainda está lá dentro.
O Doctor lhe promete cuidar dela, por mais que, evidentemente, ele não tenha
noção do que possa ser feito… mas o
Doctor sempre tem esperança.
Duas semanas se passam. Temos uma cena de Bill
instalada no celeiro, porque todo mundo tem medo dela, lá naquele andar de
fazenda da nave… parece, por um segundo, que Bill é Bill de novo, mas não é, e
percebemos isso depressa – vemos as expressões de Pearl Mackie, ouvimos sua
voz, porque no fundo é ela mesma, mas o seu exterior diz outras coisas: os outros a veem como um Mondasian Cyberman.
E isso é desesperador, mas profundamente genial, porque a edição bacana,
alternando entre a forma humana de Bill e sua forma Cyber, representa a
dualidade e complexidade da situação… aquele
momento em que ela vê sua sombra e é a sombra de um Cyberman, por exemplo! Mas
mais desesperador é quando ela descobre, quando ela se olha no espelho… e o
Doctor chega para conversar com ela, passando por Alit com um MEMORÁVEL “Jelly baby?”
A primeira referência do episódio a Doctors
passados.
Uma ótima
maneira de introduzir a ideia do Primeiro Doctor!
Mas Bill tem esperança, tem salvação:
“You are...
so strong. You're amazing. Your mind has rebelled against the programming. It's
built a wall around itself... a castle made of you... and you're standing on
the battlements, saying ‘No! No, not me’”
Chegou
a ARREPIAR!
Bill Potts é um caso especial… o Doctor também
fala com ela com cautela, tendo em vista que ela é um Cyberman (é angustiante
quando escutamos a voz metálica ao invés da voz de Bill!), pedindo que ela não se
zangue… porque um Cyberman zangado é
sinal de destruição. E então, depois de destruir o celeiro, Bill realmente
CHORA, uma lágrima escorrendo de seus olhos de robô, uma lágrima que “não devia
existir”. É profundamente triste, mas a
lágrima é uma esperança. Se Bill já está desse modo e tememos perdê-la para
sempre, o Doctor também já mostra sinais de sua fraqueza, passando mal no meio
da caminhada, apoiando-se em um galho de árvore para caminhar, com a mão
brilhando com os primeiros sinais de energia de regeneração. Está chegando. Estamos vendo OS DOIS
sofrerem, os dois se perderem, e isso dói.
E Bill ainda diz:
“I don’t
wanna live if I can’t be me anymore. Do you understand?”
Ouch.
Os Cybermen, por sua vez, estão evoluindo. Quando as portas de um
elevador se abrem, um novo modelo de Cybermen sai lá de dentro… é uma cena
INTENSA. Com Bill atirando com sua arma de Cyberman, o Doctor e o Mestre com
suas chaves de fenda sônicas, e Missy com o seu guarda-chuva… mas isso indica que OS CYBERMEN ESTÃO
CHEGANDO, e eles precisam se proteger. Tudo é tão forte, tão intenso e
parece acontecer tão depressa, de alguma maneira. O Doctor precisa de um plano.
Por mais que pareça que ele vai perder, ele não pode desistir, ele precisa fazer alguma coisa, e por isso ele arma
um plano para tirar as pessoas dali enquanto ele ficará para trás e explodir
tudo… é deprimente e angustiante, mas
você também sabe que é exatamente o tipo de coisa que o Doctor está disposto a
fazer, embora NÓS não estejamos dispostos a perdê-lo.
Mestre e Missy pensam em fugir… pensam em chegar até a TARDIS do Mestre e
escapar. O Mestre é visivelmente mais FRIO que Missy. Ela gosta realmente
do Doctor, está dividida e é visível em seu rosto… quando eles anunciam que vão
embora, por exemplo, e o Doctor pede que ela fique:
“I'm not
trying to win. I'm not doing this because I want to beat someone, or because I
hate someone, or because I want to blame someone. It's not because it's fun and God knows
it's not because it's easy. It's not even because it works, because it hardly
ever does. I do what I do, because it's right. Because it's decent. And above
all, it's kind. It's just that. Just kind. If I run away today, good people
will die. If I stand and fight, some of them might live. Maybe not many, and maybe not for long. Hey,
you know, maybe there's no point in any of this at all. But it's the best I can
do, so I'm going to do it. And I'll stand here doing it till it kills me. You're
going to die too. Some day. How will that be? Have you thought about it? What would you die for?”
O Doctor já chegou à Missy até aí, mas ele
continua:
“Who I am
is where I stand. And where I stand... is where I fall. Stand with me. These people
are terrified. Maybe we can help a little. Why not, just at the end, just be
kind? […] Missy. Missy. You've changed. I know you have, and I know what you're
capable of. Stand with me, it's all I've ever wanted”
Nossos corações whovian se partindo… ainda mais quando ela responde: “Me too”.
