Criando o Mundo de Harry Potter, Parte 4: SONS & MÚSICA
“Music can have a huge impact on film”
O que seria de um filme sem música? E o que seria
de HARRY POTTER sem música? Sem aquelas inconfundíveis notas de “Hedwig’s Theme” que nos leva diretamente ao universo de Harry Potter? A Parte 4 do Documentário “Criando o Mundo de Harry Potter” nos
leva para os bastidores dessas composições tão marcantes e tão belíssimas, que
fazem de Harry Potter o que ele é!
Com uma orquestra gigantesca, de 95 músicos, as músicas são compostas através
de análise meticulosa de todas as possibilidades de composição, pelos momentos,
pelos personagens, pelas origens… nunca
tinha parado para pensar, por exemplo, no quanto de música celta existe na
composição da Copa Mundial de Quadribol ou coisas assim. A música
engrandece o filme, deixa tudo mais emocionante, mais marcante, seja qual for a emoção almejada.
A música, portanto, tem a ver com emoção, ajuda a
guiar a audiência por suspense, medo, alegria, melancolia… e ela consegue mostrar
além do que é visto em tela,
indicando que “algo terrível está por
vir”, por exemplo, quando nenhum elemento visual lhe conta isso… isso é
genial! A música é, portanto, a ALMA DO FILME. O documentário é muito bem
conduzido, nos mostrando entrevistas em paralelo com a orquestra tocando temas
de Harry Potter, e as cenas em que as
composições foram usadas, como quando Dumbledore conduz Harry para fora do
Ministério da Magia depois da batalha do fim de A Ordem da Fênix, ou a jornada até o Castelo de Hogwarts, no
primeiro ano… ou o ataque aos trouxas no início de Enigma do Príncipe, que só tem sentido quando é complementado pela
música. E cada detalhe, naturalmente, é
um desafio e tanto.
Veja a sinopse da Parte 4 de “Criando o Mundo de Harry Potter”:
Você consegue imaginar o Baile de Inverno,
sem a valsa de Potter? Quadribol sem a vassoura que voa? Ou qualquer filme de
Harry Potter sem a majestosa assinatura musical de Hedwig? Pela primeira vez,
novas entrevistas e cenas dos bastidores permitem que você compartilhe a visão
de compositores, especialistas de som e outros que fazem dos filmes de Harry
Potter um encanto para os ouvidos, e olhos. Sinta o som e a música que trazem à
tona sentimentos como triunfo, medo, alegria e suspense enquanto transporta os
espectadores para uma viagem emocionante junto com os personagens durante os
filmes. Saiba os motivos especiais em que foram criadas as músicas que
identificam os personagens e lugares. Veja como o artista Foley usa técnicas
incomuns para reproduzir sons do cotidiano. Descubra uma nova maneira de olhar
– e ouvir – o mundo de Harry.
John Williams foi o compositor para A Pedra Filosofal, A Câmara Secreta e O Prisioneiro de Azkaban, trazendo à
vida coisas como “Visit to the Zoo”,
“Diagon Alley” e “The Journey to
Hogwarts”, para o primeiro filme. “Gilderoy
Lockhart”, “The Dueling Club” e “Dueling
the Basilisk”, para o segundo filme, que é uma orquestra fortíssima,
triunfal e mortal. E a divertida “Aunt
Marge’s Waltz” para o terceiro filme, por exemplo… a cena fica um máximo com isso. Patrick Doyle compôs para O Cálice de Fogo, e trouxe, por exemplo,
“Voldemort”, que era simples e
ameaçadora, e vinha numa escala ascendente, ou “Harry in Winter”, emocionante. Nicholas Hooper compôs para A Ordem da Fênix e O Enigma do Príncipe, trazendo coisas como “Professor Umbridge”, que tinha o intuito de ser irritante, mas
meio divertido… também “Flight of the
Order of the Phoenix” e “Malfoy’s
Mission”.
Todas músicas marcantes,
de fácil reconhecimento, forte e MEMORÁVEL.
