Os Delírios de Consumo de Becky Bloom (Sophie Kinsella)
“Rebecca Bloom é uma garota londrina com um
péssimo hábito. É uma consumidora compulsiva. Apesar de ser uma jornalista
especializada em mercado financeiro, não consegue controlar as próprias finanças.
Endividada até a alma, vive fugindo do seu gerente de banco e procurando
fórmulas mirabolantes para pagar a fatura do cartão de crédito. E ainda
encontra tempo para se apaixonar”
COMO FOI DIVERTIDO LER “OS DELÍRIOS DE CONSUMO DE BECKY BLOOM”! Devo dizer, em primeiro
lugar, que eu AMO o gênero! Quando eu peguei o livro em mãos, eu me senti como
lendo algo de Meg Cabot, e a escrita de Sophie Kinsella, que eu ainda não conhecia,
é tão envolvente e divertida quanto! A história de Rebecca Bloom, uma viciada
em compras com sérios problemas financeiros, tem todos os momentos que adoramos
na leitura de um bom livro! A autora brinca com a seriedade, com algumas dicas,
e com a criação fantástica de uma personagem divertida e tão absurdamente real. Durante o livro, eu ri muito com Becky
Bloom, também me emocionei com ela, e não poderia ter sentido mais orgulho dela
do que quando ela esteve no Morning
Coffee, tão segura de si mesma, dizendo aquelas coisas em rede nacional!
E ela sabia
o que estava fazendo!
Becky Bloom é uma mulher divertida. Um pouco
pirada e é melhor que não sigamos seu exemplo, mas ela é um MÁXIMO! Pergunte a qualquer um que tenha me visto ler
o livro: EU RI DEMAIS! Porque esse problema com compras é um problema REAL que
podemos ver ao nosso redor… e a Rebecca
se convencia de cada coisa! Ela se convencia, por exemplo, que ao comprar
muito mais do que precisava, ela estava, no fim, “economizando dinheiro”,
porque então teria mais pontos no cartão de crédito que poderiam ser trocados,
mais tarde, por presentes de Natal para algumas pessoas… mas Rebecca estava em
problemas seriíssimos. Ela recebia cartas constantes do banco, cartas que ela
descartava sem nem lê-las, dando desculpas das mais loucas possíveis… e era inevitável se divertir com isso tudo.
A escrita de Sophie é leve, e flui que é uma beleza.
FAZ BEM LER SEU LIVRO!
Desde o começo do livro eu me divertia horrores…
quando ela viu uma loja que adorava, mas que não tinha dinheiro para comprar, por
exemplo, com liquidação, e ela fez DE TUDO para conseguir uma echarpe! E ela
trabalhava apenas pensando nisso. E eu
gosto de como as coisas podem estar explodindo e tudo acontecendo ao seu redor,
mas ela estava preocupada em retornar à loja e comprar a sua echarpe antes do
fim do dia. Mais ou menos como as coisas explodem ao redor de Mia Thermopolis,
mas ela está preocupada com o tamanho do seu peito ou algo assim… é assim que
ela “conhece” Luke Brandon, que lhe empresta 20 libras quando ela interrompe a
reunião falando alto demais, e ela tem que inventar toda uma desculpa de que é
para a tia dela, a Ermitrude, que
eventualmente acaba morrendo.
Becky Bloom é divertida e muito real – como a
gente se convence de umas coisas às vezes, não é? E começamos a divagar e ir
longíssimo… como quando ela ACREDITA que todos seus problemas serão resolvidos
em breve, quando ela ganhar na loteria, e fica chocada quando os seus números não
são sorteados… quer dizer, o que
aconteceu, era para ela ter ganhado! A partir dali, ela começa o seu
primeiro plano para se livrar das dívidas: CORTAR GASTOS. E para mim é uma das
coisas MAIS DIVERTIDAS de todo o livro. Ela compra um livro sobre “frugalidade”,
e decide entrar no seu novo regime a partir de segunda-feira… ou terça, já que
na segunda ela deve agir normalmente e anotar todos os seus gastos, e ela quer
ser “o mais natural possível, para não sabotar o processo”. Então você imagina o tanto de dinheiro que é
gastado ali.
