Em Ritmo de Fuga (Baby Driver, 2017)
“Was he
slow?”
Mais um EXCELENTE filme para a carreira de Ansel
Elgort. Eu confesso que, em primeiro lugar, eu vi o filme por Ansel. Eu o acho
um fofo, e ele estava FANTÁSTICO como Baby, essa é a verdade. Mas o filme é um
êxito, e não vale a pena apenas por Ansel Elgort. Ele arrasa no personagem
principal, mas o roteiro bem escrito e a ótima junção da ação de um piloto de
fuga com a paixão pela música faz com que o filme, de fato, se destaque. Baby é um garoto que anda
sempre de fones de ouvido e óculos escuros (um gato), anda pela rua no ritmo da
música que está escutando, quando vai buscar café, por exemplo, e trabalha do
mesmo modo… sempre no ritmo da música.
O início ELETRIZANTE dá passagem a uma sequência que nos mostra que a história é mais complexa do que você
imagina: Baby é forçado a ser um piloto de fuga, embora faça o trabalho com
maestria.
O primeiro trabalho que vemos do garoto (que já
faz isso há uns 10 anos) é repleta de reviravoltas malucas do volante e jogadas
arriscadas e precisas de quem sabe o que está fazendo, até aquela brilhante
finalização no túnel, com outros dois carros vermelhos, que eu achei o toque
supremo. Baby fica em seu mundinho fechado, ouvindo música, mas bastante confiante
e competente. Ele tem uma dívida a pagar com Doc, e por isso corre esse tempo
todo para ele, mas depois de mais um único trabalho, ele estará livre. E é nesse trabalho que as coisas saem um pouco do
controle… afinal de contas, Bats é um tanto desumano demais, e Baby não quer
ver ninguém se ferindo… ele consegue
impedir um tiro, por exemplo, mas não muito mais do que isso. De todo modo,
embora um pouco distraído, o trabalho é concluído com maestria novamente.
E ele se sente livre.
Fico triste em vê-lo tão feliz, sabendo que só
pode durar um tempo… as cenas dançando com o pai, surdo, são ótimas (e o Ansel
estava lindo). As cenas na lanchonete, com Débora, são maravilhosas, quando
eles conversam sobre músicas, por exemplo. A música é uma parte importante de
sua vida desde que ele era muito novo, quando ganhou um iPod de presente de
Natal, e ele usava os fones de ouvido continuamente para tentar abafar as
brigas dos pais, até que uma delas, enquanto dirigiam, levou os dois à morte –
e Baby ficou com um problema de audição que o deixa com um eterno zumbido nos
ouvidos. A música, antes uma fuga, agora é sua paixão e seu método de
esquecer-se do chato zumbido repetitivo em seu ouvido. Eu gostei demais dessa
complexidade que nos justificou cada elemento do estilo e personalidade de
Baby. E nos encantamos por ele mais a cada segundo.
Embora Ansel nos conquiste a cada momento, com seu sorriso de moleque malandro.
Não tem como não se envolver… ou como não torcer
por ele!
Mas não é
assim para sair da vida. Doc o convoca para um novo trabalho, e ele não tem
chance de dizer não, embora deseje desesperadamente. Débora está ameaçada, bem
como seu pai adotivo em casa, na cadeira de rodas. Ele precisa sair, mas ele não
tem como. Ele tenta fugir, às 2 da manhã, mas também não consegue, por isso chega com a nova equipe ao local do
próximo assalto: os Correios. E ali temos uma das sequências mais
eletrizantes do filme! Ele avisa a funcionária do dia anterior para que não entre,
com um sutil aceno de cabeça, e então, na hora da fuga, ele dirige o carro até
uma caçamba de lixo que mata Bats instantaneamente (e ele era mesmo o mais
insuportável!), arriscando tudo de uma vez, E FOGE. É uma cena que, novamente,
sincroniza a ação (como os tiros) ao ritmo da música de Baby.
A sequência final é eletrizante e angustiante –
ele corre para salvar o pai, para buscar Débora, mas Buddy está em seu encalço,
e ele precisa se livrar dele, talvez com a ajuda de Doc, que se redime antes de
sua brutal morte no fim do filme… a batalha contra Buddy, que envolveu Débora,
carros e velocidade, foi intensa e traumatizante, mas eles saíram vitoriosos. Embora torcêssemos ardentemente por
Baby, com toda sua fofura e paixão, ele não poderia sair impune disso tudo,
embora nunca tenha feito nada por mal, apenas para pagar uma dívida: por isso,
quando achamos que ele está prestes a fugir pela fronteira ao lado de Débora, a polícia o encontra e ele se rende. Eu achei
tão triste ver Buddy atirando ao lado de seus dois ouvidos, roubando-lhe algo que ele ama: A MÚSICA.
Agora ele escuta a música como o seu pai adotivo: pela vibração das caixas de som.
Eu AMEI o filme pela sua inovação – é diferente
ver essa união cronometrada da música com a ação desenfreada, além de Ansel
Elgort entregar uma interpretação encantadora e envolvente a todo momento. Amei
as fitas divertidas que ele gravava, com remixes como “Was he slow?”, e o final foi UMA GRAÇA. Baby, ou Miles, foi
condenado a 25 anos de prisão, com direito a condicional depois de 5 anos, 5
anos nos quais ele trabalhou lavando o chão, carros de polícia e recebendo
cartas de Débora, que estava lá fora esperando por ele, que estava lá esperando
por ele quando ele saiu, 5 anos depois, em um sonho no estilo de filmes dos
anos 1950 que já não era mais um sonho, mas a realidade… a possibilidade de
andar por uma estrada sem um rumo, com um plano que eles não têm… o filme
realmente me SURPREENDEU e entrou para a lista de meus filmes FAVORITOS no ano!
Vamos ver de novo!
Assisti por ele e pelo Jon Maravilhoso Hamm ♥
ResponderExcluirEstão perfeitos no filme (Sério, Baby foi feito para o Ansel né?!), mas a direção foi excepcional também!!! Todos de parabéns, assisti duas vezes já, pra não perder o embalo hahahahaha
Já amei o filme no começo, sem enrolação, já começa com tudo!!!! Assim que eu gosto hehehehehe
Sério...a cena do assalto ao correio! GENTEE!!!! Ele matou o BATS (Obrigada BABY!) hahahahaha mas aí começa uma sequência seeeeensacional, e vemos que ele é bom não só dirigindo, mas correndo também hahahahahahaha
obs: as sequências dos tiros com a música...foi uma sacada genial! Tudo é ritmo, tudo é música, tudo está em sintonia...sério! Peguei um amor por esse filme hahahaha ♥
Confesso que não curtia muito o Ansel, talvez pelo papel na série Divergente, gostei dele em A Culpa é das Estrelas, mas agora, em Baby Driver, me surpreendeu, tanto ele, quanto o filme!
Beijãozão *
música na cabeça: "B-a-b-y, baby..." e a listinha da trilha sonora no Spotify ;) tocando repetidamente!