O Diário da Princesa, Volume VIII – A Princesa no Limite
Como Mia vai ficar um ano sem
Michael? Como sobreviver a 365 dias sem sentir o delicioso cheiro do pescoço do
namorado? Por que ele tinha de inventar um superbraço cirúrgico robotizado, tão
genial que terá um protótipo desenvolvido no Japão? A Princesa de Genóvia está desesperada. Presa entre Introdução à
Escrita Criativa e Pré-Cálculo, ela precisa pensar em uma maneira de impedir
essa viagem que pode acabar com o seu namoro. Mas não importa o que Mia faça,
parece que o seu futuro está fadado ao desastre.
Quem é que pode culpar a mente adolescente por isso
tudo?
Esse foi um livro muito diferente, e eu ainda
estou um pouco chocado. Eu me acostumei, com os sete primeiros livros na série O Diário da Princesa, a muita diversão,
risadas, e um final feliz, bonitinho, bem ao estilo conto de fadas… mas sabe o que é ler um livro todo de clima
melancólico, forte? Parecia que a cada frase Meg Cabot estava nos dando um soco
no estômago ou algo assim. Ficou muito claro a razão de o nome ser “a Princesa
no limite”, e eu inicialmente nem acreditei tanto nisso… mas a Mia estava,
estava realmente no limite. Foi
claramente o livro mais sério até aqui e, sim, o mais triste. Foram brigas e
desentendimentos. Foram revelações, e o mundo conspirando para que as coisas
não dessem certo. Mia passou a maior parte do livro CHORANDO, e basicamente o
mundo dela desmoronou.
Completamente.
Não sei como o livro pôde acabar daquela maneira!
Bem,era claro que o J.P. ainda gostava da Mia e
tudo o mais, mas eu não estava tendo nenhum problema com isso. Tínhamos a Lilly
e isso é triste, porque ela não merecia esse sofrimento e tudo o mais, mas acho
que as pessoas na Albert Einstein High School têm um sério problema com
“sentimentos não resolvidos”, afinal evidentemente o Boris Pelkowski ainda gosta
da Lilly. Ou talvez nem seja a AEHS, mas qualquer escola com adolescentes… Mia
parece insistir em ser obtusa, mas é muito claro, para nós, como J.P. gosta
dela. E eu gosto do quanto ela gosta
dele, mesmo que insista que é apenas como amigo. Afinal, é legal quando ela
está desesperada na mesa do almoço, mas seu olhar se cruza com ele, ele sorri,
e “tudo fica bem de novo”. E ela sorri de volta. Ou o que ele fez no final para
tentar animá-la. Mas também é complicado o fato de ele ter segundas intenções
tão claras. Eu sei que eu vou desprezá-lo COMPLETAMENTE a qualquer momento.
Uma das coisas que eu mais gostei em A Princesa no Limite foi o fato de a Meg
Cabot se aventurar em fazer referência a ela mesma, porque ela pode. Ainda
falamos de muita coisa, inclusive Aragorn em O Senhor dos Anéis e Joey em Friends,
mas ela REALMENTE cita ela mesma! “A pior
parte é que ser princesa nem foi alguma coisa que eu FIZ. Quer dizer, até
parece que eu salvei o presidente de um tiro, como a Samantha Madison, ou
encontrei todas as crianças desaparecidas com os meus poderes psíquicos, como a
Jessica Mastriani”. SÉRIO. Eu quase tive um pequeno ataque quando eu li
essas coisas… como ela pode citar tanto A
GAROTA AMERICANA quanto 1-800-WHERE-R-YOU
em um único parágrafo? Ah, como a Meg é maravilhosa!
Fora os roteiros de Mia, super primeiro Diário da Princesa.
O livro começou como um dos livros mais fracos da
série – e ao ler a sinopse eu já sabia que algo assim me aguardava… porque
depois de todo o fiasco de A Princesa em
Treinamento sobre Fazer ou Não Fazer Aquilo, agora isso estava de volta.
Mais ou menos. Em primeiro lugar, Mia, acho que se você não está preparada para
chamar “Fazer Aquilo” de “fazer sexo”, você realmente não está preparada para
“fazer sexo”. E usar isso para que o Michael não fosse para o Japão seria se
humilhar demais… você não precisa disso. Ah, sim, o Michael está indo para o
Japão. POR UM ANO. Ou mais. Sim. Minha reação seria: “Boa viagem, querido. Vá
com Deus” e “tchau”. Não acredito que ele teve a coragem de fazer isso, e ainda
ficar se justificando com toda a história de “estar à altura dela”. Aff. E foi
completamente ridícula a cena na qual ele diz que isso seria bom, porque “era
difícil estar perto dela e não transar”.
