O Diário da Princesa, Volume III – A Princesa Apaixonada
O Natal está chegando. E com ele
o momento em que a princesinha nova-iorquina Mia Thermopolis será finalmente
apresentada aos seus súditos da Genovia. O treinamento com sua avó fica cada
dia mais duro. E ela ainda tem de enfrentar a gravidez de sua mãe, seu novo
padrasto e um inverno rigoroso. Mas o que mais a preocupa não é a agenda que a
espera em seu novo país, e sim se conseguirá chamar a atenção de Michael, o
irmão de sua melhor amiga, por quem Mia está pedidamente enamorada.
Sério, o que é que tem com as flores amarelas? Ah não, esquece, eu sei.
Esse foi um livro muito gostoso e muito rápido d’O Diário da Princesa, mas talvez apenas
porque eu o tenha lido tão rápido… de qualquer maneira, parece que as coisas
estavam mais concentradas, e foi bem gostoso de ler. Meg Cabot tinha um foco: e
era basicamente resolver a vida amorosa de Amelia Mignonette Grimaldi
Thermopolis Renaldo. Simples, huh? Não sei, considerando o fato de que ela
tinha recém começado a namorar com um cara de quem não gostava de verdade, as
provas finais estavam para acontecer, fora o fato de que sua viagem para
Genovia se aproximava, bem como sua apresentação ao povo do país, na véspera de
Natal.
Porque uma princesa não pode ser feliz. Ou ter
momentos de diversão.
Começar pelas referências? Porque sim. Eu
novamente fiquei bem contente e admirado com a maneira como Meg abusa das
referências em seus livros, mas ela consegue inovar a cada livro – logo no
começo do livro ela já traz William Shatner no desfile de Thanksgiving e depois
Robert A. Heinein e Isaac Asimov. Sério. E o que é ela reclamando da Oprah
dizer que os homens não “compartilham seus sentimentos”, mas aparentemente
“Kenny está compartilhando demais”? Meg Cabot estava com tudo nos livros dessa
vez! Falando de uns como Tubarão, e Emanuelle [!], mas eu fiquei mesmo
interessado em “Uma Dobra do Tempo”. Nota para mim mesmo: pesquisar sobre esse
livro. É um livro real, certo? Eles sempre são…
Agora a descrição dela sobre “A Letra Escarlate”:
“1. A
letra escarlate – Você sabe o que teria
sido legal? Se houvesse uma quebra na continuidade espaço-tempo, e um daqueles
terroristazinhos europeus que Bruce Willis está sempre perseguindo nos filmes Duro
de matar jogasse uma bomba nuclear na
cidade onde Arthur Dimmesdale e todos aqueles fracassados viviam, e mandassem
tudo pelos ares. Esta é meio que a única coisa que posso pensar que teria
tornado esse livro interessante, mesmo que remotamente” (p. 137)
Filmes, filmes também estavam com tudo! E veio
para nós uma lista dos 10 Melhores Filmes de todos os tempos, por Lilly
Moscovitz. Devo expressar minha alegria de ter alguns títulos conhecidos, como Dirty Dancing (embora ele não passaria
nem perto de minha lista de “favoritos”, mesmo que eu goste dele), e FOOTLOOSE! Okay, esse sim ESTÁ na minha
lista de favoritos. Estou fazendo aquele livro lá, a Listografia. Footloose já figura na lista, não há
como não figurar. Mas veja só o que Lilly tinha a dizer sobre Footloose:
“Footloose:
Forasteiro enfrenta as leis antidança de uma pequena cidade. Estrelando Kevin
Bacon, que salva Lori Singer de seu violento namorado caipira. Mais notável
pela cena do encontro da Associação de Pais e Professores: o personagem de
Kevin Bacon mostra que já fez o dever de casa, ilustrado pela citação de muitas
passagens bíblicas que dão apoio à dança. (Nos filmes Fera Urbana e O homem
sem sombra dá para ver o você-sabe-o-quê de Kevin Bacon)” (p. 144)
Parece que o você-sabe-o-quê dos atores era bem
importante!
Okay, mas o que foi a história desse livro? Ao fim
do segundo livro da série, Mia Thermopolis tinha aceitado sair com Kenny, de
Biologia. Ele passara o livro todo mandando e-mails anônimos para ela, como um
admirador secreto – e agora eles eram namorados. O problema era que Mia não
gostava dele de verdade, não como gostava de Michael Moscovitz, mas também não
podia terminar com ele a) antes do Baile Inominável de Inverno e b) antes das
provas finais. E ela nem sabia como fazer isso, de todo modo… e mesmo que ela
não quisesse beijar Kenny, porque ela achava nojento com um garoto de quem não
gostava, de que adiantava gostar de Michael Moscovitz certamente não gostava dela? E ainda tinha Judith
Gershner, com quem ele passou muito tempo ao longo desse terceiro livro…
Adorei a maneira como os demais personagens se
portaram diante de todas as situações apresentadas. Mia Thermopolis está
crescendo como pessoa – foi quase surpreendente ver a quantidade de pessoas com
quem ela se abriu ao longo dessas semanas, e como isso foi bom porque ela recebeu
muita ajuda e apoio. O pai dela foi a primeira pessoa a quem ela contou sobre
Michael, e a cena toda foi super fofa, o pai foi bem compreensivo, bem paizão,
a aconselhou e tudo… ela contou até para Grandmère que (acreditem) foi uma
ótima avó. Soube falar coisas realmente úteis. E Tina Hakim Baba sempre como a
minha amiga de Mia FAVORITA. Ela é uma fofa, uma querida, a personagem mais
fofa. Adorei a sua reação quando ela conta sobre Michael, e como ela reage…
Tivemos ótimas partes como Sebastiano, quem
ficaria com o trono de Genovia caso ela não existisse, e como ela teme que ele
possa estar com um plano secreto de matá-la. “Tipo assim, supondo que eu coloque o vestido que Sebastiano desenhou
para eu usar quando for apresentada ao povo de Genovia, e ele termine me
espremendo até a morte, exatamente como aquele espartilho que a Branca de Neve
coloca na versão original da história, dos irmãos Grimm. Sabe, a parte que eles
deixaram de fora do filme da Disney porque era muito nojenta” (p. 42-43).