Mas nada melhor que Becky Bloom “economizando”!
Por exemplo, no sábado de manhã, ao invés de se
arrumar para ir às compras, Rebecca se arruma para ir AO MUSEU! E ela já fica
abismada quando precisa pagar para entrar: afinal, segundo ela, “se cobrarem para visitar museus, ninguém
mais vai em um!” Mas essa cena é divertidíssima, porque ela se sente
cansada, culpando o chão duro e a bota apertada, mas ela muda totalmente ao ouvir
o som de uma caixa registradora (tranquilizante) e ver uma LOJA dentro do
Museu. Então ela faz uma centena de compras para o “Natal”, embora ainda seja março, e sai com
várias sacolas de “presentes” que ainda nem têm dono, mas ela vai pensar nisso mais tarde. E ela tem a cara-de-pau (mas
ela REALMENTE acredita nisso!), de sair do museu “sentindo-se revigorada”, e
surpresa com o que “uma manhã de pura cultura” pode fazer conosco!
E EU AMO ISSO.
Assim como quando Rebecca resolve cozinhar para
economizar dinheiro… afinal, segundo o escritor do livro, você pode fazer um
bom curry para quatro pessoas com
menos de 5 libras, e como são só ela e Suze, ela acredita que pode gastar só
2,50. Mas isso é antes de fazer a lista do que precisava comprar e se dar conta
de que a casa não tinha as condições
ideais para se fazer um curry. Assim, Rebecca sai às compras e retorna com
um liquidificador, um moedor, uma panela específica, uma colher de pau e um
avental… mas, segundo ela, isso tudo é
apenas investimento. Teria sido mais barato sair para comer fora… e o curry ainda fica seriamente APIMENTADO. Então
ela percebe que essa coisa de “frugalidade” não pode dar certo, não tem nada a
ver com ela… ela não é do tipo de pessoas que corta gastos, portanto só lhe
resta…
“GANHAR MAIS DINHEIRO”.
E é um máximo! Ela consegue um emprego em uma loja
de roupas no sábado, o que é um desastre e não dura nem mesmo um dia inteiro,
porque ela esconde uma calça de uma cliente, porque ela queria para ela (!), e ela também tenta fazer “molduras
finas”, mas tudo é muito mais difícil do que ela imaginava… ela acaba quase
saindo do jornalismo para tentar outra carreira, e aqui temos uma das coisas mais divertidas do livro. Porque ela
tem “a oportunidade de ouro”, mas só porque ela colocou em seu currículo que “falava
finlandês fluente”. Quer dizer: QUEM FALA FINLANDÊS? Então, quando ela é levada
para conversar em finlandês com algumas pessoas, ela acaba saindo correndo,
sabendo que todas as suas chances tinham sido seriamente arruinadas depois
daquela experiência… por isso ela merece
comprar umas coisas para relaxar.
Nessa parte da história é que temos uma das
maiores cenas de Rebecca com Luke Brandon. Eu não vou negar, minha relação com
Luke é dúbia. Eu o acho apaixonante,
pela maneira como Rebecca fala dele, mas ele pode ser um imbecil às vezes. Mas ela
mesma fala sobre como ele é bonito, e como tem as mãos grandes e fortes, como o
cheiro da colônia de sua loção de barba é perfumado… chega a nos dar alguns calafrios. E quando eles saem juntos para
escolher uma mala (e você sabe que ela ADORA ir às compras!), parece que está
rolando um clima entre eles… eles até saem para almoçar, e Rebecca está toda
sonhadora, mas então ela descobre que a mala era para “Sacha”, a NAMORADA de
Luke Brandon, que ele nunca mencionou até então! E ela sai totalmente
ultrajada, porque ele realmente não a
respeita nem um pouco!
