Annabelle 2: A Criação do Mal (Annabelle: Creation, 2017)
Bem melhor
que o primeiro Annabelle!
Quase três anos desde que Annabelle chegou aos cinemas, um segundo filme com a história da
macabra boneca chega aos cinemas, como uma prequela interessante que se une
magistralmente com o primeiro filme na conclusão do longa, mas é incrivelmente
melhor que este, conseguindo que nos conectemos e nos importemos com os
personagens – e ainda não temos a história mais conhecida de Annabelle que tanta gente quer ver, mas
os produtores estão segurando essa carta enquanto puderes… aqui, como o nome
indica, conhecemos como a boneca Annabelle
surgiu e como se tornou aquela presença demoníaca que atormenta a vida das
pessoas e é responsável por tantas morte. O filme começa nos apresentando
Samuel Mullins, um habilidoso artesão de bonecas que iniciou uma coleção
exclusiva de 100 peças com a boneca que viria a se tornar Annabelle… e aqui temos a primeira família que foi
atormentada por sua presença.
No começo do filme, conhecemos a família Mullins,
e a filha deles, até então sempre chamada de “Bee”, inclusive é a inscrição que
consta em seu túmulo, depois de um terrível acidente que leva a sua vida
precocemente. 12 anos depois, a família Mullins acolhe uma freira e algumas
meninas de um Orfanato, e o “mal” ressurge. O filme é um típico terror repleto
dos mais medonhos sustos, e realmente nos envolve… temos curiosidade para
saber, queremos um pouquinho de explicação, e ficamos apreensivos nos momentos
em que a música para e a tensão paira no ar por segundos intermináveis até um
susto terrível, como a máscara da Sra. Mullins ou, o que foi um dos maiores
sustos do filme, quando o “espírito” de Bee pede uma ajuda, e se vira “pedindo
a alma” da garota, naquela forma demoníaca que já não tem nada da menininha
fofa que fora.
Wow.
A história acompanha, predominantemente, as amigas
Janice e Linda, as mais novas das meninas órfãs, que prometem uma a outra que
nunca vão se separar, ainda que alguma família queira adotá-las separadamente. Enquanto
as meninas mais velhas são bastante estúpidas com elas, elas se aventuram
sozinhas, mais de uma vez, pelo antigo quarto de Bee, que o Sr. Mullins pediu
estritamente que fosse sempre mantido fechado… mas quando a porta está aberta e
bilhetes da antiga brincadeira favorita de Bee aparece, Janice não pode resistir à tentação. E é quando ela conhece a
sinistra boneca em uma cadeira de balanço, em um armário fechado, até então,
mas que agora se nega a manter-se assim… quando isso aconteceu, descobrimos que
já é tarde demais para qualquer coisa, e depois que Janice fica na cadeira de
rodas, é uma questão de tempo para Bee atormentá-la e capturá-la. Gostava tanto de Janice até então, mas sua transformação é notável e apavorante.
Quando Janice surgiu tão “pacífica”, meu coração
gelou.
Crianças podem
ser perfeitamente MACABRAS!
Dali em diante o filme entrou em um crescendo que
leva ao clímax onde muita coisa se agita, muito susto acontece, mas ao invés de
explosões ou muitos gritos, nós temos a constante sensação de que “alguma coisa
está para acontecer”. É um filme um tanto quanto perturbador, embora não seja o
melhor terror que eu vi nos últimos tempos. Linda, a melhor amiga de Janice,
percebe que aquela não é mais a sua amiga, e todos precisam enfrentar o
espírito maligno que assombra a casa e que aparece de diferentes maneiras… seja
naquele demônio preto, na própria Janice, na boneca Annabelle, ou o espantalho
do lado de fora, embora eu tenha minhas dúvidas se esse último realmente seja a
mesma entidade. Afinal de contas, a
franquia Invocação do Mal gosta de incluir
novos personagens que podem gerar spin-offs.
Tratando-se de “um filme de origem”, temos uma boa
e angustiante explicação para o surgimento de Annabelle, quando a Irmã
Charlotte vai conversar com a Sra. Mullins e leva a boneca com ela, depois que
presenciou Linda jogando-a no poço e alguma coisa saindo de lá, antes de elas
encontrarem a boneca de volta no sofá onde Janice deveria estar… e a Sra.
Mullins explica que, depois da morte de Bee, ela e o marido fizeram um pacto
que lhes permitia rever, ainda que pouco, a sua amada filhinha… ela aparecia
pela casa, correndo, brincando, e eu devo dizer: ISSO É DOENÇA, NÃO É MAIS
AMOR. Perfeitamente macabro, as coisas pioraram quando “Bee” pediu permissão
para entrar na boneca, e eles a concederam… eles perceberam, aos poucos, o erro
cometido, como aquela “aparição” não era a filha deles, e quando a Sra. Mullins
tentou matar o demônio, ela foi brutalmente atacada…
Teve o olho arrancado!
O verdadeiro nome de Bee? Adivinhe! ANNABELLE!
Ali parte do ciclo se fecha, até um final muito
brilhante, como eu comentei. As meninas se salvam, assim como a Irmã Charlotte,
embora não o Sr. e a Sra. Mullins, quando Charlotte tranca tanto a garota
quanto a boneca no armário com a palavra de Deus, em uma das melhores cenas do
filme! Quando elas se afastam, sem Janice, a polícia invade a casa e reabre o
armário, para encontrar apenas a boneca, e um buraco na parede… supostamente, o
mal que havia na casa e na boneca agora já foi embora, e Janice está distante,
em outro orfanato, respondendo agora ao nome de “Annabelle”, até que é adotada
pela família Higgins (e esse é um dos melhores momentos, quando eles lhe
presenteiam com uma boneca de pano, com a mesma aparência da Annabelle da vida
real!), fazendo a conexão com o início do primeiro filme de Annabelle, quando conhecemos “Annabelle”
(Janice) mais velha, seu namorado, lembramos da seita, e vemos o assassinato
dos pais adotivos…
O crime chama a atenção dos vizinhos, os Forms…
E então você
já sabe o que acontece!
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