Você escuta algumas notas e sabe que está em Harry Potter…
No entanto, acho que NADA se compara a “Hedwig’s Theme”, que é uma música
composta para ser tema de Edwiges, mas que ficou marcada eternamente como a
música-tema de Harry Potter de um
modo geral. Ao ouvi-la, como Emma Watson comenta, você sabe que vem um trailer
de Harry Potter, um filme de Harry Potter, ou algo relacionado a Harry Potter. A música SEMPRE ME
ARREPIA. Curiosamente, John Williams a compôs sem ter visto o filme, porque a
Warner precisava de uma música para uma exibição, e então ele compôs a música
que é a maior marca de Harry Potter.
Majestosa e mágica, ela é cheia de notas, complexa e linda… consegue fazer
qualquer fã de Harry Potter ou de
música chegar às lágrimas… emocionante!
Escute-a:
Mas além das MÚSICAS, também temos o cuidado com
os SONS que compõem o universo, e eles são divididos entre os sons que existem
na realidade, como portas se abrindo, ou trens e carros, e aqueles sons que
precisam ser criados, sons que não
existem, que não conhecemos, como o som de uma varinha sendo movimentada, ou de
um Patrono quando é conjurado. É todo um jogo bem complexo e lindíssimo de ver
acontecer nesse Documentário! É um cuidado detalhado para que não fique nada
falso ou caricaturado, por isso a preferência por sons orgânicos, para que houvesse uma base de realidade.
Como o Quadribol, cujos sons de movimento e poder foram conseguidos em uma
liteira, ou a batalha no Departamento de Mistérios, com porcos e cervos e, de
modo geral, muitos sons gravados pela própria equipe, únicos para Harry Potter, como um pneu de bicicleta
raspando no asfalto, por exemplo…
É genial.
Gosto particularmente do trabalho realizado com os
dementadores, cujos sons nos indicam, além das imagens, a aproximação deles, a
partir da maneira como o chão se congela, por exemplo, e alguns desses sons
foram conseguidos com bandejas de gelo! Peculiar e sutil. Também temos cenas
inteiras sem música, em que os sons
de base podem ser explorados para criar uma tensão, como quando o trem é parado
em Prisioneiro de Azkaban, ou quando
Harry ainda pela rua ao anoitecer, antes da chegada do Nôitibus, em que, sem
música, todos os outros sons são acentuados: a respiração ofegante de Harry, as
luzes piscando, o trânsito distante, o balanço e o roda-roda… macabro, consegue criar exatamente o
suspense desejado para o momento! “Harry is very isolated, he’s alone
and feels cold, and it’s sound that does all of that”.
Em questão de sons, há artistas de foley, por
exemplo, que têm um trabalhão (que pode ser divertido), para regravar todos os
sons que veem em filme, como passos, cadeiras, portas, capas de quadribol
durante o jogo, aumentando assim o arsenal que se pode usar na mixagem de som
final… e é eletrizante perceber como
alguns sons são conseguidos, como o som das milhares de aranhas na Floresta
Proibida, por exemplo! Também tem a questão de ocasionais regravações de falas
em estúdio, porque não se conseguiu da melhor maneira na gravação real, seja
por ter muita ação envolvida, ou muita gente… diretores detestam isso, porque é
muito como dublagem, mas podem gerar bons resultados, quando essenciais… é o
caso de Cálice de Fogo, um filme
imenso, com grandes sequências de ação, que precisou de aproximadamente 70% de
ADR, essa prática de regravação de falas!
Mas ainda é
um filme excelente.
Outras músicas marcantes que o documentário cobre
são “The Knight Bus”, que tem uma
pegada maluca de jazz, que é bizarra e engraçada, um pouco assustadora, e tem
tudo a ver com a cena! “The Quidditch
World Cup”, com o violino irlandês, consequentemente uma forte influência
de música celta. “When Ginny Kissed
Harry”, que é um pouco de blues, pungente e gentil… com base do biolão, simples e romântica. “Durmstrang Entrance”,
muito forte e cheia de batidas, eletrizante! “Double Trouble”, de MacBeth, que chegou a se tornar até frase de
trailer e pôsters, pela brilhante sequência do coral: “Something wicked this way comes!” Também “Potter Waltz”, para o baile. “Possession”,
que é emocionante, especialmente pelo momento em que o amor dos amigos de Harry
marca a mudança da música. E “Buckbeak’s
Flight”, que é ÉPICO.
Wow!
Músicas fazem toda a diferença. Fiquei até sem
fôlego depois desse documentário!
Amamos Harry
Potter DEMAIS e as músicas são parte disso!
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