Por isso ela acaba aceitando sair com Tarquin, o
primo de Suze… por isso e porque ela descobre que ele é o 15º Homem Mais Rico
do País, com uma fortuna de milhões de libras, mas embora ela beba bastante, as coisas acabam não dando certo, porque
ele a encontra mexendo em seu talão de cheques. Em sua defesa, ela só
estava olhando. Contra ela: por que ela
tinha que fazê-lo? É então que Rebecca surta. Com o desgosto de Luke, por
ter estragado tudo com Tarquin… ela sai às compras, e descobre que seus cartões
foram todos cancelados, as vendedoras e os outros clientes a olham com
julgamento nos olhos, o banco a está perseguindo incessantemente, e Rebecca
REALMENTE não sabe mais o que pode fazer… por
isso foge para a casa dos pais, e diz que “Derek Smeath a está perseguindo”, só
para que possa ficar em segurança um tempo.
É então que as coisas mudam totalmente para ela.
E EU MORRO DE ORGULHO DE REBECCA!
Porque ao voltar para casa, Rebecca se sente
culpada pelos vizinhos terem perdido dinheiro ao mudarem de fundo de pensão por
um conselho seu – mas então ela percebe que não deve, necessariamente, se
sentir culpada, porque a Flagstaff Life é que foi bem SACANA, oferecendo
mudanças e um relógio de parede apenas dias antes de anunciarem uma mudança de
donos e bonificações de até 20.000 libras que MUITA GENTE perdeu. Esse GOLPE é
exposto por Rebecca Bloom em uma matéria escrita para o Daily World, e a sua empolgação em fazê-la (embora seja um pouco
sensacionalista) é que me enche de orgulho. Ela acaba sendo sucesso, ganhando
400 libras só por esse artigo e recebendo o convite para ir à televisão, no Morning Coffee, para falar sobre isso para
o país todo… é claro que nós e Rebecca não
podíamos estar mais felizes.
Mas a aparição na televisão se torna um debate
contra Luke Brandon, o representante da Flagstaff Life, e eu confesso que
fiquei apreensivo. Achei que não ia dar
certo. Mas Rebecca estava furiosa e motivada, por isso ela ARREBENTOU. Ela parecia,
inicialmente, mais preocupada com a perna parecer bonita na TV do que com o que
ia dizer, mas quando Luke começou a dizer uns absurdos, ela tomou a palavra
para si, ficou esquentadinha, e simplesmente o destruiu. Ela sabia do que estava falando, e falou com toda a
propriedade, dando exemplos que ela conhecia muito bem: COMPRAS. Ela tanto
arrebentou que até Luke Brandon, eventualmente, concordou e ficou contra o
banco que representava… não tinha mais
como não fazê-lo. E com todo o sucesso de Rebecca, ela até fica na
televisão para outro quadro.
E então ganha uma proposta muito boa para
participar na televisão umas três vezes por mês, ganhando BASTANTE por cada
aparição, e então Rebecca sente que as coisas estão mudadas… ela até tem uma
conversa boa e civilizada com Derek Smeath, que
não era tão mal assim, e Becky Bloom sai disso tudo crescida, muito mais
madura… ainda gastando, mas quem sabe com um pouco mais de consciência… e um pouco mais de dinheiro. E eu não poderia
estar mais orgulhoso! Quer dizer, ela recusa compras com Suze, mas compra
coisas por telefone na manhã seguinte… mas essa É A BECKY BLOOM, dessa vez
sabendo o que está fazendo. E ela ainda pôde ficar com Luke Brandon, já que a
namorada dele o abandonou, e eu devo dizer: o
jantar e a noite deles naquele quarto de hotel foi QUENTE e muito instigante.
Feliz por Becky Bloom.
Curioso para ler mais sobre ela!
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