Star Trek: Discovery 1x07 – Magic to Make the Sanest Man Go Mad


Ah, como eu AMO uma história de time loop! Dessa vez, a USS Discovery é presa em um time loop de 30 minutos, e Stamets é o único capaz de percebê-lo – infelizmente, no entanto, o episódio não é narrado do seu ponto de vista, mas isso torna a iniciativa de “Star Trek: Discovery” um tanto quanto inovadora no quesito “time loop”. A escolha é de manter Michael como protagonista, especialmente agora que ela está mudando… seu diário pessoal do início do episódio fala sobre ela mesma, sobre o seu trabalho, e sobre os amigos que está fazendo. Ela pensa em Tilly, pensa em Stamets, que está cada vez mais estranho por causa de quando se conectou com os esporos, e em Ash Tyler, que considera “intrigante”. Também é diferente ver uma FESTA na USS Discovery, e é depois dessa festa que vemos a nave explodir pela primeira vez.
Então, de volta à festa…
Gosto dos elementos bem colocados quando falamos de time loop, detalhes que garantam a repetição. Assim, em “Star Trek: Discovery”, temos os eventos da festa, como o discurso de Ash, a Tilly nada sutil saindo para deixá-los a sós, a conversa dos dois indo até a ponte, os corredores que passam por eles… e Stamets, o único que se lembra. É a segunda vez que vemos acontecer no episódio, mas já houve alguns loops de 30 minutos, segundo Stamets. Inicialmente, Ash e Michael não acreditam em Stamets, até que as coisas comecem a acontecer como ele falou, e eles fiquem no mínimo intrigados. O episódio é repleto de TENSÃO, e Harry Mudd, o invasor que está causando isso tudo, continuamente mata o Capitão Lorca, em busca de informações sobre a USS Discovery que possa vender aos Klingons, e destrói a nave.
Terceira vez. STAMETS É UM MÁXIMO. Ele encontra Michael, uma versão cética dela, mas ele sabe tudo o que ela vai dizer. Eventualmente, ele a convence do que está acontecendo, mas com o tempo acabando, o ciclo se reiniciará e ele precisará convencê-la novamente. Assim, ele pede que ela lhe confidencie algo, algo que nunca admitiu antes. Assim, pela quarta vez para nós, 54ª vez no total, o ciclo se reinicia, e dessa vez Stamets tem ajuda mais fácil: “You’ve never been in love. […] I need your help. You’ve told me that piece of information to prove to you that what I’m saying is true”, e ela acredita. Foi uma das versões mais bacanas, em que Stamets e Michael DANÇARAM, e ele contou sobre a sua própria história de amor, incentivando-a a dançar com Ash Tyler, e conseguir alguma informação sobre Mudd com ele.
Ele confiará mais facilmente nela, porque gosta dela.
Assim, na quinta vez, ELES DANÇAM. E Ash e Michael dançando é uma das coisas mais interessantes do episódio. Gostei de como a série trabalhou a “vingança” de Harry Mudd, um tema de time loop, e ainda pôde fazer essa parte romântica para Michael – a conversa foi demais, o beijo foi MARAVILHOSO (eu também estou desenvolvendo uma queda por Ash!), e dessa vez parecia que Mudd estava vencendo. Lorca morreu depressa, Ash foi assassinado com Dark Matter, desintegrado, mas Michael garantiu que o ciclo ainda seria reiniciado, embora Mudd já tivesse conseguido com Stamets o segredo que almejava: ela contou-lhe sobre quem era, sobre como matou T’Kuvma, e como ele ganharia muito mais vendendo-a aos Klingons do que vendendo a USS Discovery. No entanto, ele não a tinha mais: ela mesma se mata, garantindo que eles sejam reiniciados.
E dessa vez, todos estão preparados. Stamets. Michael. Ash Tyler. Capitão Lorca. E FOI MUITO BOM! Todos ainda a salvo, todos acreditando, e todos se envolvendo. Um plano que engana Harry Mudd, contra todas as possibilidades, e que os libera desse ciclo – foi um final, com Stella, um tanto quanto simples e quase cômico, mas eu gostei. Foi esperto e bonitinho. E Mudd não era mesmo um vilão tão digno nem nada, só mais divertido. E ele conseguiu fazer avançar, em 30 minutos, bastante na relação de Michael e Ash. Eles continuam sendo uma coisa fofa, e ele é atrevido, com falas como “I’m just sad we missed our first kiss”, e esse tipo de coisa, além de seus olhares, só faz com que eu goste cada vez mais dele. Só mais dois episódios até o fim da primeira parte da temporada, mas ela já foi confirmada para uma segunda.
Parece que teremos bastante de “Star Trek: Discovery” ainda!

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