Sense8 2x07 – I Have No Room in My Heart for Hate


“All we can change is ourselves”
Um episódio emocionante de Sense8 com uma das cenas que eu mais esperava na segunda temporada: todos consolando Sun Bak. O episódio começa mostrando Riley em um avião, com destino aos Estados Unidos, sozinha, para investigar um pouco mais da PBO, enquanto Will se mostra inseguro em relação à decisão… afinal de contas, é tudo arriscado demais e é assim que amadores são pegos. “Please be careful”. Riley está em uma jornada própria, ganhando todo o destaque necessário para aqueles que pensavam nela como a mais inútil das sensates, conhecendo pessoas novas, como aquela monja que apareceu no avião, sabiamente lhe dizendo: “Trying to change the world only leads to suffering. All we can change is ourselves”, um belíssimo quote que entra para a longa lista de falas memoráveis dessa série maravilhosamente bem escrita!
O episódio foi recheado de momentos tristes. Kala descobriu a respeito de remédios inúteis e vencidos sendo mandados para países distantes, como o Quênia, e foi uma decepção gigantesca com Rajan! A conversa que ela teve com Sun sobre decepção e “não conhecer as pessoas” antes de Rajan chegar para pedir-lhe desculpas foi muito bonita… a cena com Rajan também o foi, de alguma maneira. Ninguém concorda com o que ele faz, mas talvez Kala tenha tido a chance de mudar isso, porque o discurso dele a respeito de suas crenças foi bonito, e pareceu verdadeiro quando ele disse que, ao olhar nos olhos dela, ele sentiu o que ela sentia, e odiou o que fazia também, e agora tentaria ser melhor, o homem que ela espera que ele seja. Enquanto isso, no Quênia, Zakia abre a boca cedo demais para falar à mãe de Capheus sobre sua candidatura.
É uma cena emocionante e tristíssima, porque a mãe sofre e teme.
Com razão.
Outra cena muito bonita e igualmente triste foi de Lito, Hernando e Dani chegando ao hotel, felizes da vida, depois da Parada Gay. Acho que nunca os vimos tão felizes antes. Cantando, se divertindo… e Joaquín aparece para atormentar, e traz os pais de Dani que ousam tentar levá-la com eles. Não tivemos grandes lutas nem nada, mas eu gostei de Wolfgang aparecendo, pronto para outra surra, quando Joaquín chama Lito de “faggot”. As duas falas mais lindas foram “Keep your money, she doesn’t need it” e “Sorry, mom, I am home”. Essa questão toda da Parada Gay em São Paulo, para Lito, ainda lhe custa a agência que se recusa a representá-lo agora… foi tristíssimo ver o preconceito terrível acompanhando Lito embora, derrotado e humilhado, com os olhos cravados nele… mas foi linda aquela demonstração de afeto no elevador, do cara que o abraçou, sem dizer nada.
Seu gesto e seus olhos disseram mais que qualquer coisa.
“Thank you”
Me emocionei profundamente, também, com a cena de Sun no cemitério para ver o pai, dizendo-lhe que ele estaria vivo se não se importasse tanto com ela, se não tivesse ido vê-la na cadeia: “I miss you”. Com as lágrimas escorrendo, Sun fala, e se lembra de sua mãe, e então seus irmãos sensates começam a aparecer. Riley, dizendo “There is much of her in you”, depois Nomi e Kala. E elas nao só aparecem, mas falam coisas lindíssimas: É EMOCIONANTE. Capheus aparece para falar sobre a morte do pai e o desejo de vingança que teve depois de sua morte, que só acabou por sua mãe, que lhe disse que “não tinha espaço em seu coração para o ódio”. Will diz “Maybe not, but you have us” e segura sua mãe. Wolfgang. Lito. Todos os sete a abraçando, cuidando dela… presentes em cada momento, para protegê-la, dar força, e estar ali.
É muito amor!
O cemitério ainda reserva uma nova cena importantíssima e contagiante: Sun e Detetive Mun. Ele aparece (e ele é um gato!), oferecendo ajuda, presença, proteção… Sun diz que não precisa de proteção, mas acredito que seja bom saber que tem alguém ali. Ele até oferece um acordo, uma luta. E QUE LUTA! Sun e Mun lutam novamente, E QUE BEM COREOGRAFADA! Intensa, teve até um beijo, e um beijo lindo, lento, apesar do suor e do sangue. E Sun termina com mais um pouquinho de luta. Eu estou contente por Sun, e bastante ansioso para ver até onde o roteiro nos levará nessa relação de Sun com Mun, mas verdade seja dita: eu já gosto bastante de Mun! Sun já teve momentos em Sense8 de se sentir tão sozinha, e agora ela não só tem o seu clã, que se mostrou presente de forma comovente, mas o próprio Mun!
A ação principal do episódio veio com um clímax focado em Riley. Ela chega aos Estados Unidos e é recebida por Diego, o policial amigo de Will, que está bem chateado com ele, inclusive – aquele telefonema do Will não podia ter sido mais bonito. E ele pede ajuda. O Sr. Hoy não tarda a aparecer, indicando o local do encontro ao qual Riley deve comparecer: na Igreja onde Angelica deu à luz antes de se matar. Assustador. Bizarro. Enquanto isso, Amanita mostra um vídeo a Nomi sobre um atirador em uma mesquita, onde se pregava a favor da diferença, e era ninguém menos que TODD. Juntos, os oito descem aquelas escadas na Igreja (“I did a scene like this in Forgive Us Our Trespasses” “What happened?” “Everyone died” “Not helpful”), mas Riley precisa deixar o seu clã para trás para que possa ter o encontro… um bloqueador e cinco minutos que Will lhe concede…
Totalmente sozinha.
Então conhecemos uma nova mulher, misteriosa, que trabalhou com a PBO, que conheceu Angelica, e que está disposta a dar algumas informações ainda muito confusas, mas que, no geral, falam sobre a desvirtuação dos propósitos da PBO, e defendem Angelica, que supostamente trabalhava para a organização apenas para encontrar o seu clã. Amei saber a identidade real de Whispers, Milton Brandt, e entender o porquê de Angelica chamar-lhe assim… aquelas vozes na sua mente que lhe mandam se cortar ou se jogar de um prédio nunca são gritos, sempre sussurros. Por fim, Wolfgang, Will e Sun estão juntos, preparados para matar Whispers, e alguém aparece para lhes perguntar se eles seriam realmente capazes de matar alguém a sangue frio enquanto dormem… e essa pessoa é ninguém mais ninguém menos que Jonas.
“Hello, Will”
OI?!

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