Mas ela não fica… ela não fica ao lado do Doctor, não
dessa vez, não agora. E isso dói. É visível o quanto o discurso, extremamente
bonito, tocou em Missy – não teve NENHUM efeito no Mestre, mas tocou em Missy… e ela quis ficar, mas foi embora, triste. Agradeceu
por ele ter tentado. Como aquilo doeu! Então o Doctor fica “sozinho”. Primeiro
entre aspas, até que fique SOZINHO DE FATO. Ele manda o Nardole comandar a
evacuação, ajudar os humanos a irem para o Andar 502… ele é o mais forte, é ele quem deve cuidar deles até o fim, e salvá-los
novamente se for preciso. Bill fica para trás com ele, “com autorização
para explodir”, enquanto o Doctor se despede de Nardole e os elevadores se
fecham… é uma despedida triste, e
possivelmente não voltaremos mais a vê-lo na série. Okay, talvez uma vez ou
outra, em participação especial.
Enquanto isso, estamos às portas da TARDIS do
Mestre, camuflada como um elevador, quando temos uma sequência toda
surpreendente e, novamente, TRISTE. Missy e Mestre se abraçam, Missy diz: “I loved being you. Every second of it. Oh, the way you burn. Like a
sun. Like a whole screaming world on fire. I remember that feeling, and I
always will. And I will always
miss it”. E então o mata, apunhalado nas costas. Aquilo foi tão FORTE. Devo dizer que, nisso, eu realmente fui pego
de surpresa… deliciosa surpresa. Depois
triste surpresa. Missy atacou o Mestre
para que ele se regenerasse nela… deu tempo o suficiente para ele voltar à
TARDIS e completar sua regeneração. E ele estava ali, olhando para ela, quando
lhe perguntou “WHY”. Por que ela
tinha feito aquilo?
E me arrepia quando ela responde:
“Oh,
because he's right. Because it's time to stand with him. It's where we've
always been going, and it's happening now, today. It's time to stand with the Doctor”
Eu estava emocionado, comovido, pronto para
chorar… e fui surpreendido de novo.
Missy tinha REALMENTE mudado, a sua melhora não era falsa. Missy era uma nova
pessoa, uma pessoa disposta a estar do lado do Doctor quando ele estava fazendo
o que era certo, o que tinha que ser feito. Mas o Mestre não permitiu. Ele gritou
que isso nunca aconteceria, que ele nunca estaria do lado do Doctor, e em uma
sequência um tanto quanto doentia, ele atira em Missy, porque prefere que a sua
regeneração futura, a sua ÚLTIMA regeneração, morra do que que esteja ao lado
do Doctor… ele atira e a deixa para
morrer, acabou a jornada do Mestre. Foi uma morte tão triste, e eu não queria
que isso acontecesse, eu gostava da Missy, sempre gostei. As risadas foram nervosas, e então Missy morreu, e pareceu muito real e
muito definitivo.
E eu sofri.
“Without hope. Without witness. Without
reward”
Então voltamos ao Doctor, sozinho porque Missy nunca
conseguiu chegar, lutando contra Cybermen e foi ÉPICO! Ele atacava, explodia… fazia de tudo. Então ele também é
atacado, e cai no chão, debilitado, morrendo.
A mão começa a brilhar com energia de regeneração, e ele diz a si mesmo para “deixar
para lá”, que já era hora. Mas o Doctor ataca novamente, uma última vez… destrói os últimos Cybermen, e fica
caído no chão, morrendo, desejando que
houvesse estrelas… TRISTÍSSIMO! Morrendo sozinho, olhando para o céu… que triste,
que doloroso! CyberBill o encontra, e é outra cena ainda mais triste. Quando ela agarra as suas vestes, quando chora
sobre o seu corpo… um Cyberman chorando, o que devia ser impossível, mas a dor
dela é REAL! Então, surpreendentemente, um olho brilha, e de uma poça de água,
SAI HEATHER.
Sim,
HEATHER. Heather de “The Pilot”.
Não era “só uma história em vão” no fim das
contas!
E é por isso
que eu AMO Doctor Who!
Esse é o destino de Bill, essa é a SALVAÇÃO de
Bill. Ela toca o próprio rosto, humano novamente, e olha para trás enquanto o
Cyberman que fora cai morto, vazio… ela
pergunta se está morta, mas Heather a beija, e explica: ELA NÃO ESTÁ MORTA,
AGORA ELA É COMO ELA. Você lembra, aquela possibilidade de se mover quase
que de qualquer maneira, aquela quase onipresença, aquela maneira de viajar e
explorar o universo como nunca antes… Heather
deixou suas lágrimas para trás, lá quando Bill e o Doctor estavam na Time War,
e isso a salvou, isso a trouxe de volta. Foi poético, e um pouco
perturbador… mas Bill está bem, feliz.
