The Good Place 2x06 – The Trolley Problem
“Okay. So… what did we learn?”
Trabalhando com o que é ter Michael como aluno de
“ética humana”. The Good Place é uma
série divertidíssima com um roteiro admirável, como eu sempre digo. Estamos
ainda na versão do Bad Place comandada por Vicky, e Michael se juntou aos
quatro humanos (Eleanor, Chidi, Tahani e Jason) para que Shawn não descubra
sobre todas as mais de 800 tentativas falhas de fazer essa ideia inovadora
funcionar. Foi um episódio simples, mas um dos mais divertidos da segunda
temporada. Okay, nenhum deles ultrapassa aquele
das centenas de versões e tentativas do Michael, mas é quase tão bom
quanto, e estamos com uma promessa de caos
por vir porque Janet está assumindo funções que não foram originalmente
desenhadas para ela. De todo modo, o foco do episódio foi, basicamente, o
Michael na aula de Chidi.
Porque Chidi traz o clássico problema do trem, THE
TROLLEY PROBLEM, para a aula: suponhamos que você esteja conduzindo um trem, e
no trilho à sua frente estão 5 trabalhadores que certamente morrerão, a não ser
que você desvie o trilho para outra direção, onde apenas 1 trabalhador morrerá.
O que você faz?! É uma pergunta
antiga e complexa, e as variações são intermináveis: sua resposta mudaria se esse “1 trabalhador” fosse alguém que você
conhece, um amigo ou familiar, por exemplo? De todo modo, Michael não
consegue se engajar com os temas das
aulas, e é divertidíssimo, porque ele diz que “claramente o dilema é: como matar todas as 6 pessoas?”, e eu ri
muito daquilo e do Chidi o fazendo escrever no quadro “people = good”, repetidamente… também tem a pergunta do pão, e tem
aquela redação do Michael sobre Victor Hugo estar no Bad Place…
Eu ri muito.
Mas as coisas ficaram sérias quando Michael diz
que “tudo é muito teórico”, e talvez se fosse “mais concreto”, ele entenderia
melhor. Assim, ele os coloca REALMENTE em um trem, para expressar o dilema
moral de forma CONCRETA. É cruel e divertido. Porque Chidi não consegue
decidir, os 5 trabalhadores morrem, o sangue deles jorra no corpo todo de
Chidi, e Michael pergunta, inocentemente: “Okay.
So… what did we learn?” Tudo bem, era tudo ilusório, com pessoas e sangue
de mentira, mas a dor delas era real, de
algum modo. Mais cruel ainda foi a segunda tentativa, em que Chidi escolhe
matar 1 trabalhador apenas, e esse um trabalhador é o seu amigo, aquele das
botas vermelhas da primeira temporada, e o sangue jorrando sobre Chidi foi
brutalmente engraçado, mais ou menos
o que se espera de uma sitcom que se
passa “no Inferno”.
Como agora sabemos. Essa é a diferença da
primeira temporada.
Enquanto isso, Jason e Tahani continuam vivendo
como um casal, de certa maneira, depois que ela descobriu que ele “faz um bom
sexo” e tudo o mais. Mas ela está meio inconformada com isso, nunca se
relacionou com alguém como o Jason, e “contrata” Janet como a sua terapeuta (eu
ri muito da parte dela falando dos Hemsworth e, para mim, o Liam é o mais
bonito de todos!). Mas eu ri mais do Jason falando com Janet, dizendo que ele
sempre elogia Tahani, e ela nunca faz o mesmo, diz como se sente menosprezado e
tudo o mais… é uma fofura. Conforme eles passam e Janet vai ajudando-os a se
acertar, coisas estranhas começam a acontecer com Janet, como o seu dedão sair
flutuando para fora de seu corpo, ou ela vomitar sapos… aparentemente, ela está se comportando de uma forma que não é prevista
para ela, e isso é um problema.
Quanto ao Problema do Trem, passamos por umas sete
cruéis versões dele, que sempre termina com o Chidi sujo de sangue, e envolve
até um Papai Noel e Shakespeare, e depois Michael decide tentar a versão do
médico: ele mataria Eleanor para salvar 5 pacientes? Adorei ela implorando (“Chidi, Chidi! Think about this, I’m your hottest friend. No, Tahani. I’m your nicest frien-- No,
Jason. I’m your friend!”), e Chidi fez a escolha. Escolhendo não matar
Eleanor, ele precisa contar para a
família, e foi tão cruel e divertido a menininha vindo perguntar-lhe se ele
salvou a vida de seu pai, “que foi atropelado por um trem por um homem mau”.
Mas, com isso, Eleanor se dá conta do que está acontecendo: “You don’t care about learning ethics,
you’re just torturing Chidi again, aren’t you?” E a risada do Michael é maquiavélica.
Foi surpreendente, no entanto, como Chidi tomou
uma posição!
“You’re no longer welcome to my
class. Get the fork out!”
O episódio é, talvez, um pouquinho mais complexo
que isso, no entanto. Porque Michael estava se divertindo torturando Chidi, mas
estava fazendo isso porque a aula o deixava desconcertado, confuso, perdido.
Ele não está acostumado a se sentir assim. Achei fofa a maneira como Eleanor
vai falar com ele (“You and I are really
very similar. What does it say about me?”), e como Michael vem “pedir
desculpas” com presentes como um diamante imenso para Tahani, uma máquina de
bebidas e comidas para Eleanor e um balão do Pikachu para Jason, que o estoura
imediatamente. Mas Chidi não se permite ser subornado, e só aceita Michael de volta
em sua aula quando ele realmente lhe faz um pedido de desculpas satisfatório e,
devo dizer, quase tocante. Foi bonito como ele se abriu, disse como se sentiu,
e pediu ajuda…
Mas agora, o problema é outro: Janet está dando
defeito…
…e a vizinhança toda pode pagar por isso!
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