Ou, melhor ainda, quando Kenny liga para saber como ela está e acaba dizendo
que a ama, e ela responde com um simples “ah, tá legal”: “Oh, meu Deus, eu sou a garota mais má e mal-agradecida do mundo.
Depois que Sebastiano me matar, vou queimar no inferno. Sério” (p. 51).
AS NARINAS DE MIA!
Entre Mia descobrir que não pode mentir porque
todo mundo sabe que ela está mentindo, uma vez que suas narinas inflam toda vez
que ela faz isso, a denunciando, e Lilly lutando contra o sistema, e Mia apertando
o alarme de incêndio porque não sabe o que fazer, temos muito amor por Michael
Moscovitz, e pouquíssimo Michael Moscovitz de fato. Ele passa muito do livro
ausente, criando um programa de computador para o Carnaval de Inverno, e Mia e
Tina arquitetam um plano de mandar cartões para ele… já que Kenny a conseguiu
dessa maneira da outra vez. E são poemas meio ridículos, mas é uma tentativa
fofa. E corajosa. E como ele está, várias vezes, muito insistente com saber se
Mia estará no Carnaval de Inverno, eu estava só esperando o que ele estava
preparando para ela…
O livro permeou por fotos que foram publicadas no
Times sem sua autorização, mas ela fez uma coletiva de imprensa sozinha (bem,
quase) doando todo o dinheiro da arrecadação da venda dos vestidos para o
Greenpeace, e ela até assumiu que ela e Grandmère podem ser parecidas às vezes,
afinal são parentes… “E daí? Luke
Skywalker e Darth Vader também eram” (p. 210). Adorei toda a coisa do Floco
de Neve Secreto, a pequena participação de Justin Baxendale que (felizmente)
não foi uma recriação de Josh, e meu coração parou de PURA EMOÇÃO com Michael
Moscovitz no corredor, segurando uma rosa amarela. Gente, foi injusto da Meg
Cabot brincar com nossos sentimentos daquela maneira depois de todas aquelas
passagens. Sério.
Tudo bem, foi bonitinho, eu gostei de como Mia
aprendeu a ser amiga de Boris.
MAS SÉRIO! Pára com isso, Meg. Não brinca com a
gente assim.
Foi um final excelente. Eu, como disse, fiquei
muito contente com o apoio que todo mundo estava dando a ela. Tina Hakim Baba,
que era o Floco de Neve Secreto de Mia Thermopolis, foi de importância vital
nessa finalização – fazendo com que Mia fosse até Michael. E aquela cena no
Carnaval de Inverno! Me deu agonia Mia fugindo para o banheiro, mas o que
Michael fez… COMO AQUILO FOI FOFO. Sim, não tem como não se apaixonar por
aquele cara! Então vai fundo, Mia! Como Lilly sabia, como Lilly ajudou, como os
dois puderam ficar juntos, e como foi um beijo apaixonado de verdade, como foi
algo bonito. Eu esperava e eu sabia que teríamos Mia e Michael juntos nesse
livro… mas não deixa de ser maravilhoso ler. Mesmo que seja tão rápido. Mas é
um “felizes para sempre”.
Que bom.
Para finalizar (e eu já reparei como eu sempre
pareço ter terminado a postagem sobre O
Diário da Princesa, mas deixo algo para o finalzinho), amo a relação de Mia
com a escola. Como ela fala sobre estudar, como ela “estuda”, e como ela
representa exatamente aquilo que fazemos. E como cada entrada no seu diário
funciona de maneira tão irônica e divertida para representar NÓS. Adoro o senso
de humor de Cabot. Assim que temos tanta coisa para fazer, o que fazemos? Nada.
Os capítulos se acumulando a cada “dever de casa” que ela escreve. E aquela
lista final do que ela tem que fazer antes da viagem, na qual ela decide
começar pela gaveta de meias, porque evidentemente é mais importante. Ou como
nada, NADA, vai “me impedir de estudar para essa prova de Álgebra”.
Tem como não se divertir? Me lembrou ela colando
no primeiro livro, na bota!
Vou começar com a gaveta de
meias, porque com certeza isso é o mais importante. Não dá para se concentrar
em nada com as meias desarrumadas.
Então eu vou partir para a álgebra
porque essa é minha pior matéria, e também minha primeira prova. Vou passar,
mesmo se for a última coisa que eu fizer. NADA vai me distrair. Nem essa
história de Grandmère, nem aqueles quatro e-mails de Michael (em dezessete) nem
os dois de Kenny, nem minha ida para a Europa no fim da semana que vem, nem o
fato de que minha mãe e o sr. Gianini estão no quarto ao lado assistindo a Duro
de Matar, meu filme favorito de Natal,
NADA.
VOU PASSAR EM ÁLGEBRA ESTE
SEMESTRE, E NADA VAI ME IMPEDIR DE ESTUDAR PARA A PROVA FINAL!!!!!!!!!!
Daí você vira a página, sabendo exatamente o que
vai encontrar, e…
SÁBADO,
13 DE DEZEMBRO, 9 DA NOITE, NO LOFT
Eu tive de ir lá ver a parte em que Bruce
Willis joga os explosivos no vão do elevador, mas agora estou de volta ao trabalho.
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