Premonição 3 (Final Destination 3, 2006)


“This ride will be the death of you”
Gosto muito de Premonição 3, e ele é um dos meus favoritos na franquia. Gosto dos personagens, gosto das mortes (!), e eu acho que ele é despretensioso em questão de roteiro… atém-se ao básico de Premonição e brinca com isso, fiel à ideia original do filme de 2000, e abusando do terror gráfico nas cenas de morte, seja no acidente da montanha-russa ou nas violentas e brutais mortes posteriores dos sobreviventes. Nas primeiras três mortes, senti falta do delicioso suspense repleto de possibilidades de mortes, que é a marca de Premonição, mas as cenas compensam com a agonia e certo “terror psicológico” com quem são guiadas. Também AMO a finalização do filme, que é a minha parte favorita, com o metrô e o 081 visto pelo espelho… é uma jogada interessante que me faz pensar muito no segundo filme e sua conexão com o primeiro!
Em Premonição, sempre amamos os sinais, e os créditos iniciais são fantásticos nisso. Estamos em um parque de diversões, que com a direção certa, pode mesmo ser um lugar perfeitamente macabro. O parque está dedicado aos formandos, e Wendy Christensen é a responsável por tirar as fotos dos alunos para o anuário… então a vemos tirar fotos que já parecem meio macabras, quando, por exemplo o “V” de “HIGH DIVE” aparece apagado na foto, formando a dica de “HIGH DIE, e uma série de conversar sobre “morte” por parte dos amigos. Por isso, Wendy já está totalmente apreensiva antes de entrar na montanha-russa, e Jason, seu namorado, insiste que o medo que ela está sentindo provém do fato de ela “não estar no controle” quando num brinquedo como esse, e o medo tende a fazer-nos imaginar coisas, que nunca acontecem como imaginamos.
Ha, que ironia!
Porque o acidente principal de Premonição 3 acontece na montanha-russa, e é perfeitamente angustiante. Não são os melhores efeitos da franquia (Premonição 5 ainda ficaria com esse posto!), mas a concepção é boa. Diz-se que as chances de se morrer a caminho de um parque de diversões é muito maior do que no parque propriamente dito, mas o filme brinca justamente com essa possibilidade – a montanha-russa descarrilha por causa de coisas soltas, líquido vazando, e a câmera de Frankie (uma dúvida recorrente entre os fãs do filme). As mortes são interessantes, repletas de sangue, e a premonição termina com Wendy caindo sobre os trilhos… então conhecemos a dinâmica: SAIR DALI! Jason e Carrie, no entanto, que estavam sentados no primeiro carrinho, não conseguem sair e, portanto, são os primeiros a morrer.
O estado de Wendy é compreensivamente DESTRUÍDO!
Todos aqueles que se salvam se sentem sortudos, a não ser Kevin, talvez. Eu gosto de como ele é querido, romântico (ia pedir Carrie em casamento depois da formatura!), e preocupa-se em cumprir a promessa que fez a Jason antes de entrar na montanha-russa: que ia cuidar de Wendy. E embora num primeiro momento ela lhe diga que eles “nem gostam um do outro”, eles se tornam bons amigos com o tempo… e Kevin está parcialmente obcecado: essa “sensação” de Wendy já aconteceu antes… há seis anos, um garoto chamado Alex teve a sensação de que o Voo 180 ia explodir, e então ele e mais algumas pessoas saíram do avião. Ao longo dos meses seguintes, todos eles morreram, na ordem que deviam ter morrido no acidente original… pouca menção é feita ao segundo filme, no entanto Wendy chega a mostrar um “acidente no Km. 180, que aconteceu um ano depois do Voo 180”.
As mortes são bastante GRÁFICAS nesse filme, angustiantes. As três primeiras não brincam tanto com o suspense quanto com a agonia. Ashley e Ashlyn morrem tostadas em câmaras de bronzeamento artificial, e é angustiante, mas você sabe o que vai acontecer assim que elas chegam ao local… a terceira morte, de Frankie Cheeks, é rápida, mas angustiante, com um motor de caminhão triturando a parte de trás de sua cabeça… e então Wendy e Kevin se dão conta: as fotos que Wendy tirou no parque naquela noite contêm dicas de como cada pessoa vai morrer. Ashley e Ashlyn tinham a foto manchada como que por fogo, e seguravam um coqueiro de brinquedo, como o que derrubou a tábua que as prendeu nas câmaras. Frankie tinha um ventilador atrás da cabeça… eles vão até Lewis para tentar alertá-lo, mas ele não acredita.
Sempre tem um!
Pelo menos esse morre depressa. E bem-feito!
Gosto da ideia de as mortes acontecerem em pares, algumas vezes, tendo em vista que várias delas foram mesmo em pares de acordo com os carrinhos em que cada um estava sentado na montanha-russa. A cena que mais conseguiu trabalhar com o SUSPENSE de que gosto em Premonição, com todas as possibilidades e tudo o mais, é a da morte de Erin, e que devia ser, também, a morte de Ian. Há muitas possibilidades, muitas coisas caindo, e ela morre, eventualmente, com uma série de tiros de uma arma de pregos em sua cabeça, armada anteriormente por Ian para matar pombos – na foto do parque, ela tinha uma arma apontada para ela por ele. Ian, no entanto, é salvo por Kevin e Wendy, e por isso é movido para o final da fila, e agora ele finalmente acredita em tudo… a novidade do filme é que ele QUER matar Wendy, por julgá-la responsável pela morte de Erin.
“There is someone walking behind you”
No aniversário da cidade é onde temos o grande clímax do filme, e é uma das melhores cenas. Ali, todos os últimos sobreviventes deviam morrer, e a primeira delas é Julie, irmã de Wendy que ela nem se lembrava de estar na montanha-russa. A ação é frenética e rápida, e conta com Kevin salvando Julie cortando a corda que a arrasta, Perry morrendo bruscamente como a próxima, que estava sentada com ela, Kevin sabendo que alguma coisa vai explodir em seu rosto e sendo salvo por Wendy, e Wendy, por fim, que é salva de uma placa com o nome McKinley que ameaça matá-la… com os últimos três nomes da lista salvos, a Morte retorna a Ian, que morre, ironicamente, com a placa com seu nome caindo sobre ele e o esmagando. É terrível, mas uma cena excelente. Para mim, esse aniversário da cidade é uma das melhores sequências de Premonição.
5 meses de descanso da Morte.
E então a melhor finalização de um Premonição (até aqui): Wendy está em um metrô, 081, que sai da plataforma e ela vê o número no espelho, formando o agourento 180. Então ela encontra Julie, que veio visitá-la na faculdade. E elas querem acreditar que estará tudo bem, porque Kevin ainda estaria na lista também, até que o veem no metrô. Meu coração se acelera de excitação e nervosismo, acho o suspense incrível! Temos um segundo acidente CHOCANTE que é no metrô, que causa algumas mortes sangrentas e desesperadoras, como ser acertada por uma calota de trem, ser estraçalhado entre o trem e a plataforma atrás (Kevin tem uma das melhores mortes nessa premonição) ou ser atingida por outro trem quando está caída nos trilhos… a segunda premonição de Wendy, que é o plano da Morte de finalmente fechar a Lista dos sobreviventes da montanha-russa, não pode ser detida a tempo… eles já saíram da plataforma, o freio de emergência não funciona…
O filme termina com barulhos macabros do trem.
E a minha vontade é de APLAUDIR!
Fechar o filme com outra premonição, outro acidente… <3

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