O Diário da Princesa, Volume VI – A Princesa em Treinamento
Michael, o namorado de Mia,
concluiu o ensino médio e foi para a faculdade. Estaria tudo certo se não fosse
Lana – a arqui-rival da princesa – dizer a ela o que os garotos da faculdade
esperam de suas namoradas. Preocupada em ter “A Conversa” com Michael – além de
apreensiva com geometria, um inesperado B em redação e a iminente expulsão da
Genovia da União Européia (por culpa dela) –, a princesa ainda terá de se
preparar para a disputa pela presidência do conselho estudantil – contra
ninguém menos que a própria Lana.
Sério, Sociologia
na Ficção Científica. QUE FACULDADE MICHAEL FAZ? #euquero
Porque eu me lembro que uma das melhores coisas em
minha graduação foi ler um livro que explicava Sociologia através de Matrix, no primeiro ano de faculdade,
quando estudava Literatura e Cinema –
sério, não sei como o meu TCC não acabou trilhando esses mesmos caminhos, por
fim. Da mesma maneira que eu adorei aqueles estudos, eu adoraria essa
disciplina específica de Michael, mas talvez só essa… porque era muita catástrofe
que ele estava estudando e um zilhão de maneiras de como o mundo acabaria
dentro de alguns anos. Em algum momento Meg Cabot chegou a especificar,
realmente, que faculdade o tão perfeito namorado de Mia Thermopolis estava
cursando? Ah, e será que eu sou o único que começo a ver que ele não é tão
perfeito assim?
Não por toda a história de “Fazer Aquilo”. Sei lá,
não sei se aos 15 anos eu também não tinha coragem de chamar sexo pelo nome,
mas de todo modo… Mia passou grande parte do livro preocupada com algo que Lana
disse: os caras de faculdade esperam que
a namorada Faça Aquilo. O que me fez pensar um pouco em A Garota Americana Quase Pronta – o que
inicialmente também me preocupou, porque essa sequência do brilhante A Garota Americana deixou bastante a desejar!
Mas felizmente, embora Meg bata repetitivamente nessa tecla ao longo do livro,
isso não é a única coisa que está acontecendo na vida de Mia, e ela realmente
amadurece significativamente como personagem. Esse é, até agora, o meu livro
favorito na série, por tudo o que ele representa, e por quão evoluída a série
parece estar, finalmente depois de alguns volumes.
O livro começa alguns meses depois do fim de A Princesa de Rosa-Shocking, e as coisas
já estão diferente. Michael está na
faculdade, e alguns meses depois Mia está começando um novo ano letivo –
completamente diferente. Sem álgebra, sem Sr. Gianini como professor,
concorrendo à Presidente… e, pasmem, além do relacionamento super fofo de Boris
Pelkowski e Tina Hakim-Baba estar dando super certo, Boris agora é GOSTOSO.
Sim, por mais incrível que isso possa parecer. Não que ele tenha parado de
colocar o suéter por dentro da calça, no entanto. É um choque a todos que ele
chegue tão bonito. Alto, forte, loiro, sem óculos e aparelho… e com uma voz que
engrossou. Essa última característica Mia compara com Daniel Radcliffe –
atenção para o fato de que o livro é de 2005, pouquíssimos meses depois do
lançamento de Harry Potter e o
Prisioneiro de Azkaban, que foi justamente quando a voz dele engrossou e
nós notamos claramente a diferença.
Ele estava visivelmente crescendo!
Mas as coisas mudaram. Meg Cabot fez justamente o
que eu esperava que ela fizesse. Muitos anos atrás, quando eu comecei O Diário da Princesa, eu parei no quarto
livro porque não tive mais muito ânimo de continuar. Agora, embora ainda não
seja o melhor de Cabot, eu estou adorando – e na virada da saga, ela pôde
mudar. Desenvolver seus personagens, crescê-los, e conferir-lhes mais
profundidade. Mia foi confirmada tanto como bonita como popular, mesmo que ela
ainda não se dê conta disso completamente. Mas eu gosto disso! Sua carreira de
escritora sofrendo alguns impasses, seu lado de princesa e governante aflorando
significativamente. Eu adorei o livro, e acho que eu o leria novamente daqui a
alguns anos. Realmente vale a pena. Também temos mais adições ao grupo: PERIN.
Sério, já deu para gostar tanto dela, mesmo que tenha sido em tão pouco tempo!
De verdade.
Acho que nesse livro, desde o primeiro Diário da Princesa, foi o primeiro
momento no qual eu vi Lilly Moscovitz como uma amiga de verdade de Mia
Thermpolis – e eu sei que ela teve já várias conversas lindas com a princesa,
mas acho que foi o momento de vermos a verdadeira Lilly: vulnerável e
verdadeira, fora de sua armadura. Ela, depois do chilique de Mia pelas
conversas de Lana, o segundo B em Inglês e as canetas de Genovia, foi atrás da
amiga para conversar com ela! E foi fofo ver seus olhos cheios de lágrimas
porque nunca poderia vencer as eleições.
Afinal, segundo ela, as pessoas não gostam
dela, e TODO MUNDO gosta da Mia, porque ela é legal com todo mundo e esse tipo
de coisa… sério, aquela conversa na escada do terceiro andar durante S&T
foi LINDA.
Ah, e a Enfermeira Lloyd é SHOW!
Muito desenvolvimento da trama se deu por causa
das eleições na escola contra Lana Weinberger. E também por causa de toda
aquela história das lesmas que Mia mandou jogar na baía em Genovia, que estão
chamando de ecoterrorismo, e ameaçando expulsar o país da União Européia.
SÉRIO? Assim, Grandmère se viu mancomunada com Lilly para promover a eleição, e
até permitiu uma festa do pijama no
Plaza! O que foi aquela “festa do pijama” no quarto do Plaza quando o Sr.
