Último Capítulo da Primeira Temporada de REBELDE (29 de Julho de 2005)
“Obrigado
por compartilhar esse ciclo da vida com a gente!”
Você percebe o quanto Rebelde te emociona e percebe que toda essa jornada que se iniciou
nos 215 capítulos da primeira temporada valeu a pena desde o começo – seja na
nostálgica abertura que te traz um monte de bons sentimentos e memórias boas,
ou então a epígrafe inicial do último capítulo: “No dia em que tiver a coragem de enfrentar seus medos e inquietudes e
que puder resolver os problemas da sua vida sem pedir ajuda a mais ninguém… nesse
dia terá crescido como ser humano”. É impressionante como Rebelde tratou, ao longo da temporada,
de problemas sérios como as drogas e assuntos tão pertinentemente adolescentes
como o primeiro amor, e nos divertiu e nos emocionou ao longo de quase um ano
de novela. Rebelde tem a
característica peculiar e deliciosa de se conectar com sua audiência, de falar
diretamente a ela, e isso é o que nos fascinou e continua nos fascinando a cada
vez que decidamos assisti-la novamente. Em reprise ou por conta própria. Os
sentimentos estão todos ali, e eu assisti aos quase 50 minutos do último
capítulo com toda uma emoção renovada, todo arrepiado, lágrimas nos olhos.
E fiquei com saudade.
Mesmo sabendo que a segunda temporada estava ali,
voltaria na segunda seguinte.
O último capítulo da primeira temporada começa com
Mabel indo embora e se despedindo de Diego, tudo depois que ela e León trocaram
uma longa sequência de ameaças porque ela queria permitir que o Diego
continuasse com a sua banda, a RBD, e fosse feliz fazendo o que gosta de fazer
– discussão que ela ganhou de León, desde que ela fosse embora para sempre e
jamais voltasse a ver o filho. Por isso a despedida machuca. É doloroso vê-la
partir, ver suas lágrimas e sua emoção, ver o Diego se despedir da mãe com
tanto carinho sem entender os motivos que a levam a agir daquela maneira. Ela
pede que ele prometa que quanto mais ele crescer, melhor pessoa ele será, e ele
garante que a ama, em uma despedida linda e emocionante, mas um pouco
traumatizante, porque o Diego não merecia nunca mais ver a mãe daquele jeito. “Te amo com todo o meu coração, filho. Nunca
se esqueça disso, tá?” Como ele poderia entender?
Dali, percebendo que o capítulo será um golpe de
emoção atrás do outro, partimos para a profunda e triste carta de despedida de
Miguel para Mia: “Às vezes, entregando o
coração com toda a alma não é o suficiente para fazer alguém feliz. Eu sei que
eu não posso nem sonhar em ter você, porque comigo você só poderia sofrer. Por
isso eu vou sair da sua vida. essa vai ser a maior prova de amor que eu posso
dar a você. O mais difícil de tudo é que agora eu tenho certeza de que nada que
eu fizer… vai me fazer esquecer de você”. Miguel chora dolorosamente
escrevendo a carta e olhando para a foto de Mia, mas aparentemente sua vida na
capital chegou ao fim – ele não tem mais porquê se vingar, e se apaixonar por
Mia parece doloroso, quiçá doentio. Assim ele se prepara para ir embora agora
que o ano letivo está de fato chegando ao fim, e Nico acha que ele está fazendo
o que é certo, que ir para Monterrey vai ser bom para ele, porque assim ele vai
poder esquecer a Mia e seguir em frente…
Ou não.
E para sorrir um pouco (momentaneamente) nós temos
a cena de finalização do ano letivo, com um discurso longo e cansativo do
Pascual, ao qual ninguém está prestando atenção – e só se torna de fato
interessante quando ele é interrompido por seu celular tocando com um toque de
burro, ele se perdendo todo e abandonando o microfone, por fim. Assim, a RBD
sobe ao palco para fazer um discurso lindo e emocionante de agradecimento ao
Professor Henrique, por tudo o que ele lhes ensinou e significa para eles. “É sério, nós te amamos muito, professor”.
É tão LINDO. E verdadeiro. Temos breves agradecimentos pessoais, como o Miguel
agradecendo por ele ter salvo todo o 4º ano, especialmente os bolsistas… e os
seis que amamos se alternam para falar sobre o professor que tanto lhes
ensinou, dando-lhe um presente: que é o financiamento para um bonito projeto ao
qual ele pretende se dedicar, ao qual eles apoiam, com pesar, porque vão sentir
a sua falta. “Se você decidir ir, pois vá
em frente, mas não se esqueça da gente, tá bom? por favor”. Mas enquanto
pessoas boas como o Professor Henrique precisam ir embora, o Gastão continua, e
é doloroso, mesmo para o Pascual, ter que dizer isso: “No próximo ano teremos que trabalhar juntos. Por isso, bem vindo de
novo ao colégio”.
Ainda temos mais um ano para ele nos atormentar.
