O Diário da Princesa, Volume IV – A Princesa à Espera
Mia Thermopolis, a princesinha
adolescente, finalmente conquistou o coração do rapaz por quem era apaixonada.
Mas, logo em seguida, viaja para a Genovia, a milhares de quilômetros de seu
amado. A distância a deixa insegura. Mesmo preocupada com Michael, Mia ainda
tem de se concentrar nos compromissos oficiais exigidos da realeza. Mas sua
cabeça está mesmo é nos Estados Unidos. Será que quando ela voltar para casa
Michael ainda estará esperando por ela?
Okay, eu realmente fiquei com MUITA raiva da
Grandmère. De verdade.
Mia Thermopolis está de volta escrevendo
incessantemente em seu diário. Da última vez em que a vimos, tínhamos tido
algumas revelações importantes, como: Michael
Moscovitz, o irmão de sua melhor amiga por quem ela sempre fora apaixonada, TAMBÉM ESTAVA A AMAVA.
Bem, foi uma crueldade sem tamanho que eles tenham ficado juntos, finalmente,
apenas um dia antes de Mia ser obrigada a viajar para Genovia, onde passaria
toda as férias de inverno em uma série de eventos chatos aos quais você precisa
comparecer quando você pertence à Família Real. Sério, quem é que faz isso com
uma pobre garota de 14 anos apaixonada?
Sinceramente, estou parecendo ela falando, mas é
verdade! Se sempre temos uma expressão adolescente tão clara nos livros de Meg
Cabot, esse é o momento dessa insegurança do momento… será que ele me ama mesmo? Mas quem é que pode culpá-la se ela teve
um beijo e depois passou um mês longe
do namorado? Eu não! O livro se divide praticamente em duas partes: primeiro
toda a burocracia de Genovia e tudo o que aconteceu por lá, e depois a primeira
semana de aulas de Mia Thermopolis, e como o seu relacionamento com Michael
Moscovitz está, de volta em Nova York. Michael, evidentemente, é a conexão
entre tudo, e essa dúvida de Mia sobre os sentimentos dele.
Mas ele é simplesmente tão fofo!
Em Genovia, as coisas não poderiam ter sido mais
desastrosas… okay, talvez até poderiam, e digamos que ela fez alguma coisa
interessante pelo país, mesmo em sua primeira visita sabendo que era a Princesa
do lugar! Ela abriu uma tremenda discussão sobre a necessidade de parquímetros
no país, e não é que teve uma repercussão e tanto? Aquela agenda real
genoviana. COITADA DA MIA. Café-da-manhã com a Sociedade Genoviana de Medicina,
Sessão do Parlamento Genoviano, Chá com Grandmère e a mulher do
primeiro-ministro da Inglaterra, Encontro com a Associação Genoviana de
Proprietários, Jantar formal com o Embaixador do Chile e sua esposa, etc…
E ela conheceu o Príncipe William. Só não entendi
o frenesi todo. ELE NÃO É BONITO!
Grandmère estava no ápice da crueldade – eu fiquei
genuinamente irritado com ela em tantas
ocasiões nesse livro, mais do que em qualquer outro, no qual eu mais me
divertia que outras coisas. A velha estava INSUPORTÁVEL! Acho que é pela
maneira como ela tentava denegrir a imagem de Michael Moscovitz, e convenhamos…
é MICHAEL MOSCOVITZ! Ou talvez como ficava de maneira insistente tentando
juntar a neta com o Príncipe René, o que não fazia o menor sentido. Eu meio que
devia sentir pena dela (de Grandmère, quero dizer) por ser uma pessoa tão
péssima e sem coração, mas eu senti pena mesmo de Mia, por ter que se submeter
à tudo aquilo. Esperando Mia crescer como personagem e se impor com mais força.
Porque é essa Mia que quero ver antes do fim da série!
“Não consigo
descrever como é bom olhar pela janela do avião e ver as luzes brilhantes de
Manhattan embaixo de mim. Isso trouxe lágrimas aos meus olhos, sabendo que eu
estva uma vez mais no espaço aéreo sobre minha amada cidade. Embaixo de mim, eu
sabia, motoristas de táxi estavam quase atropelando velhinhas (infelizmente,
não Grandmère), donos de deli estavam dando troco a menos para seus clientes,
investidores não estavam limpando o cocô de seus cachorros e as pessoas pela
cidade toda estavam sonhando seus sonhos de se tornarem cantores, atores,
músicos, escritores ou dançarinos completamente esmagados por produtores,
diretores, agentes, editores e coreógrafos sem alma”.
Perfeita descrição de Manhattan. Eu acho.
É Grandmère quem manda que Mia leia Jane Eyre, de
Charlotte Bromtë, não que os conselhos “aprendidos” no livro realmente a leve a
algum lugar legal… Tina Hakim Baba perde o namorado com toda essa história, mas
ela provavelmente merecia alguém melhor, de todo modo. E eu continuo adorando
como Tina é uma amiga tão fofa para Mia. Mas, como era de se esperar, eu senti
que o livro foi muito mais Michael do que os amigos de Mia, e infelizmente essa
deve ser a tendência quando estamos apaixonados. Será que todo mundo faz isso?
Mas todo mundo parecia bem ciente que Michael Moscovitz era completamente
apaixonado por Mia Thermopolis. Todo mundo, exceto
Mia Thermopolis. Que até achava que ele ia terminar com ela…
REFERÊNCIAS. Mia se pergunta se algo em Klingon se
parece com bonne nuit. Tem medo de
palhaços no hospital por causa de It,
de Stephen King, tendo que ficar “fugindo do palhaço, só para o caso de ele ser
uma cria de Satã”. Também tem o tom de Michael no telefone comparado ao tom da
Fera de A Bela e a Fera ou de Patrick
Swayze, em Dirty Dancing. Lilly tem uma reação alérgica que a deixa empolada
como a Violet em A Fantástica Fábrica de
Chocolate. Fora aquelas listas com as quais fomos presenteados durante as
entediantes aulas de Saúde e Segurança.
