Premonição 4 (The Final Destination, 2009)
“REST IN
PIECES”
O primeiro filme de Premonição em 3D, e esse pode ter sido um problema… Premonição 4, ou The Final Destination, é um filme que segue os moldes misteriosos
dos primeiros filmes da franquia, em que uma pessoa tem uma premonição de um
terrível acidente e, depois disso, consegue salvar a vida de várias pessoas… com isso, a Morte vem atrás delas uma a uma,
na ordem em que deveriam ter morrido no acidente principal. Apesar de
manter-se fiel ao estilo dos filmes, e conseguir nos proporcionar mortes
sangrentas e momentos de suspense e apreensão, Premonição 4 abusou de efeitos especiais duvidosos que, muitas
vezes, deixaram as mortes falsas ou exageradas demais… a morte de Andy Kewzer,
por exemplo, cortado por uma grade de metal com o impulso de um tanque de
oxigênio, é bastante questionável.
Sempre disse que esse é o meu acidente principal menos favorito, mas a verdade é que, revendo o
filme, eu percebi a sua grandiosidade, descontando as cenas de CGI bem falsas.
Eu gosto dos sinais, que estão no nome do autódromo (McKingley) e no número da
arquibancada (180), e também gosto muito de Nick O’Bannon como o visionário
desse filme! O acidente acontece durante uma corrida, quando carros capotam,
pneus furam e decapitam pessoas, a estrutura do autódromo despenca e uma
infinidade de outras coisas… pessoas são empaladas, carbonizadas e afins. O
título do filme e os créditos iniciais só são apresentados DEPOIS da premonição
de Nick, e eu acho que são os melhores
créditos iniciais da franquia, com várias mortes dos três primeiros filmes
apresentadas em versão raio-x, com eventuais e pequenas diferenças…
Gostei da “montanha-russa” na coluna vertebral, por exemplo.
Premonição 4
começa, basicamente, como qualquer outro. No memorial às pessoas mortas no
acidente do autódromo, há quem o agradeça por ser “seu herói”, quem esteja com
raiva e quem está feliz porque acha que “merecia viver”. O típico elenco de Premonição. Depois de dois filmes com
mulheres tendo as premonições principais do filme, estamos de volta a um homem,
interpretado por Bobby Campo, e eu consegui gostar
muito dele. Não só porque ele aparece sem camisa perto do começo do filme e
ele tem um corpão (ele tem! WOW!), mas porque eu o achei fofo… ele tem um
jeitinho todo especial de falar, os dentes meio jovens demais, não sei… ele é adorável. E quando ele acorda
assustado depois de um “pesadelo” que são visões com dicas sobre como o
primeiro sobrevivente vai morrer, eu sabia que gostaria dele…
Então as mortes começam. Carter é morto pelo
próprio caminhão de reboque, arrastado em chamas pelo asfalto, com uma trilha
sonora irônica. Samantha é morta ao sair de um cabelereiro macabro que tinha
uma porção de modos terríveis de matá-la, mas acaba morta por uma pedra e um
cortador de grama. As dicas das mortes chegam a Nick, nesse filme, através das
visões que ele tem, e são visões quase abstratas, com objetos perdidos, e ele
se preocupa: “What’s happening to me?”
Quando os sobreviventes começam a morrer, Lori e Nick (foram os únicos com quem
eu consegui me conectar e torcer por no filme) reúnem os amigos sobreviventes e
falam dos casos de premonições pesquisados, mas são os dois que acreditam mais
que todos, e eles pensam em tentar “quebrar a corrente”, salvando o próximo, e
assim salvando-se, consequentemente.
Mas Andy é morto da mesma maneira.
Uma das sequências mais bacanas e mais
angustiantes do filme estão na morte de Janet e Hunt. Ambos deveriam morrer, na
premonição de Nick, esmagados por desabamento do autódromo, simultaneamente…
por isso, ambas as mortes acontecem em paralelo, envolvendo um mesmo elemento:
A ÁGUA. Janet está no lava-jato, e Hunt (interpretado pelo LINDO do Nick Zano!)
está na piscina, depois de ter acabado de transar. Ambos muito próximos de água e incapazes de ouvir os avisos de Lori e
Nick. Nick chega tarde para salvar Hunt, que é preso no fundo da piscina
pelo ralo e depois totalmente destroçado, com o seu sangue voando pelo lugar
(uma das mortes mais fortes do filme!) e Janet é salva por Lori e George no
último instante… finalmente eles conseguiram salvar a vida de alguém… finalmente conseguiram quebrar a corrente.
