O Diário da Princesa, Volume VII – A Princesa na Balada


Nesta primavera, Mia está decidida a se divertir, apesar de o conselho estudantil, do qual ela é presidente, estar falido. Por sorte (ou por azar), Grandmère elabora um plano para arrecadar fundos, impulsionar Mia à fama teatral e promover uma união romântica entre ela e um partidão – que não é o seu namorado. Não é para menos que Michael parece achar que Mia é louca ou, pior ainda: nada divertida. Será possível que Mia, presidente do conselho estudantil, futura governante da Genovia e prestes a se tornar uma estrela nos palcos, não está pronta para a balada?

Meg cria um personagem ENCANTADOR e se aventura no mundo dos musicais!
Eu sei que eu disse isso no livro passado, porque eu estava muito encantado com a maneira como a personagem de Mia ganhou força durante aquele debate na Albert Einstein High School e tudo o mais, mas aquilo foi o melhor que tivemos naquele livro… já em A Princesa na Balada, Meg Cabot SE SUPERA na série d’O Diário da Princesa. Esse livro teve exatamente tudo o que eu adoro… talvez eu esteja falando na febre de ter todas essas referências ao teatro musical, fora esse intensivo para trazer Trança! para os palcos, contando a história da Genovia, ou então porque eu gostei tanto do personagem de J.P. que quase torci para que Mia e ele dessem certo… mesmo que o seu príncipe seja o Michael. As coisas podem mudar, não podem? ESPECIALMENTE aos 15 anos. Quase 16.
Como você pode perceber, o tempo está passando mais rápido na série. Alguns meses se foram desde que deixamos a princesa Mia em A Princesa em Treinamento. Agora, logo de cara, recebemos a notícia de que o conselho estudantil, do qual Mia é a presidente, está FALIDO. E, portanto, eles não têm dinheiro para alugar o Salão Alice Tully (EU ESTIVE LÁ!) para a formatura do último ano… não é demais que Mia esteja desesperada com a possibilidade de Amber Cheeseman simplesmente acabar com ela. Afinal ela pode até ser pequenininha, mas é bem forte! “[…] eu preferiria que o último ano fizesse comigo o que o Obi wan Kenobi fez com o Anakin Skywalker em A Vingança dos Sith […] do que bater na porta da minha vizinha Ronnie e perguntar se ela estaria interessada em comprar uma vela de Morango com Chantili” Dá para acreditar que a Mia, toda preocupada com essa coisa de meio ambiente e tudo o mais, gastou todo o dinheiro com cestos de lixo com esmagadores de latinha embutidos?
Bem, dá. Afinal é a Mia!
Eu tirei ÓTIMAS risadas dessa história toda de “vender velas para arrecadar dinheiro”. A cada vez que uma pessoa diferente ficava sabendo da falência do conselho estudantil e sugeria a venda de velas eu simplesmente caía na gargalhada. Especialmente pelas reações de Mia a isso. Além disso, também tem todo o problema da revista Sixteen não ter aceitado o conto que Mia mandou para eles: “Chega de milho!” Tudo bem que era sobre o Cara Que Detesta Quando Colocam Milho no Feijão, e como ele acabou se matando se jogando na frente do metrô da linha F, mas ainda assim… eu realmente estava interessado em ler tudo aquilo. Embora eu não soubesse o quanto esse conto ainda daria o que falar ao longo de todo o livro, o que foi, na minha opinião uma das melhores coisas de todo o livro. Afinal, ele quase esteve na revista de Lilly.
Na verdade esteve, só não foi lido.
Ah, claro, precisamos comentar sobre a idéia genial de Lilly para arrecadar fundos para o Conselho Estudantil, para que eles pudessem pagar o Salão Alice Tully para a festa de formatura daquele ano. Na verdade, foi mesmo uma idéia e tanto, mas a Lilly a guia de sua maneira toda exagerada, então tem que ficar hilário. De verdade. EU NÃO AGUENTEI quando eu li o anúncio de Lilly pedindo artigos, poemas, contos, ilustrações, mangás, novelas e fotos originais para a primeira edição da revista literária da Albert Einstein High School. Porque ali, em letras maiores estava o título da publicação: A BUNDINHA ROSA DO FAT LOUIE!!!! Eu tive que rir. Eu tique que simplesmente cair na gargalhada. Sério, tinha como não rir? Não me surpreende que Mia não tenha ficado assim tão contente com o título da revista da escola, mas também não dá para negar que Lilly seja ótima em planejamento. Afinal, como venderia com esse título, não?
Tudo começa se entrelaçar. Temos todo um drama exagerado e complicado porque Michael Moscovitz pode estar, enfim, mudando por estar na faculdade… ele pode estar se tornando um garoto festeiro. Eu queria estar estudando História da Ficção Científica, mas eu gosto cada vez menos do Michael Moscovitz, infelizmente. Achei que eu o amaria para sempre, mas o personagem parece lentamente decair em meu conceito… talvez porque estivesse acontecendo isso com Mia, e ela quem narra, de maneira nada imparcial. Festa? Ah, por favor! Pra que ele queria uma festa na casa dele, com pessoas da faculdade, se não era o estilo deles? Não posso culpar a Mia por se sentir toda acuada com a situação. Afinal eu acho que eu sou mesmo muito parecido com a Mia. Em zilhões de sentidos. O que pode ser preocupante…
Enfim.
