Criando o Mundo de Harry Potter, Parte 3: CRIATURAS
“You gotta believe that Harry’s gonna be eaten, or
fried, or drawned”
As CRIATURAS de Harry Potter são parte importantíssima desse Universo! Nós amamos
algumas delas, como o Dobby e o Hipogrifo, por exemplo, como amamos os nossos
protagonistas humanos. A terceira
parte do Documentário “Criando o Mundo de
Harry Potter” traz uma visão sobre as criaturas do Universo de Harry
Potter, e a introdução já é brilhante, com cenas dos filmes com vários momentos
marcantes deles: o livro da aula de Hagrid, os pixies, o Norberto, o Trasgo no
banheiro, o voo do Hipogrifo, os Testrálios, a Fênix, o Rabo-Córneo Húngaro, o
Lobisomem, os Sereianos, o Basilisco, Dementadores, várias formas de aranhas,
seja a Aragogue de Câmara Secreta, o
bicho-papão de Prisioneiro de Azkaban
ou o funeral de Enigma do Príncipe. É
uma belíssima introdução que nos leva de volta a cada um desses momentos.
E percebemos o quanto eles são IMPORTANTES!
A sinopse da Parte 3 do Documentário nos diz:
Monte e plane com o Bicuço. Lute contra o
Rabo-Córneo Húngaro. Veja a horrenda transformação de Voldemort, da criatura
infantil para o terrível Lorde das Trevas. Pela primeira vez disponível permite
que você veja o mundo de Criaturas de Harry Potter através dos olhos de um
grupo de feiticeiros: os artistas que criam os monstros e as maravilhas. Ande pela
Loja das Criaturas, onde os atores se transformam em assistentes e esboços em
criaturas animatrônicas. Junte-se a Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma
Watson para compartilhar histórias sobre atuações, desde pequenos pixies
gerados por computador até uma tonelada de quatro aranhas mecânicas. Novas descobertas,
novas revelações – tudo para deixar a sua viagem dentro do mundo de Harry ainda
mais emocionante!
Segundo os produtores, em entrevistas deliciosas
de se assistir, cada uma das criaturas foi um desafio. Elas precisavam ser
diferentes de tudo o que o cinema já tivesse visto, e tinham que ter
personalidade… precisavam parecer orgânicas, reais, para que fosse convincente.
“You gotta believe that Harry’s gonna be eaten, or fried, or drawned”. Esse “pé na realidade”,
como eles chamam, que garante a verossimilhança, é muitas vezes conquistada
através da fabricação física dessas criaturas, na Oficina de Criaturas, onde eles realmente ganham vida. É
eletrizante (e deve ter sido um máximo atuar com essas criaturas) ver a
construção real delas, ver bonecos que parecem tão verdadeiros que se mexem de
verdade… Richard Harris foi até enganado pela Fawkes, que ele achou que fosse real! Em alguns casos, no entanto, isso era
inviável…
Como o conceito escolhido para o lobisomem que era
o Lupin.
Mas vamos por partes…
DRAGONS, ACROMANTULA and
BASILISK
Bem, todos nós sabemos que os DRAGÕES são uma eterna paixão dos fãs de Harry Potter! Olha que eletrizante construir aquele Rabo-Córneo
Húngaro DE VERDADE! Ele foi construído por completo para a cena em que está
preso em uma gaiola, e cuspia fogo e tudo… imagina
a emoção de ver aquilo ao vivo! A cena dele em O Cálice de Fogo, por sua vez, é uma de minhas favoritas no filme. Diferente
do livro, mais cinematográfica, é uma mudança cabível… o dragão está à solta em
Hogwarts, e Harry está fora de sua zona de conforto, perseguido e atacado
continuamente por um imenso dragão que escorrega pelos telhados da Escola de
Magia e Bruxaria… é eletrizante!
Da mesma maneira, ARAGOGUE foi construída de verdade para as gravações. A gravação na
Floresta Proibida, por exemplo, era toda real, mecânica, com a Aragogue saindo
mesmo das trevas, e o Rupert Grint achou aquilo apavorante. Os atores conseguiram expressar muito mais claramente
suas emoções sentindo de verdade um pequeno pavor daquele animal, mesmo que
fosse mecânico… ele era real e assustador
de qualquer maneira! Bem como o BASILISCO,
que foi em parte criado de verdade, para cenas como a sequência em que Harry
luta contra ele do topo da pedra na Câmara Secreta: isso consegue extrair uma
interpretação mais intensa de Dan, além de ser muito crível!
GRINDYLOWS, MANDRAKES, TROLLS and CORNISH
PIXIES
Gostei muito de conhecer o processo de criação do TRASGO que invadiu a escola em A Pedra Filosofal, com aquela concepção
da equipe sobre como ele devia ser burro, então ele tinha um quê de cômico
aliado ao perigoso. E o que é aquela
sequência de trasgos dançando balé que nunca chegou a Enigma do Príncipe? Os
PIXIES são aqueles pequenas pestes
azuis, e eu gostei da ideia de que eles representam um pouco das crianças e os desejos que temos
repreendidos de criar baderna numa sala, por exemplo, fazendo tudo o que eles fazem. As MANDRÁGORAS são inteligentemente criadas, para se assemelharem a
bebês, de alguma maneira, mas serem desprezíveis de todo modo… fora aquela explicação de Matthew Lewis
sobre sua cena de desmaio. E os GRINDYLOWS,
que para mim são perturbadores. Muito
interessantes, mas perturbadores.