A banda RBD ainda faz uma apresentação de fim de
ano no palco do Elite Way School. É o Professor Henrique, antes de ir embora,
quem anuncia o fim de um ciclo, o fim do ano letivo, terminaram-se as aulas. E então chama a banda para se apresentar: “Como não estamos em ano letivo, nada pode
os impedir que se apresentem aqui nessa casa. O grupo do momento: RBD”. E
eles cantam lindamente UN POCO DE TU AMOR. É arrepiante, porque eles são um
máximo, nós adoramos eles e essa música é fantástica – enquanto isso, o pai de
Lupita aparece para conversar com Maíra e já apresenta teasers interessantes para a segunda temporada: Maíra diz que
Lupita merece saber toda a verdade, e ele anuncia que está se mudando para a
capital com sua outra família (sobre a qual Lupita nem tem conhecimento!) e
suas outras filhas vão estudar no Elite Way School também! “A Lola, minha outra filha, precisa mais do que nunca da irmã como
exemplo”. É tão bom se despedir, de alguma maneira, disso tudo, mas ver que
é apenas um recomeço.
Porque ninguém estava preparado para se despedir
de Rebelde.
Acho que nunca chegamos lá, inclusive.
Roberta faz uns últimos ajustes de fim de ano, sua
cara. Ela manda a mãe para um spa
durante 10 dias – e lá tem a surpresa de Franco dividindo o mesmo spa com ela, e eles são extremamente
divertidos juntos! Eles brigam, discutem, gritam e nós ouvimos coisas como “Delito é nascer como você nasceu. Delito é
ter a sua idade! Eu sou mais jovem” que me fazem rir tanto, mas eu acabo
com um sorriso pesaroso de quem já está sentindo falta de tudo isso. Tem como
não amar Alma Rey? As melhores coisas são aquele comentário, o “Mas o que o senhor faz no quarto ao lado,
hein? Não podem fazer isso comigo, é o cúmulo!” e a Alma gritando “Sr. Gerente!” pelo spa. E Roberta ainda dá uma mãozinha para Mia. Apenas entre ela e
Diego as coisas não se resolvem. Porque ele fica esperando ela sair para falar
com ela, fofo, louco para se despedir, mas eles não sabem fazer isso. Só se
machucam. Depois que Téo e Josy entram na limusine, se beijando (“Não contem moeda na frente de pobre, está
bem?”), a cena que poderia ser fofa se acaba com citações a Simon, ela
manda que ele encontre alguém para namorar para não passar as férias sozinho e
assim por diante…
Ah, e o “Diga
a ela a verdade desde o princípio, não tente conquistá-la com apostas baratas.
E se divirta” mostra o porquê disso tudo: ela ainda está sofrendo por causa
de tudo o que aconteceu mais cedo, coisas pelas quais eu acho que ela devia
MESMO perdoar o Diego! Por Mia, ela faz uma coisa fofíssima. Porque Mia está se
preparando para ir para Orlando, mas Roberta troca as passagens e deixa uma
cartinha: “Mia, não tem vestido de
nenhuma marca que possa tapar a tristeza. Nem a melhor das maquiagens pode
desenhar um sorriso quando está com a alma triste. Também não inventaram um
creme que desapareça com as rugas do coração quando já está cansado de perder
como o seu, porque nunca se atreveu a usá-lo. Mas, apesar disso, ainda está em
tempo de mudar as coisas”. Tem as reações exageradas da Mia que são um
máximo, tipo ela desmaiando, mas o que ela fez foi bom.
Foi lindo.
Foi ótimo.
Porque a Mia não podia deixar o Miguel escapar. E
eu amo aquela cena DE TODO O MEU CORAÇÃO. Eu acho que é uma finalização
lindíssima para uma temporada perfeita que teve todo tipo de história e que nos
fez sorrir e sofrer e chorar por esses relacionamentos. Se Diego e Roberta não
estão nas melhores das situações ao fim da temporada, Mia e Miguel têm um
futuro lindo. Porque ele está no avião para Monterrey, prestes a decolar, e Mia
o encontra lá dentro. Senta-se na poltrona ao seu lado. Diz que vai para
Monterrey com ele, por causa da única matéria na qual reprovou, que é amar um
caipira bobo e fazer ele se apaixonar por ela de volta. É romântico, é fofo, é
lindo. E a felicidade dele é impagável. Porque eles sorriem, eles se beijam. “Eu não te quero, Mia. Eu te amo”. E
aquilo enche meu coração de muita emoção e felicidade. Como aquela risada dela
porque está prestes a viajar sem nenhuma mala. Isso me emociona profundamente e
me arrepia, me arrepia demais.
Assim como a epígrafe final, que é LINDÍSSIMA.
Enquanto vemos, em preto e branco (como víamos em
todo início de capítulo, com diferentes cenas), os alunos que tanto amamos se
arrumando para tirar uma foto da turma toda, do lindíssimo 4º ano tão cheio de
histórias, a narração do Professor Henrique diz: “Tem uma ponte que vai da infância à juventude, cada um a cruza o
melhor que pode. Não é fácil chegar do outro lado, mas ao fazê-lo, se descobre
um mundo diferente ao qual tínhamos visto com os nossos olhos de crianças. Esse
mundo está esperando os que têm a coragem de sonhar e lutar por seus sonhos. De
correr riscos apesar de seus medos. O mundo precisa de espíritos rebeldes que
possam mudá-lo para que cada dia seja melhor. Faltam jovens que se atrevam a
enfrentar a vida com a nobreza da alma e o amor em seu coração. Este mundo está
esperando vocês, garotos. Animem-se ao cruzar a ponte. Enquanto isso: até o ano
que vem e obrigado! Obrigado por compartilhar esse ciclo da vida com a gente!”
E eles estão LINDOS DEMAIS. E aquela foto me comove.
Não tem como não amar Rebelde.
Não tem como não sentir falta de Rebelde.
Comentários
Postar um comentário