Grandmère apresenta uma rixa com John Paul Reynolds-Abernathy III, porque ele também deu o lance em uma ilha no formato da Genovia, que ELA QUERIA COMPRAR! E ela vê a possibilidade de conseguir o que quer e ainda ajudar a neta a conseguir dinheiro para alugar o salão para a festa de formatura, e propõe um plano todo mirabolante: ENCENAR UM MUSICAL. Porque convenhamos, essa história de Rosagunde estrangulando um cara e o passado da Genovia até que daria um bom musical… um pouco exagerado e dramático, mas um musical interessante. E venderia horrores! E Grandmère se torna, subitamente, uma personagem muito mais interessante, interessada em criar um musical perfeito em umas duas semanas, e nada mais do que isso… sem aulas de princesa, sem perseguição com a Mia. Apenas ensaios e mais ensaios para o musical!
E as coisas começam a fazer sentido. Eu percebi um pouco antes, com toda a insistência em “Chega de milho!” e o Cara que Detesta Quando Colocam Milho no Feijão, que ele seria o tal John Paul Reynolds-Abernathy IV, ou simplesmente J.P. E EU ADOREI ESSA HISTÓRIA TODA! Porque ganhamos um novo personagem perfeitamente encantador para a série. J.P. é todo fofo e dedicado, fora que é inteligente, alto e grande. Mia e J.P. vão se tornando amigos, ela descobre que ele gosta de A Bela e a Fera, ele passa a se sentar com eles, além de escrever poesias! Eu REALMENTE gostei DEMAIS de J.P. e nem sei porquê… mas ele parecia, repentinamente, um partido muito mais interessante do que o Michael. Talvez aquela questão toda do Michael muito idealizado, que nem era assim tão perfeito… afinal Mia ainda é uma adolescente!
Okay, o J.P. também.
Tivemos audições HILÁRIAS para o musical, que acabou com Mia e J.P. nos papéis principais! Ela de Rosagunde, e ele de Gustav, seu amante. Mesmo que Lilly tenha sido melhor, mas Mia exibe bastante talento… os ensaios exaustivos tornam todos muito amigos, e Lilly acaba convidando todos para a festa de Michael. E mesmo que Mia não possa ver isso, J.P. aceita ir por causa dela – e enquanto as pessoas (inclusive o Michael!) estavam a julgando por sua tentativa de parecer “festeira”, ele foi desde o começo completamente atencioso e fofo com ela. Mesmo. E quer saber? Essa coisa de festa e tal era culpa do Michael! A pressão toda em cima da Mia… a roupa, a cerveja, a dança… pode ter sido uma dança sensual (sei lá), mas eu tive certeza de que gostava MUITO do J.P. quando ele não deixou Mia passar vergonha… se juntou a ela para dançar. Fez mais que qualquer outro!
Eu estava achando o Michael meio que um namorado péssimo, até…
Não era apenas essa coisa de estar afastado para a faculdade e tudo o mais. Os pais dele estavam se separando, então os Moscovitz tinham um motivo para estarem agindo tão estranhamente nesses dias. Michael com todo esse estilo, e essa coisa de estar distante… Lilly meio maluca, tão insistente em publicar “Chega de milho!”, além do fato de evidentemente gostar de J.P. E, como Tina ressaltou: o que ela não perdeu para Mia nos últimos tempos? Mia também teve dificuldades para acreditar que eles estivessem se separando! “Ainda não consigo acreditar. Quer dizer, é como se a Wilma e o Fred Flintstone fossem se separar. Ou o Homer e a Marge Simpson”. Ela até redige uma lista: CASAIS QUE DEIXARIAM A GENTE TOTALMENTE DEPRIMIDA SE FOSSEM SE SEPARAR, nos quais ela inclui nomes como Scooby-Doo e Salsicha, Ben Affleck e Matt Damon e Hermione e Ron!
Sobre musicais e o fato de Trança! poder ser muito pesado para musical? Grandmère sabe se defender muito bem de pessoas que possam usar tão argumento contra ela. “E um musical ambientado em uma base militar durante a Segunda Guerra Mundial não é um pouco PESADO? Acredito que aquele se chama South Pacific”. […] Ou que tal um musical sobre disputas entre gangues urbanas em Nova York nos anos cinqüenta? West Side Story, acredito que seja o nome deste… […] Ou até mesmo quem sabe um musical a respeito da crucificação de um homem da Galiléia… Uma coisinha chamada Jesus Christ Superstar” Bem, tudo bem se eu saber exatamente sobre o que ela está falando? Entende porque eu gostei tanto desse livro, não?
Mas não só por isso. Ou pelo J.P. Mas pelas menções a HAIR! HAIR!
VOCÊS SABEM COMO EU AMO HAIR!
Mia sobre a exaustão dos ensaios: “Sabe, estou começando a me perguntar se vender velas não teria sido mais simples do que tudo isso”. Mia sobre o fato de Rocky ser muito grande e muito gordo: “Na verdade, se o Rocky fosse laranja, como o Fat Louie, ele ia ser igualzinho a um Umpa Lumpa”. E o musical estreou no fim do livro. E foi um completo sucesso. Todos estavam ótimos, talentosos, J.P. foi super bacana em trocar de lugar na última cena com Michael, para que ele pudesse beijar Mia e provar que estava tudo certo, e a festa foi um tremendo sucesso. E Mia conseguiu o dinheiro que precisava para o Conselho Estudantil, para não ser morta pela Amber Cheeseman. E seus amigos conheceram as celebridades que queriam conhecer… e J.P. se tornou realmente parte do grupo. E Mia ajudou Lilly com ele ao sugerir que ela apresentasse ele a David Mamet… sim, tudo estava bem. Acho que melhor que em todas as outras vezes!

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