Vale o Piloto? – The Orvile 1x01 – Old Wounds


“Happy Arbor Day!”
Eu confesso que não sabia bem o que esperar de The Orville quando comecei a vê-la... vi muitos comentários negativos na internet, e a crença de que a série não durará no ar e, depois de vê-la, posso concordar – acontece que o principal problema de The Orville é não ter um gênero muito definido. Em primeiro lugar, com 44 minutos, o episódio é longo demais para uma comédia… e o roteiro parece oscilar entre possibilidades, e eles não sabem o que querem fazer direito. É muito zoado para ser levada a sério, mas também não é engraçada o suficiente para ser uma comédia. Protagonizada por Seth MacFarlane e Adrianne Palicki, a série conta a história de uma nave exploratória que sai em missão com Ed Mercer como Capitão, em 2419, aproximadamente um ano depois de ele ter encontrado a sua esposa o traindo com um alien e ter pedido o divórcio.
Assim conhecemos o Capitão Mercer e todos os mais importantes personagens que acompanharemos. Temos Gordon, por exemplo, que tem um jeitão meio destrambelhado e infantil, e toda uma série de personagens peculiares que ficam no deque ao lado do Capitão. Temos uma espécie que é formada apenas por homens, por exemplo, e uma que é muito mais forte do que os humanos, e uma robótica que acredita-se superior e pode ser bastante esnobe e racista. É uma união inusitada. Como Ed Mercer ainda não tem um “segundo em comando” que possa estar ao seu lado na nave, Kelly Grayson, a sua ex-esposa, candidata-se ao cargo, para que possa enfim fazer algo bom por ele, e é uma situação e tanto! Algumas discussões sobre o casamento são sérias, mas a maneira como todo mundo escuta ou comenta só é bizarra.
Para mim, a parte mais interessante do episódio está quando a USS Orville chega a Epsilon 2, seu primeiro destino, e o Dr. Aronov pede proteções contra os Krill. Por quê?! Porque eles criaram um “raio anti-banana” (foram os únicos comentários que REALMENTE me fizeram rir) que é, na verdade, um raio capaz de controlar o tempo dentro de uma pequena bolha… aquela banana acabou de envelhecer um mês em alguns segundos. É ideia é bacana, e aqui a série tem um pequeno tom sério nos apresentando tecnologias do futuro e a maneira como podemos usá-la de diferentes formas. Por exemplo, aquele raio poderia ser usado para instantaneamente gerar colheitas inteiras e abastecer a todos aqueles que passam fome, ou ainda curar feridas quase mortais em questão de minutos… mas como quase tudo, ela também poderia ser usada como uma arma.
Quem sabe para envelhecer exércitos inteiros, por exemplo?
O episódio tem uma sequência de ação que se une novamente à comédia sendo bem zoada. É sério quando a mulher envelhece uns 100 anos na máquina e morre instantaneamente, por exemplo, mas o lance do “pizza party” foi pensado para ser cômico, bem como os movimentos dos pilotos da nave… é toda uma bagunça que envolve ataques Krill, discussões sobre casamento, e o Ed pedindo para o Krill dar um passo à direita, por exemplo, para centralizar melhor na transmissão… não soube bem o que pensar. Não achei PÉSSIMO, mas também não achei bom o suficiente para continuar conferindo. Fico por aqui. Gostei de como o resultado final foi atingido, com uma árvore instantânea destruindo toda a nave inimiga, e Ed e Kelly resolvem trabalhar juntos agora, mas são pequenos momentos que, talvez, funcionassem melhor se a série tivesse 20 minutos.
Para ser uma espécie de consenso!


Para mais Pilotos de série, Vale o Piloto.


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