Premonição 5 (Final Destination 5, 2011)
“Death… doesn’t like to be cheated”
Premonição 5
é, até hoje, o episódio “final” da franquia e, para mim, O MELHOR FILME DE PREMONIÇÃO! Acho que esse filme, de
2011, tem uma escolha excelente de elenco, consegue fazer o suspense e nos
chocar em uma série de mortes, coisa em que Premonição
4 falhou, ao abusar de tecnologia que deixou o visual das mortes forçado demais, e ainda tem um roteiro
todo interessante e com alguma novidade – fora algo que me chamou a atenção só
agora que REVI o filme! Também acho que é a melhor finalização para filmes da
franquia… gosto muito do final dos dois últimos filmes, tanto o acidente no
metrô quanto o acidente no shopping, mas a sacada genial para Premonição 5 fecha o ciclo de um modo
bonito e inteligente, que é o principal motivo pelo qual eu ainda falo que esse
é o melhor filme da franquia. Não me
canso de vê-lo…
A começar pelo acidente… QUE ACIDENTE ESPETACULAR!
Lembro-me de ter visto no cinema e pensar: “É
a primeira vez em que vejo o 3D realmente valer a pena!” Mesmo em casa, sem
o 3D! A cena é MUITO BEM CONSTRUÍDA. O conceito do acidente na ponte suspensa é
interessante, e a direção do filme proporcionou o melhor dos cinco acidentes
principais. Tem até menção ao 180 e aparição de um caminhão de toras de
madeira! Tudo é detalhado, mortes diferentes e bastante sangrentas, mas também
muito críveis. E Nicholas D’Agosto já dava indícios de que seria um excelente protagonista desde aquele
momento, com uma ótima interpretação ao salvar a namorada, Molly, e retornar
por Olivia. Prestativo e fofo, preocupado… mas falemos dele em seguida,
foquemos no acidente: UM ACIDENTE MARAVILHOSO. A ponte era suspensa, perigosa,
e estava em reforma… a estrutura ruiu, parte da ponte despencou…
As pessoas morreram no ônibus, esmagadas por carro…
…no mastro de um barco!
O acidente de Premonição
5 é um ESPETÁCULO! O indício de que era um filme ótimo a seguir. Dali em
diante você sabe o que vai acontecer… quer dizer, a polícia vai interrogar Sam,
porque ele afirmou que “tudo ia cair”, e a Morte virá em busca de todos os
sobreviventes, um a um, porque ela não gosta
de ser enganada. Gostamos de ter a misteriosa presença de William Bludworth
de volta, o misterioso médico legista, e eu acho que, em geral, o elenco é
ótimo. Destaques para Nicholas D’Agosto como Sam Lawton, Emma Bell como Molly
Harper e Miles Fisher como Peter Friedkin! Diferente de alguns filmes da
franquia, os personagens tem carisma e a impressão é de que os acompanhamos por
mais tempo, talvez… conseguimos nos
importar com eles, com as suas histórias. Como essa viagem a Paris que está
no meio do relacionamento de Sam e Molly.
Paris.
A maioria das mortes é perfeitamente angustiantes…
os sinais e presságios são sentidos, dessa vez, apenas pelas próprias vítimas,
pouco antes de suas mortes. Candice, por exemplo, não quer treinar naquele dia,
mas ela o faz… a cena é repleta de
tensão, suspense e possibilidades, e é uma morte gráfica e chocante. Também
me angustia a morte de Isaac, porque envolve acupuntura e eu tenho agonia de
agulhas, e a morte de Olivia, que para mim é uma das mais cruéis… me apavora
qualquer coisa que tem relação com olhos! Mas a morte dela, também, é uma das
mais REAIS! Ela sofre muito no centro cirúrgico, mas ela morre caindo da
escada, e não houve nada que “passasse dos limites” naquela morte, final, então eu a
aprovo como uma das melhores na franquia! Essas são as primeiras mortes, e
Bludworth é quem fala sobre o “Plano da Morte”.
E sobre como
isso já aconteceu antes…
A novidade desse filme é a teoria de que “se você matar alguém, você equilibra
novamente o Plano da Morte, e fica com o equivalente à vida dessa pessoa”, e
é a primeira vez que temos um dos sobreviventes se voltando DE VERDADE contra
os demais, porque Peter Friedkin resolve matar Molly Harper, a única
sobrevivente na premonição, para ficar com a sua vida… as cenas de Sam na
cozinha, em seu emprego, já são apavorantes. As possibilidades são quase
INFINITAS para uma morte dolorosa que cumpra o Plano da Morte… e como se isso não
bastasse, o nome do lugar ainda é “Café
Miro 81”, e qualquer fã da franquia reconhece esse nome como o responsável
pela última morte do primeiro filme de Premonição.