Gianini e a mãe de Mia viajaram? Como aquelas meninas são adoráveis! Eu adoro
vê-las se divertindo todas juntas, e todas as coisas que aconteceram…
infelizmente foram apenas umas quatro páginas, mas valeu muito a pena! Mia,
Lilly, Shameeka, Tina e Ling Su. Testes retirados da internet, pular em cima da
cama se matando de rir, lista dos caras
completamente gostosos, por meio de votação, karaokê até as três da manhã…
E Mia babona de bebê. Nem vi, mas já amo o Rocky!
\o/
Fora das eleições, do debate, da expulsão da
Genovia da União Européia, do namorado que quer Fazer Aquilo e do fato de ela
ser uma babona de bebê, Mia ainda tem que lidar com a Srta. Martinez, que não
parece achar que Mia tem realmente talento para seguir nessa profissão, e a dá
alguns Bs consecutivos, o que não deixa Mia nem um pouco feliz. “Compreendo que a culpa não seja
inteiramente sua. Você provavelmente só tira A nas aulas de inglês há anos,
usando o humor cru e as referências escrachadas da cultura pop que usou na sua redação. Tenho certeza de
que seus professores estavam ocupados demais lidando com os alunos que não
tinham nenhuma capacidade de escrever para se ocupar com uma aluna que
obviamente sabe escrever. Mas, Mia, você não percebe? Esse tipo de
pseudo-palhaçada acanhada não tem espaço em um trabalho expositivo sério. Se
você não aprender a se disciplinar, nunca vai crescer como escritora”.
SÉRIO?
Bem, minha primeira reação foi: quem essa mulher pensa que é? Afinal,
“humor cru e referências escrachadas da cultura pop” é muito o que Meg Cabot faz, então ela está criticando a própria Meg? Mas pera, é a Meg que
escreveu isso, de todo modo… anyway,
eu concordo com a Mia em seu discurso final: É ISSO O QUE QUEREMOS! Precisamos
nos preocupar com coisas frívolas, e ler esse humor cru e essas referências
escrachadas da cultura pop, que vão
de OC – Um Estranho no Paraíso a Legalmente Loira, porque isso nos
diverte, porque isso nos deixa bem. Como não dar uns sorrisos e não se divertir
com a leitura de Meg Cabot naqueles dias em que tudo o que eu preciso é de umas
risadas verdadeiras? Eu gosto de como Mia pode ter convencido a professora, no
fim das contas, desse fato. Porque vê-la vencendo aquele debate foi uma coisa
belíssima!
Para chegar no debate…
Quando Mia se atraca com Lana depois da aula de
Francês por defender Perin de uma provocação terrível da desprezível Lana, nós
vemos um pouco mais de porquê Mia merece tão profundamente vencer essas
eleições, e ser ela mesma a Presidente, mesmo que ela ache que não merece –
sério, é por isso que tanta gente gosta dela, e por isso que ela merecia vencer
as eleições. Porque ela se importa com as pessoas ao seu redor, e é
absolutamente querida. Ela não tinha obrigação de defender Perin, mas quis
fazê-lo por considerar o certo, e porque é legal. O “Obrigada” da Perin e os supostos aplausos que seguiram toda a ação
deixa tudo muito claro, como Mia Thermopolis é uma ótima pessoa, e por isso
tanta gente gosta dela, mesmo que ela não saiba disso, ou ainda não seja capaz
de notar esse tipo de coisa, reconhecer esse tipo de coisa.
Esse crescimento da personagem muito me agradou,
porque não é só a sua questão com o namorado que estava em jogo… ela tinha sido
indicada como candidata a Presidente da Albert Einstein High School. E é claro
que no começo ela não gostou – não era de seu feitio gostar. Mas as coisas
começaram a fazer sentido. Ela foi sentindo o apoio ao seu redor, mesmo que o
negasse, ela foi sentindo algo tomar conta de si ao pensar no assunto ou
conversar com Grandmère. Sua avó e Lilly foram responsáveis por um IMENSO
crescimento da personagem, que era tudo o que eu queria ver desde o começo da
série! Quando ela pegou aquele microfone, saiu do púlpito e fez um discurso
INSPIRADÍSSIMO, eu estava todo morrendo de orgulho, como parte da família. Como
Helen que estava na platéia, acenando com a mãozinha de Rocky! Mia falou com
propriedade, com sabedoria, e com toda a ênfase e persuasão de uma excelente
governante!
E coisas inteligentes… muito assertiva! Mereceu
ganhar.
E o Michael e essa nova fase do relacionamento
deles? Por um momento eu achei que eles fossem terminar, e por um momento eu
quase aceitei isso… porque Mia não parecia que fosse ficar toda devastada nem
nada assim, ela estava demonstrando uma maturidade muito maior do que o normal
para a personagem, e eu gostei de vê-la decidida, sabendo o que quer. Deixando,
um pouquinho, de ser tão insegura a respeito de tudo. E isso fez com que eu me
apaixonasse por ela ainda mais. Então ela disse que sim, ela ficaria muito
triste e sentiu o coração começando a despedaçar, mas ela estava certa e
Michael não a faria mudar assim… “Fazer Aquilo”, embora seja ótimo, não é algo
a se fazer levianamente. E ela não estava pronta. Eu sei como eu não estava
pronto aos quinze anos! Adorei a maneira como ela foi decidida a esse respeito.
Foi paranóica, sim, o livro todo. MAS É A MIA! Ela foi decidida o suficiente no
final!
As comemorações depois? Tão bom vê-la feliz por
conquistar algo!
Foi um livro EXCELENTE. Especialmente por aquele
debate final. APLAUSOS!
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