American Horror Story: Cult 7x08 – Winter of Our Discontent


Um episódio SURPREENDENTE, com um final incrível. Beverly pode dizer o que quiser do Kai, sobre como ele representa o patriarcado, sobre como é humilhante que ele esteja fazendo ela e as outras mulheres trabalharem na cozinha para o seu “exército” de homens que não pensam, ou sobre como ele fez “promessas falsas” para ela sobre igualdade de poder, mas ela não pode dizer que ele “não sabe o que vai fazer no próximo minuto”, como ela disse. Veja os episódios anteriores e as brilhantes finalizações deles, um com Meadow, outro com Bebe, ele REALMENTE sabe bem o que está fazendo! Novamente, nesse episódio, ele provou isso, e foi interessante retornarmos um pouco no tempo para vermos o seu próprio nascimento como o Kai que conhecemos, para entendermos um pouco mais de Winter e um pouco mais de Samuels.
Mas eu ainda quero um episódio mais sobre o Vincent!
Porque o episódio começa assim, com Kai e Vincent conversando, e a impressão que dá é de que Vince realmente não é um cúmplice das coisas mais loucas de Kai. Mas é Winter quem nos leva no tempo, de volta a Outubro de 2015, quando Kai e ela se aventuravam e se divertiam pela dark web, postando coisas ultrajantes e fazendo-se de “believers”, até que recebam o convite para a pavorosa CASA DO JULGAMENTO. Que cenas fortes com o Pastor Charles representando o fanatismo religioso, julgando, torturando e matando pessoas em salas de uma casa. É doentio e perturbador. Winter fica horrorizada, e foi interessante ver o Kai pensando em ajudar a todos, querendo salvar todos, realmente tirando-os de suas misérias e enfrentando o Pastor Charles depois de fazê-lo… e quando Charles quer colocar Winter como uma de suas atrações, Kai realmente se revela.
A história é interessante, porque Charles é doente e ele quer alguém para julgar, como se tivesse essa autoridade, mas ele julga sem nem conhecer as pessoas – o que é o caso de todos os fanáticos religiosos. Nesse caso, a mulher que supostamente fez um aborto só estava com infecção urinária. O suposto drogado estava em uma clínica de reabilitação. E o suposto gay era voluntário em uma clínica para pacientes com AIDS. Assim, Kai mata Charles exatamente como ele planejava fazer com cada um deles, e eu não posso dizer que ele não mereceu. Nascia, assim, o Kai mais doentio, sanguinário, mas ainda era um Kai diferente, que queria ajudar as pessoas, e que se tornou o Kai que conhecemos no começo de “Cult” justamente por perceber que ele não podia salvar a todos. Kai também é um fanático, de outro modo.
E nessa loucura toda, Kai decide que ele e Winter precisam ter um filho, porque o que estão fazendo é “um trabalho de gerações”, e eles precisam trazer ao mundo um messias. A sequência foi bizarra, e estranhamente hilária e sensual. O que Kai chamou de “coito sagrado” tinha todo um ritual recém inventado, e uma complexa mecânica que eu, sinceramente, não entendi. O plano era que Samuels transasse com Winter, e Kai transaria com Samuels, ou algo assim. Como o filho seria de Kai, ainda não sei. As melhores e mais sensuais partes estiveram com Kai lubrificando Samuels (sua expressão de prazer!) e o beijo dos dois… com Winter, ele não conseguiu fazer nada e, por fim, nenhum filho foi concebido, até porque, enquanto Samuels não conseguia ficar ereto, Winter desistiu daquela palhaçada toda, doentia demais até para Kai.
A história de Samuels com Kai também foi trazida à tona, por um motivo claro: Samuels morreria nesse episódio. Ele conta, para Winter, sobre como eles se conheceram, sobre como Kai estava vendendo receitas falsas com o nome de Vincent, e então Samuels, um policial corrupto, entrou no negócio também. Assim, um dia quando Kai chegou na casa para entregar o dinheiro e viu Samuels tentando transar com uma mulher (mas ele não conseguia, continuava mole, e a única coisa que o excitava era apertar o pescoço das mulheres), Kai conversou com ele, o fez entender que ele “odiava mulheres”, porque elas o enfraqueciam, e seria muito diferente com um homem. Assim, Kai transa com Samuels, e o seu prazer é totalmente novo, como é muito bem expressado na sua expressão (rápida) de prazer, enquanto é passivo para Kai.
Foi uma cena quente.
E, então, quando Winter e Samuels se desentendem e ele quase a estupra, ela se torna Valerie e o mata com uma bala na cabeça. Enquanto isso, Vincent vai até a Ally dizendo que agora acredita em tudo o que ela lhe dizia, e a alerta que Kai é perigoso, e que o conhece porque ele é seu irmão. Quando ele mostra a foto dos três, Vince, Kai e Winter, Ally quase surta, e é compreensível que ela não queira mais confiar nele. No entanto, Ally está em um processo de desespero em que tudo o que quer é ter o seu filho de volta, por isso ela chama Kai para jantar (?) e oferece um acordo: ela lhe dará informações que lhe interessam se ele lhe garantir que vai conseguir ter a sua família de volta. Então ela conta a Kai que Vincent está pensando em entregá-lo para a polícia, e Vincent paga por isso, preso pelo CULTO ao lado de Beverly.
É angustiante. A cena de Vincent e Kai é REPLETA de tensão, e por um pequeno segundo nós pensamos que, talvez, Vince poderia se salvar, mas então o seu mindinho (foi ele quem começou com isso tudo!) é brutalmente cortado fora, e Kai o esfaqueia sem piedade. Fiquei com dó de vê-lo morrer, espero vê-lo ainda em flashbacks. A segunda possível vítima é Beverly, condenada pelo culto por “matar Samuels”, uma história que Winter contou para se livrar da culpa ela mesma. A cena de Beverly e Kai também é repleta de tensão, cobranças, promessas não cumpridas e traições… mesmo assim, Kai não mata Beverly, porque acha que seria rápido e piedoso demais para ela, e isso é um problema que ele ainda terá que enfrentar. A grande surpresa (mais ou menos) do final do episódio foi ALLY COMO A MAIS NOVA MEMBRO DO CULTO!
Vestida de palhaço.
E eu ADOREI isso!

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