Vale o Piloto? – The Gifted 1x01 – eXposed
“There’s nothing more important to me than my family”
Em uma conversa sobre X-Men, é muito comum
aparecer a pergunta: “Que poder você
gostaria de ter se fosse um mutante?” A Blink fica no meu Top 5, acredito! A
Fox nos entrega um episódio muito bom de The
Gifted, repleto de ação e bons efeitos visuais, mas que ainda tem o que
melhorar. Talvez eu estivesse pensando um pouco em Legion, que tem um roteiro arrebatador que fez com que eu me
apaixonasse no primeiro instante, mas a verdade é que The Gifted me faz perceber o seu potencial, me faz gostar dos personagens,
mas ainda não me dá tempo de me preocupar de fato com eles… tudo é muito rápido
e abrupto, como se quisessem colocar informação
demais nos primeiros 40 minutos da série. Assim, eu não consegui, ainda,
saber direito o que pensar de Reed, nem comprar a ideia de que ele queira mesmo
“defender sua família”.
Talvez fosse a intenção, o tempo todo.
Comecei o episódio fazendo associações, tanto ao
universo dos próprios X-Men, como o filme “Dias
de um Futuro Esquecido”, por causa dos interessantes portais de Blink, aqui
ainda muito mais inexperientes, mas não só. Também pensei em “The Tomorrow People”, com toda essa
coisa de Resistência Mutante, cujo termo já me leva a “Star Wars”. Também passei por “Matrix”,
na cena das balas, e por “Eu Sou o Número
Quatro”, com o lúmen. O Piloto é
ágil, e já começa repleto de ação, apresentando dois lados da história, o da
Resistência, e o da família que descobrirá mutantes entre eles… e não qualquer família, mas os filhos de
Reed, que prendem mutantes indiscriminadamente, como “criminosos”. Confesso
que gostei da cena dele na escola, com a esposa (NOSSA ETERNA ROOT!), falando
sobre Andy e bullying que ele sofre
na escola.
Mas foi basicamente isso.
Adoro o Universo Mutante, e como algumas coisas são
tão naturais em conversas deles, não para nós. A expressão do racismo, com o
termo “mutie”, por exemplo, e as
discussões de Andy e Lauren, os irmãos, por causa de uma aula de Sociologia… de
todo modo, as coisas mudam no Baile da Escola que vemos no trailer. Tudo o que Andy quer é sair num fim de semana, como
qualquer garoto, ainda que seja para a escola, onde sofre bullying. Lá, ele é atormentado no banheiro por um grupo de
valentões cruéis, e as coisas explodem.
É uma ÓTIMA CENA no banheiro, quando ele começa a quebrar tudo e entortar os
chuveiros, tudo com a mente, enquanto grita, torturado. O baile está em ruínas,
a escola destruída, caos enquanto todo mundo corre… uma confusão e tanto, em
uma cena que também nos apresenta os poderes de Lauren quando volta para ajudar
o irmão.
E então “The
Gifted” começa…
O jornal anuncia como “um ato de terrorismo”, e
Andy está completamente transtornado em casa, dizendo que “não conseguiu evitar, ou parar, ele estava com muita raiva”. Deve ser
mesmo surpreendente descobrir os seus
poderes mutantes, e é como Lauren diz: eles tendem a surgir em momentos de
grande estresse ou perigo. Os seus, 3 anos atrás, surgiram para salvar a
família de um acidente de carro contra um caminhão que poderia ter matado a
todos. Eu gosto MUITO da premissa do
programa. É uma família com dois filhos mutantes, e o pai que trabalha para o
governo prendendo mutantes… supostamente, as coisas mudam de figura quando se trata de seus próprios filhos. Quando
o Serviço Sentinela aparece para levar Andy e Lauren, Caitlin ajuda os filhos a
escapar… E QUE CENA! Porque eu amo os poderes de Lauren, e os de Andy surgindo…
“Get out of my house NOW!”
Escapando pela cidade, Caitlin informa o marido
preocupado: “Andy and Lauren are… the
mutants!”, e ali o mundo dele desabou, e eu ri de nervoso. Gostei. Mas,
sinceramente, eu não confio em Reed. Talvez
em Caitlin, ela é MÃE, mas não no Reed, não ainda, pelo menos. por enquanto,
ele faz discursos como “There’s nothing
more important to me than my family”, e arrisca toda a sua carreira, mas eu achei tudo súbito demais. Não houve
preparação para o personagem em nenhum dos lados, e eu achei isso falho do
roteiro… vou ter que esperar mais episódios para decidir o que acho dele e do
roteiro em relação a ele. Mas é interessante, gosto de Andy ter Lauren com quem
falar sobre seus poderes, e de Reed recorrendo à Resistência Mutante e para
Marcos em busca de ajuda para os filhos atravessarem a fronteira ao México.
Tudo bem, se
ele libertar Lorna.
A reunião é tensa, de negociações, e conta com uma
cameo do Stan Lee! Se o Reed estiver
MESMO do lado dos filhos, é interessante que o jogo tenha virado. Que agora ele seja perseguido, que ele dependa
da Resistência, e Marcos não é bobo, e negocia com ele: ele fica para trás, até que Lorna esteja livre. Assim, quando eles
chegam à fronteira e são cercados pelos Sentinelas, temos uma eletrizante
sequência de ação que conta com a ajuda de outros mutantes, e que prova que não importa quem Reed seja ou o que já tenha
feito ao lado deles no passado: se ele
está defendendo mutantes agora, ele tem que ser detido. É um ultraje! A cena
final traz Blink abrindo um Portal até o outro lado, pelo qual a família toda
consegue passar, supostamente até a segurança, mas Reed fica para trás, e Blink
não pode mais sustentar por muito tempo.
Vamos ver o
que isso significa.
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