Sério? Babaca!
Okay, não foi o primeiro livro no qual o Michael
Moscovitz me decepcionou (e eu tenho consciência de que nenhum relacionamento
pode ser sempre perfeito, então teríamos, mais cedo ou mais tarde, esses
problemas), mas aqui foi realmente exagerado. Eu achei conversas bem babacas, e
uma pressão ridícula ele jogar isso na cara da Mia. Sério. Ela tem 16 anos! Se
ela não está pronta… e sobre toda a história de ter dormido com a Judith
Gershner? Não estou dizendo que ele não esteja certo, afinal ele era solteiro e
estava “se divertindo”, mas também posso entender perfeitamente a reação de Mia, porque é meio que um desaforo. Você
no lugar dela não ficaria tão feliz em descobrir esse tipo de coisa do seu
namorado, confesse. E a maneira como ele trata isso tudo… como se não soubesse
qual é o problema (ele pode achar que não está errado, e okay quanto a isso,
mas ele sabe o que a chateou), e ele gritou com ela. O que não precisava.
Mia, pode ter sido dramático, mas eu apoiei largar
o colar. Totalmente.
Talvez não sei sobre a carne… mas hey, nós temos
que extravasar de alguma maneira! Sendo vegetariana, acho que é uma boa maneira
de colocar a Mia realmente no limite
ao dar um cheeseburger para ela
comer. E depois de uma briga aos berros com Lilly no refeitório, na hora do
almoço, e muitas lágrimas, o que ela faz? Ela não larga o cheeseburger… ah não, ela vai atrás de
bacon! Sério, o Boris pode muito bem ter agido de acordo com o seu sentimento
não resolvido com Lilly, mas alguém acha que ele está muito errado?
Relacionamentos à distância NÃO funcionam, ou tendem a não funcionar. Não
acredito neles. E é muita pretensão de Michael esperar que Mia esteja em casa
TODO SÁBADO à noite, sozinha, enquanto ele está no Japão. Ela tem 16 anos, e
direito a uma vida.
Momento Jefferson se exaltou. Me acalmei.
Continuando…
O final do livro quase beirou o clichê, mas Meg
Cabot conseguiu se conter. O pai de Mia foi super bacana com ela (embora eu ame
a mãe dela mais do que nunca agora!), falando sobre a mulher que amou e deixou
sem lutar, e Mia resolve que precisa tentar consertar as coisas. Mesmo depois
de ter beijado J.P. na frente de Michael – o que foi totalmente um jogo baixo e
calculado de John Paul, mas ainda assim. Ela corre até o aeroporto, mas chega
tarde demais. Ele já tinha partido, e ela faz a única coisa sensata possível:
sentar e chorar. Eu quase não acreditei que Meg terminou o livro de maneira tão
triste e sofrida para todos; toda a briga de Michael e Mia sem se resolver, com
ele partindo sem ter uma conversa madura com ela, logo depois de tê-la visto
beijando outro; ela perdeu o namorado. Também perdeu a melhor amiga. O
telefonema de Lilly sobre ela ter beijado J.P. me PARTIU o coração. Tudo agora
parece muito maior, muito mais sério.
Não são as briguinhas simples de sempre. Dessa vez
é pra valer.
E eu particularmente não sei o que a Meg vai fazer
no nono livro, embora eu esteja nesse momento correndo para ele. Não sei o
quanto eu consegui ficar bravo com o J.P. sendo que ele conseguiu ingressos
para A Bela e a Fera, e ela QUIS ir.
Mas eu não queria que as coisas entre ela e Michael tivessem acabado dessa
maneira… eu até militava pelo fim do relacionamento dos dois, mas não dessa maneira. Ele não pode simplesmente
ficar UM ANO fora depois dessas cenas todas que fecharam esse oitavo livro. Mia
e Lilly não podem ter perdido uma amizade tão longa e tão verdadeira por um
motivo desses… sério, a Mia realmente
precisava sofrer dessa maneira? Talvez venha pela frente um momento de
amadurecimento, um novo momento de amadurecimento. Mas sério, Meg… por que é
que você faz isso com a gente?
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