Chiquititas (2014) – Dani vai embora do orfanato!
“Se seu
coração tem buraquinhos…”
Toda uma trama controversa para movimentar a
história da Dani, a garota que já sofreu tanto, depois da morte da mãe, por
causa das possíveis figuras paternas que só lhe decepcionaram… passei a gostar
muito da Dani. Talvez porque conhecemos gente muito mais desprezível nos
últimos capítulos, como Teka e Marian, mas a verdade é que, há muito tempo, eu
defendo e compreendo a Dani… a maioria
das suas últimas “birras” foram muito bem fundamentadas. Ela não era obrigada a ir no casamento do
Júnior com a Maria Cecília, por exemplo. Dessa vez, o que ressurge é o
suposto pai biológico da Dani, com uma historinha estranha e questionável a
respeito de como “não sabia da existência da filha”, porque as cartas da
Letícia foram desviadas e tudo o mais… ele
acaba de saber sobre o fato de ser pai, e quer conhecer a filha.
É tudo bem complicado.
Acredito que esse tipo de coisa precisa ser bem
trabalhado, e Chiquititas pode ser
bem questionável em muitas coisas – o SBT praticamente não faz pesquisa na
escrita de seus roteiros, por exemplo. Chiquititas
é uma novela argentina de 1995, e o roteiro continua, atualmente, seguido a
risca. Orfanatos nem existem mais no Brasil e tudo, mas o roteiro pouco se
preocupa com as adaptações. No entanto, em se tratando do caso do pai
biológico, até que as coisas não seriam muito diferentes disso na realidade… a
Carol foi cuidadosa ao demorar um pouco e esperar uma confirmação do teste de
DNA, que afirmava que Bruno era quem dizia ser, para conversar com a Dani, e
aos poucos eles foram se aproximando. Como pai biológico, embora nunca tenha tido nenhuma relação com a filha,
Bruno provavelmente ganharia mesmo esse direito.
Só acho que
ele devia ser melhor investigado.
Mas não vamos
adiantar as coisas.
Inicialmente, Dani fica furiosa. É natural. Ela fica
brava com a Carol, que pelo jeito não vai mais adotá-la, e as garotas a chamam
de “mimada” porque ela acabou de ganhar um pai e está agindo dessa forma… até
que a Dani, lentamente, comece a se soltar, comece a aceitar o Bruno como pai. E
ao fazê-lo, ele “sai para uma viagem”. A menina acredita que nunca mais o verá,
e é doloroso. Porque ela não tem toda
uma relação construída com ele, mas ela chegou a abrir o coração e ter
esperanças, e foi assim com toda figura paterna que apareceu e a abandonou
eventualmente. O Ruy, depois que a Letícia morreu, e o Júnior, mais
recentemente. Ambos imaturos e irresponsáveis em relação ao sentimento de uma
criança. O clipe adaptado de “Coração com
Buraquinhos” para mostrar momentos de “pai e filha” da Dani com eles foi
DOLOROSO.
Na primeira vez em que Bruno fala de “levar a Dani
para morar com ele” e isso tudo, a menina fica apavorada, embora não queira
falar sobre isso… ela já estava até andando de muletas, depois de um tratamento
intenso com o Fernando, mas volta para a cadeira de rodas por um período, um
pouco consciente e um pouco não, porque acredita que, se estiver na cadeira de
rodas, ninguém vai forçá-la a deixar o orfanato… ela não quer deixar a Carol,
ela não quer deixar as amigas que fez agora e com quem tem uma relação tão boa.
É tudo muito novo e muito abrupto. E eu,
sinceramente, acho que a Carol vive falhando como psicóloga, porque ela não sabe
trabalhar toda essa questão com a Dani de uma forma boa ou compreensível… assim como erraram muito com a Teca quando
ela chegou nova no orfanato, mas enfim.
É bonito o fato de as meninas estarem ali para dar
força a Dani… a relação entre elas já é muito melhor. E a Maria É UMA FOFA. Eu acho
que, desde aquela época, a Sophia Valverde já interpretava a Maria muito
próxima do que é a figura de Pollyanna, ou Poliana. Ela é uma fofura e um doce
de pessoa. Ela cuida da Dani, ela a abraça, eu
acho fofa a maneira como ela cuida dela, dando-lhe beijinhos no rosto e tudo.
E como a Dani está aberta a receber esse tipo de carinho… é toda uma nova
amizade que floresceu, há algum tempo, e floresceu bem. Nos convenceu e nos
encantou. Eventualmente, o Bruno retorna… e a Dani fica contente, novamente
cheia de esperança, e quando eles saem juntos, inclusive para uma viagem (!), a
Dani gosta muito do tempo que passa com o pai… então as coisas começam a caminhar para que ele consiga a sua guarda.
E é então que a Dani fica em dúvida. Ela gosta do
Bruno, mas ela não está preparada para deixar o orfanato. Ela não quer deixar a
Carol, e sofre por isso. Ela também não quer deixar as garotas. Diz que vai
sentir falta das brincadeiras, das histórias e de tudo isso, e todas dizem que
vão sentir a sua falta também! Até a Teca pede que parem com essa conversa, para não ficar todo mundo chorando. A despedida
de Dani e Carol foi lindíssima, com direito a um “Você sabe que eu te amo, né?” vindo da Dani, e um abraço
carinhoso. A despedida, de todo modo, acaba em LÁGRIMAS. O Bruno vem para levar
a Dani embora, muito bruto e impaciente, com uma pressa não justificada, e é
uma despedida emotiva, com a Carol chorando porque está perdendo uma filha, praticamente,
e pensando na promessa que fez à Letícia, e as meninas choram.
Até a Dani. Ela não está feliz por ir embora.
E ainda
teremos MUITOS PROBLEMAS vindos daí!
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