Mas, nesse momento, Peter está tentando enganar a Morte, já que é o próximo da
lista… e a cena é eletrizante!
Um ótimo
suspense.
Porque Sam já salvou a namorada uma vez, em sua
premonição, ele está disposto a fazer DE TUDO para salvá-la novamente. Peter ficou
descontrolado, mas é por ter visto Candice morrer de forma tão brutal bem na
sua frente… no entanto, a sua revolta contra Sam é impensada, porque não é uma
questão de Sam ter escolhido ou “decidido que alguém merece mais viver que
outra pessoa”… ele só salvou a mulher que
ele amava! E, nessa eletrizante cena de ação na cozinha de um restaurante,
mortal, tanto Sam quanto Molly estão dispostos a tudo para salvar a vida do
outro… Peter acaba matando o policial, e com isso SUPOSTAMENTE fica com a sua
vida, e Sam o mata em legítima defesa, porque ele ia matar Molly do mesmo modo,
por ter sido uma testemunha daquele assassinato… e, então, Molly e Sam acreditam
que estão LIVRES.
Ha!
Eles não entenderam
como funcionava.
Mas aqui é onde temos O MELHOR FINAL. Em Premonição 3, tivemos um acidente no
metrô e Wendy não teve tempo de salvar os três. Em Premonição 4, depois do acidente do shopping, eles acreditaram,
também, estar salvos, mas foram mortos por um caminhão. Em Premonição 5, Sam e Molly estão indo para Paris, ele aceitou o
estágio que lhe foi oferecido… e essa é a melhor parte do filme! Porque só
nesse momento é revelado que o filme se passa em 2000 (ano em que o primeiro
filme foi lançado), e que aquele voo para Paris era o Voo 180, aquele mesmo voo
em que Alex teve a premonição no primeiro filme da franquia… nós até vemos a confusão que ele causa e
salva a sua vida, temporariamente. Assim, Premonição 5 se encerra em uma sequência de revisita ao grande primeiro
acidente que iniciou isso tudo, e é
realmente INCRÍVEL!
Mas me dá dó ver o Sam morrer…
Agora eu me pergunto: a teoria de “matar alguém para tomar a sua vida”
REALMENTE funciona? Quer dizer, a última vez em que uma novidade assim foi
apresentada, era uma farsa. Em Premonição
2, havia a teoria de que “só uma nova
vida pode enganar a Morte”, e no fim isso não resolveu NADA. Acho que em Premonição 5 também não… a Morte não pode MESMO ser enganada. Afinal,
Sam morreu no Voo 180, independente de ter a vida do policial ou não. E você
pode pensar: Nathan sobreviveu com a vida de Roy, e só morreu porque Roy estava
mesmo para morrer a qualquer momento… SERÁ?! Nathan também morre pelo Voo 180,
indiretamente (nem tão indiretamente),
e a teoria pode ser toda outra, que já conhecemos: ao colocar Roy no caminho do
gancho em seu lugar, Nathan só se salvou, sua
vez na Lista da Morte foi pulada.
Quando o último da Lista, Sam, morreu, a Morte
voltou por ele.
Como já aconteceu em MUITOS FILMES DA FRANQUIA!
O futuro da franquia? Eu realmente gostaria de ver
mais Premonição, gosto muito dos
filmes! Mas também acho que eles teriam que arriscar em algo inovador e que
tivessem razoável certeza de que era BOM, porque Premonição 5 fecha o ciclo de maneira formidável, com o primeiro
acidente da franquia, no voo 180 para Paris. No entanto, até onde sabemos, “isso já aconteceu antes”. O misterioso
personagem de Tony Todd, William Bludworth, comenta isso durante o filme, e não
damos a devida atenção à fala porque estamos pensando: “É claro que já aconteceu, no mínimo 4 vezes antes”, mas não
voltamos a pensar em sua afirmação depois de sabermos que o acidente que mata
Sam e Molly se passa em 2000, e é o mesmo PRIMEIRO acidente que acompanhamos –
ele comenta que há “outros casos de pessoas que tiveram premonições antes de
grandes acidentes e salvaram suas vidas”. E não acho que foi uma menção
aleatória!
Quem sabe possamos explorar isso? Quando aconteceu ANTES? Quando começou?
Me encanta a proposta de ambientar Premonição 6 no Século XII, por exemplo!
“You all just be careful now!”
Comentários
Postar um comentário