O que as aulas de Saúde e Segurança proporcionam a esse livro é FENOMENAL. Eu me
divirto sempre com esses momentos humorísticos de Meg Cabot, e essas partes
completamente aleatórias que estão ali para a) apresentar algum tipo de opinião
própria da autora; ou b) nos divertir. Acho que esse é um dos motivos de lermos
O Diário da Princesa: É TÃO REAL.
Porque não importa o que esteja acontecendo em sua vida… você terá momentos
soltos em que conversará sobre coisas banais e se preocupará com coisas banais.
Além de querer fazer comentários, e isso é basicamente o que você faz na
escola. Quer dizer, desculpa mãe, mas é o que basicamente nós fazíamos na
escola!
Portanto, essas aulas de Saúde e Segurança se estabelecem no Diário de Mia Thermopolis como
recados trocados entre ela e Lily – e vocês sabem como é a Lily! Eu gosto desse
cinismo, eu gosto dessas reclamações sobre como tudo o que está sendo dito é
repetitivo e inútil, porque elas já sabem. Ou o sarcasmo tremendo. Listas.
LISTAS. Sempre um sucesso nos livros de Meg Cabot, as listas são excelentes… a
primeira lista é de Mia Thermopolis: “LISTA *NOVA E MELHORADA* DOS CARAS MAIS
GATOS” (com comentários de Lilly Moscovitz). DIVERSÃO NA CERTA. Entram na lista
Michael Moscovitz, evidentemente, “o cara de Smallville”, Hayden Christensen
(concordado) e a Fera, de A Bela e a Fera.
Adoro particularmente o comentário de Lilly aqui!
Mais tarde, em outra aula, Lilly tem um: “GUIA DE
LILLY MOSCOVITZ SOBRE O QUE É BACANA E O QUE NÃO É NA TV” (com comentários de
Mia Thermopolis). Entram na lista programas memoráveis que me deixaram
nostálgicos, como Sabrina, a Aprendiz de
Feiticeira (mas elas têm razão, o programa não fez mais sentido sem o
Harvey) e Meninas Superpoderosas. Mas
eu meio que surtei um pouquinho com a menção a Roswell e os elogios. Tipo, Roswell.
Parece tão antigo agora, legal ver Meg Cabot escrevendo e reclamando do recente
cancelamento! Eu trocava bilhetes durante a aula… o tempo todo. Ainda tenho
alguns guardados em antigos cadernos e fichários. Mas por que cargas d’água eu nunca
pensei em fazer esse tipo de lista? É o tipo de coisa que eu faria!
Enquanto Mia está ausente, o que prevalece como
contato entre ela é Michael são as mensagens no computador, que são tão
preocupadas em ser casuais enquanto a pessoa está, na realidade, surtando! Ele
convida ela para um cinema/jantar para ver o primeiro Guerra nas Estrelas. E quando os dois usam as falas de Han Solo e
Princesa Leia? “A Força está muito comigo”. Pequena citação a Moulin Rouge, que Mia não quer ver
porque ouviu dizer que alguém morre no final. E é aí que surge o grande
empecilho do livro: O BAILE PRETO-E-BRANCO DA CONDESSA. Achei meio sem
criatividade, meio repetitivo, mesmo a mesma coisa de sempre para acabar com a
vida de Mia.
E eu só queria que ela se impusesse. Eu estava
desejando esse momento! Achei que já estava mais do que na hora de Mia mandar
tudo à merda e tomar suas próprias decisões. Tudo bem que ela só tem 14 anos,
mas ela NUNCA PODE ESCOLHER NADA. Sempre mandada pra cá e pra lá de acordo com
o que a avó e o pai querem! Tudo foi bem sofrido. Foi bem sofrido porque, como
a Mia, eu amo o Michael. Não é justo. Simplesmente não é! Esperando que ele
fosse ao Baile com ela, ou qualquer coisa, até que ela é dispensada. Eu quis chacoalhar Mia de tão burra que ela
foi por ter caído nos joguinhos sinistros de Grandmère mesmo depois que o pai
já tinha lhe garantido que ela não precisava ir ao Baile Preto-e-Branco, sério!
Tudo bem que isso rendeu um final fofo…
MAS MESMO ASSIM.
Sim, rendeu um final fofo. Porque Mia chegou absolutamente
estonteante ao apartamento dos Mocovitz, temendo que seu namorado fosse
terminar com ela, enquanto ele estava sendo a pessoa mais fofa e incrível do
mundo, preparando uma janta simples para ela enquanto eles assistiam juntos a Guerra nas Estrelas. O encontro
perfeito! Ele foi fofo e carinhoso, disse que a amava, lhe garantiu que era claro que estava apaixonado por ela,
e eles tiveram um beijo bem convincente que eu adorei. Fora o lindo presente de
aniversário que ela dá para ele (uma pedra da Lua!) e os sorrisos bobos de quem
está apaixonado com pequenos comentários lindos e ternos… sim, foi um final
fofo, foi um final clichê, e foi sonhador. Mas quem é que não quer um conto de
fadas?
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P.S.: ELA SABE QUAL É SEU
TALENTO SECRETO! Sério, eu sei que estava na cara, mas eu também não tinha me
dado conta… fiquei tão feliz por saber que ela vai ser uma escritora. O que
justifica o Liberte Meu Coração. Que
bom que Mia Thermopolis finalmente sabe que tem um talento!
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