HIPPOGRIFF, THESTRALS and PHOENIX
O HIPOGRIFO
é um máximo, e um desafio! Uma mistura estranha de dois animais (um cavalo e
uma águia), mas brilhantemente construído… foi criado de verdade, para melhorar
a interação dos atores, mas no geral substituído por uma versão de CGI. O que
eu acho brilhante é o trabalho cuidado de, por exemplo, observarem águias
alçando voo para entender o movimento das asas, do peito, e poder recriar isso
nessa criatura que tem tanto de águia… gostei também da leitura a respeito da
cena de voo de Harry sobre o Bicuço no começo de Prisioneiro de Azkaban, porque eles entendem como essa questão da
liberdade. Harry está crescendo, e tem uma força dentro dele que ainda
desconhece, mas que quer experimentar, e ao voar sobre Bicuço, sem a terra sob
os pés, parece livre de todos os problemas que comumente o assolam!
A FÊNIX tinha
que ser um pássaro lindo, tinha que passar essa sensação de família e de amor,
e de maravilha pelo fato de renascer
das cinzas, por exemplo, e o fato de realmente terem construído isso consegue
uma atuação brilhante de Dan, reagindo à pequena fênix saindo das cinzas… por
outro lado, temos os TESTRÁLIOS, um
grande desafio criado por Rowling! Eles sã, de certa forma, a personificação da
morte, fortes e assustadores, como se fossem a morte alada. Representam algo
profundo e quase inconsciente, e tem um certo romantismo fatal que lhes é
característico. Acho que os testrálios foram criados de forma brilhante para Ordem da Fênix. Eles são estranhos,
diferentes, mas não gratuitamente assustadores ou grotescos… no fim, descobrimos
que eles são absolutamente lindos… e isso
é encantador.
HOUSE-ELVES, GOBLINS and
CENTAURS
Acho que como qualquer fã de Harry Potter, eu amo o Dobby! ELFOS
DOMÉSTICOS são representados na franquia através de dois personagens. Primeiro
o Dobby, que é aquela coisa fofa… temos uma entrevista de Dan Radcliffe na
época de lançamento de A Câmara Secreta,
comentando que acreditava que Dobby roubaria todas as cenas em que estava
presente: VERDADE. Todos nós AMAMOS o Dobby! O desafio deles era criar um
personagem que o público amasse, com quem se conectasse… ele é bem emocional,
tem um jeitinho meio de criança (quando pula na cama ou corre pela casa, por
exemplo), e é totalmente adorável. O oposto de Monstro, que foi criado para
representar um lado mais “ruim” dos elfos domésticos. Ele não tem os olhos tão
grandes, nem é tão jovial… é enrugado, anda encurvado, como se estivesse com dor o tempo todo.
É um conceito detalhado e tanto!
Mais ou menos como os GOBLINS, que foram criados meticulosamente, com um monte de atores,
cada um interpretando um duende diferente… e todos eles, depois de horas de
aplicação de prótese e maquiagem, eram um duende individual, único… nenhum repetito. É um trabalhão, mas que
confere uma boa cara ao filme, credibilidade! Assim como os CENTAUROS, que são criaturas imponentes
que foram brilhantemente feitas para Harry
Potter, com as suas características de cavalos adicionadas mais do que á
parte inferior do corpo, mas também ao rosto, de alguma maneira…
ANIMAGI and WEREWOLVES
Duas facetas de uma mesma moeda, de alguma
maneira. Os ANIMAGOS são
representados por Pedro Pettigrew, que precisava ganhar uma feição meio de “rato”
mesmo na sua forma humana, afinal tinha passado 12 anos como Perebas, e eu acho
que é uma caracterização brilhante e convincente! Os LOBISOMENS têm duas facetas diferentes: Lupin e Greyback. Sinceramente,
eu acho que o conceito de lobisomem para Lupin em Prisioneiro de Azkaban foi desafiador, e eu amo o que Alfonso
Cuarón fez! Com um lobisomem esguio e forte, quase sem pelos, Lupin se torna
assustador e sombrio, mas perfeitamente humano.
Sinceramente, é uma caracterização genial, e é uma de minhas sequências
favoritas no terceiro filme!
DEMENTORS and INFERI
DEMENTADORES
SÃO MINHA CRIATURA FAVORITA! Ah, eles são terríveis, claro… eles sugam toda a
felicidade de uma pessoa e, eventualmente, a sua alma, mas eles são GENIAIS. J.
K. Rowling diz ter escrito os Dementadores a partir de um pesadelo que teve em
sua adolescência, com figuras encapuzadas que a perseguiam, e para ela eles têm
tudo a ver com a depressão… é a personificação terrível da depressão e do medo,
e eu acho isso brilhante. A maneira como tudo fica gelado quando eles aparecem,
como a alegria se esvai… wow. E o
visual deles para os filmes é arrebatador.
Os panos ao seu redor, talvez como pessoas que foram embalsamadas, e o
movimento conseguido através de bonecos filmados embaixo da água, com a
filmagem de trás para a frente, para conferir o movimento quando voam e para
ser estranho… bizarro.
Foi inteligente demais, da parte de todos!
Por outro lado, temos os INFERI, que eu gosto bastante, mas que sinceramente não me são
causa de pesadelo. Eu acho que a cena da caverna em Enigma do Príncipe é um primor, e sempre me assusto com a mão de um
inferi saindo da água quando Harry a
toca, mas eles não são tão marcantes
quanto os dementadores. Seu conceito, no entanto, é perturbador. Criaturas que
vivem há 20 anos embaixo da água, brancas e magras, que são escravos de Lord
Voldemort, que não estão ali por sua vontade própria… mortos-vivos que, diferente
do zumbi convencional, receberam uma carga extra de humanidade, ou de
humanidade que lhes foi tirada, como comentam no documentário, através da
expressão de melancolia e tristeza. São visuais realmente muito bem criados!
E, por fim… LORD
VOLDEMORT. Mas nós já o comentamos na Parte 2!
Comentários
Postar um comentário