Com o poder INCRÍVEL das duas sobre os átomos, elas conseguem levar o Doctor
até a TARDIS, ou a TARDIS até o Doctor… ele
está ali agora. Bill tem a escolha à frente: voltar a ser humana ou estar com Heather, como ela?
Mas mais bonito é quando a lágrima de Bill cai
sobre a testa do Doctor:
“You know
what, old man? I'm never going to believe you're really dead. Because one day
everyone's just going to need you too much. Until then. It's a big universe. But
I hope I see you again. Where there's tears, there's hope”
Bill estará por aí, no universo… talvez um dia seu caminho se cruze com o do
Doctor.
Ou talvez
até com o de Clara e Me, viajando numa TARDIS por aí…
Tudo é
possível!
Como o final, também, deixa muito claro… QUE FINAL
SENSACIONAL. Uma das melhores cenas de Doctor
Who, sem dúvida! A regeneração começa a brilhar na lágrima que Bill deixou
na testa do Doctor, e então ouvimos pessoas chamando por ele… não qualquer “pessoa”,
mas pessoas que AMAMOS como Rose Tyler, Martha Jones, Capitão Jack, Donna
Noble, Amy Pond… Clara Oswald. AQUILO ME ARREPIOU DE UMA MANEIRA! Que cena mais
linda. Se eu gritei? Eu sempre grito vendo-as novamente, e é um tributo imenso
e bonito vê-las novamente, pessoas que significaram e significam tanto para
nós… e sempre significarão. Bill partiu e se uniu a esses nomes e rostos agora,
e nós sentiremos sua falta também! Gostaríamos de vê-las novamente, qualquer
uma em qualquer situação… Doctor sempre
nos reserva esse tipo de surpresa.
Também temos REFERÊNCIAS lindíssimas a antigos
Doctors. “Sontarans! Perverting the course of human
history!”, ele
grita, relembrando as primeiras falas do Fourth Doctor (Tom Baker), assim que
ele se regenera. Depois vem o famoso “I
don’t wanna go”, últimas palavras do Tenth Doctor (David Tennant). Por fim, temos o tocante “When the Doctor… when the Doctor… was me. When the Doctor was me!”, a fala final
no emocionante discurso do Eleventh Doctor (Matt Smith) antes de sua regeneração…
tudo tão FORTE. Porque essas são memórias confusas de regenerações… e está começando de novo. Ele está se
regenerando. Então ele grita que “não”, que não quer que isso aconteça… ele é forte parando a regeneração, por ora,
mas a TARDIS o leva a algum lugar, a algum lugar onde o Doctor insiste que não vai
mudar, e foi doloroso como ele disse:
“If you're
trying to make a point, I'm not listening. I don't want to change again. Never
again! I can't keep on being somebody else! Wherever it is, I'm staying!”
Joga nova luz sobre as regenerações e o sofrimento
causado.
Ninguém disse que era fácil!
Mas qual seria, talvez, a melhor maneira de convencer o Doctor de que ele PRECISA
mudar, de que a regeneração é PARTE dele? Lembrando-lhe que essa não é a
primeira vez que isso acontece… bem, ele teve memórias das duas regenerações
passadas, e isso não parece ter ajudado muito, não é? Mas ele está do lado de
fora, sozinho, no frio, como vimos no começo de “World Enough and Time”, gritando “não” para a regeneração,
impedindo que ela prossiga enfiando as mãos no gelo… é tudo tão triste. Quer dizer, até que ouvimos a voz do PRIMEIRO
DOCTOR (interpretado por David Bradley desde 2013, em “An Adventure in Space and Time”, tendo em vista o falecimento de
William Hartnell), dizendo coisas como “No,
no, no, the whole thing's ridiculous”, o que me enviou todo um calafrio
pela espinha… o Doctor pode revisitar sua PRIMEIRA REGENERAÇÃO.
E isso é IMENSO.
E que fim foi esse?
“The
Doctor. Oh, I don't think so. No, dear me, no. You may be a doctor, but I am THE
Doctor. The original, you might say!”
Ha! Isso PROMETE!
Cadê minha TARDIS para ir direto para o Natal, ver
o episódio, e voltar?!
P.S.: O timing é genial, quiçá PERFEITO. Aparentemente,
pelo o que ouvimos do Primeiro Doctor, ao longe, essa última cena de “The Doctor Falls” acontece EXATAMENTE
durante a primeira regeneração do Doctor, lá em “The Tenth Planet”. Mas ainda é mais do que isso: esse episódio também marcou a introdução dos
Mondasian Cybermen na série, em 1966! Coincidência que tenhamos tido uma
história sobre Mondasian Cybermen justamente para a regeneração do Twelfth, assim
como foi a regeneração do First? Talvez as duas regenerações estejam MUITO MAIS
conectadas do que pensamos, huh?
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