[Season Finale] American Horror Story: Cult 7x11 – Great Again
AH, COMO EU
AMEI ESSE FINAL! Sim, acredito que “Cult”
teve seus altos e baixos, e ainda não vai figurar entre as melhores temporadas
de “American Horror Story”, embora
tivesse um tema instigante para se tornar uma, mas não sei se chegaremos novamente
ao nível de “Asylum” e “Roanoke”. De todo modo, esse episódio
foi, sim, impressionante, e um belo final para a temporada. Em algum momento,
eu me perguntei se teríamos tempo para finalizar a temporada nos minutos
restantes, e foi um episódio, em parte, mais lento que a maioria dos Season Finales, mas foi um roteiro
astuto que fechou todas as pontas e terminou bem um ano muito bom. Acho que foi
o ano mais diferente para a série de
Ryan Murphy, e eu devo elogiar a criatividade e o risco tomados nas mãos de
fazer algo novo, como a questão
política, e sem temas sobrenaturais.
Se saíram
bem!
Começamos o
episódio em 2018 – ver algo “no futuro” me fez pensar que, para inovar, talvez
a série pudesse apostar em um roteiro diferente assim, se passando em um futuro
distante, de algum modo. Um terror
futurístico. “American Horror Story”
já fez isso no presente, já fez isso no passado, por que não no futuro? Mas enfim, foco. Estamos em 2018, e Kai está
na prisão, fazendo aquele negócio do mindinho com uma policial, e é bem
desconcertante – é o mesmo Kai de sempre, cada vez mais poderoso e
descontrolado. Agora de cabelos curtos e tatuagens por todo o corpo, ele “é o
chefão da cadeia”, e consegue o que quer, com pessoas “honradas em perder a
própria vida” por ele, e chamando-o de “Divine Ruler”, como o seu culto fazia
do lado de fora… o culto ainda não foi totalmente desmantelado, e não o será
enquanto Kai Anderson viver.
O que pode não
ser muito mais tempo.
11 meses
antes, as coisas saíram do controle de Kai, como vimos até o último episódio. O
seu plano mais recente, “A Noite dos Mil Tates”, era matar 100 mulheres
grávidas e seus bebês. Enquanto isso, Ally tinha seus planos camuflados, e
Beverly estava totalmente farta daquilo tudo, querendo morrer. Kai, por sua vez, estava surtando, especialmente pela ausência de Speedwagon que, ele não sabe,
mas foi assassinado friamente por Ally no carro que o vimos no fim do episódio
passado – Speedwagon era um espião da polícia, jogado ali dentro do culto
contra a sua vontade, horrorizado com tudo e querendo escapar. Ally o mata e joga com Kai, querendo fazê-lo pirar de
uma vez por todas, dizendo que Speedwagon era o espião, e que ele matou Winter à toa. Então Kai quebra de vez, chora e entra num surto enlouquecido que o motiva em
seu plano.
Que nunca chega a acontecer.
Antes que “A
Noite dos Mil Tates” comece, Ally consegue colocar para dentro do culto o FBI, e então tudo se desmancha. Com um “Mother fucker!” em câmera lenta, Kai
Anderson viu que ele está ferrado. Tiros,
mortes, o “exército” de Kai se matando. Com todos os demais mortos, a polícia
leva Kai e Beverly, e Kai está descontrolado
quando passa por Ally e jura que ainda vai matá-la. Assim, Ally venceu. Destruiu o culto de Kai, virou
celebridade, quase como Lana Winters expondo o Briarcliff. Ah, Lana Winters,
inclusive, é CITADA e eu ADOREI aquele momento! Beverly, por sua vez, é
liberada, enquanto Kai vai para a cadeia, e a atormenta pensar que ele pode entregá-la
a qualquer momento. Kai está na cadeia porque se declarou culpado, em busca de
evitar um julgamento que poderia levá-lo a uma sentença de morte. Ainda esperto…
Ally era uma
infiltrada do FBI, entrou no Culto com o intuito de desmantelá-lo, mas o seu
jogo ainda não acabou. Ela se une a
Beverly quando ela a visita no restaurante, e Kai ainda a ameaça com uma
ligação amedrontadora. Ele acabou de descobrir que Oz não é seu filho, no fim das contas, e está descontrolado. Seus gritos
são mais fortes que nunca, e nunca o vimos assim, tão distante da sanidade. Ele está descontrolado. Depois dessa
ligação, Ally aceita dar uma entrevista, como as pessoas vêm insistindo há
tempos, e ainda se candidata ao Senado, o
que eu achei a cereja do bolo! Foi brilhante como trabalharam de forma
dissimulada com a candidatura de Ally, como ironizaram tudo o que vimos até
agora, e isso tornou tudo tão real. Aquela
campanha política de Ally era risível de tão forçada, e de tão próxima à
realidade! Ally no túmulo de Ivy, ou lendo para Oz…
Apelativo como todas as campanhas eleitorais.
É a campanha
perfeita… mas Ally ainda joga um pouco
mais. Kai “escapa” da prisão com a ajuda de Gloria e a morte de Trevor,
mutilando o corpo dele para que pudessem anunciar como se a morte fosse dele, e
ele sai com certa facilidade, indo ao debate de Ally, e devo dizer: FOI
IMPRESSIONANTE! Ele interrompe o debate com uma pergunta, e se anuncia como “o
Vereador Kai Anderson”, e então é um caos.
As pessoas se escondem, com medo, os dois se enfrentam no palco com um discurso
inflamado de Kai, que lhe diz que ela “só é um símbolo que ele criou”, e parte
para o lado machista que diz que “nenhuma mulher jamais será capaz de liderar
nada”, e Ally responde com um sucinto e perfeito “Fuck you, Kai!” Então ele atira. Ou tenta atirar. Mas a arma que
segura apontada para Ally não tem bala alguma, e então eu comecei a rir, de puro nervoso.
E certa
admiração.
ALLY SE
PROVOU SER DEMAIS MESMO!
Parece-me
que, agora, ela é quase que a dona do culto, talvez mais parecida com Kai do
que jamais gostará de admitir. Mas a maneira como ela estava, o tempo todo, por
trás das ações de Gloria foi espetacular. Ela arquitetou a fuga de Kai, como
uma maneira de Beverly matá-lo brutalmente (que cena!), e talvez como um jogo
similar ao que Kai fez ao conseguir que Meadow atirasse nele em seu comício:
ela consegue visibilidade ao fazer o que faz, e agora todos olham para ela, a
ponto de ela conquistar um monte de votos.
Pronto, sucesso: ALLY VENCE AS ELEIÇÕES, SE TORNA SENADORA. Exatamente o que
ela queria. O final é misterioso e bacana, e tem uma cena prolongada de Ally se
maquiando em frente a um espelho, com um misterioso capuz verde cobrindo a
cabeça… eu acho que foi um final de temporada EXCELENTE, considerarei uma boa
nota!
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