“Through action they were saved”
Ou não.
Porque eles chegam a comemorar… Janet, George,
Lori e Nick acham que estão salvos, depois de impedir a morte de Janet. E
realmente parece que é o caso. Afinal de contas, George deveria ser o próximo,
e ele já aceitou o seu destino, mas ele
não consegue se matar, mesmo tendo passado o dia todo tentando isso. Ele
vomita os remédios que toma, a corda que o pendura ao teto se rompe… e parece um bom agouro, até que Nick
descubra, pelo jornal, QUE HÁ MAIS UM SOBREVIVENTE. Esse é um elemento bacana
adicionado, um sobrevivente do qual eles não sabiam, o cowboy que se sentou na
frente deles no autódromo, e que foi resgatado dos destroços, apenas para
morrer de um modo bizarro no hospital… como tudo está normal e a lista segue,
George é morto atropelado por uma ambulância, tão rápido quanto Terry e o
ônibus no primeiro filme!
Assim caminhamos para a minha sequência favorita
de Premonição 4! Os sinais envolvendo
o shopping parecem gritar… “Love Lays
Dying”. Cadarço enroscado na escada rolante. O filme em 3D que estão vendo
envolve CORRIDA. Então vem todo o suspense que antecede o acidente no shopping,
o segundo acidente do filme! Nick vê uma explosão no cinema, Lori fica
incomodada e sabe que há algo errado, e Nick consegue salvar a namorada, mas
por pouco tempo. Janet é morta na explosão do cinema. Lori é a próxima morta,
ao ser sugada e esmagada completamente pela escada rolante (tudo bem se eu
fiquei olhando para os braços bonitos de Nick ao tentar salvá-la? ERAM
LINDOS!), uma das melhores e mais angustiantes sequências de Premonição 4. Eu sinceramente acho que
toda a construção do acidente no shopping é MELHOR que o acidente principal no
autódromo.
Com o destaque para o fato de ser OUTRA
PREMONIÇÃO.
Assim como Wendy no fim de Premonição 3, no excelente acidente no metrô. A diferença é que
quando Nick retorna, sabendo da premonição, ele tem mais tempo de impedi-la do
que Wendy teve no filme anterior… ele não tem tempo de salvar George, que morre
no momento em que ele “retorna”, mas ao invés de salvar a namorada, ele impede
a explosão do cinema que começaria todo o estardalhaço, com inteligência,
coragem e muita dor… ele extingue uma parte do fogo, que renasce um pouco mais
à frente, mas seu braço fica preso à parede por pregos (aquilo é muito doloroso
de ver!), e ele consegue impedir a grande explosão, que coincidia com a cena do
filme “Love Lays Dying”, com um
pedaço de madeira, fogo e o detector de incêndio… mas ele salvou todo mundo
novamente, ele impediu os planos da morte mais uma vez.
Já seria um
novo filme.
Novamente os três “sobrevivem”. Janet, Lori e Nick
estão novamente achando que acabou.
Mas não achariam se prestassem bastante atenção a detalhes como o ônibus que
passa por Nick, e é a Linha 180. São vários sinais. A foto da piscina. Uma
revista com a foto de um olho. Corrida na televisão. E então Nick percebe, um
pouco tarde demais, que talvez eles não tenham mudado nada… talvez os três
juntos naquele lugar fosse o plano da Morte o tempo todo! Assim, quando eles
fazem um brinde, um caminhão invade a cafeteria onde estão, e as suas mortes,
cruéis e gráficas, são apresentadas em versões de Raio-X, assim como nos
créditos iniciais com as mortes dos filmes anteriores… resultado? Gostei BEM
MAIS do final desse filme do que do
final do terceiro… é um pouquinho mais complexo e vai além, e nos mostra,
novamente, que a Morte sabe muito bem o que está fazendo.
Não tem como fugir!
Totalmente um P6, já que agora os envolvidos serão profissionais que salvam as pessoas, a ambulância que matou o Jorge seria uma pista.
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