Star Trek: Discovery 1x08 – Si Vis Pacem, Para Bellum
“They are
the planet!”
Um dos meus episódios FAVORITOS em Star Trek: Discovery. Na verdade, ele
começa no meio de uma batalha entre a USS Discovery e os Klingons para salvar
uma outra nave da Federação, e isso não é realmente o meu ponto favorito em Discovery. “There will be time to
grief. This is not that time”. Percebemos, também, que as
manipulações genéticas em Stamets causadas pelas sucessivas viagens em esporo
estão danificando-o, e é preocupante pensar no quanto ele está mudando e, pior, correndo risco. Será um
plot importante do Fall Finale. Mas o que eu gostei nesse
episódio foi PAHVO. Embora a missão fosse inteiramente militar, porque tinha a
ver com “vencer a guerra contra os Klingons”, foi a missão da USS Discovery que
mais se aproximou das viagens
exploratórias com as quais a série se iniciou, lá em 1966, e era isso o que eu mais queria ver.
Desconsidero
a parte da guerra e me apaixono por isso tudo.
Começando pelo visual do planeta. Pahvo é um
planeta LINDÍSSIMO. Com árvores de copas azuis, todas elas emitem tons
distintos, formando uma música que pode ser ouvida em todo o planeta… ainda há
uma torre de cristal, uma espécie de transmissor que espalha essa música pelo
Universo, e é tudo absolutamente lindo. O que Ash, Saru e Michael desceram para
fazer é usar esse transmissor para tornar as naves invisíveis dos klingons
visíveis aos seus radares, e vencer a guerra, mas tudo muda de figura quando
eles encontram formas de vida sencientes
na forma de luminosos “seres” azuis. E é uma “forma de vida” completamente diferente de tudo o que eles conhecem.
Agora que eles SABEM que há vida em Pahvo, eles precisam explicar-lhes qual é a
sua missão e conseguir a sua permissão para seguir em frente, segundo os
protocolos da Federação.
Saru é quem, surpreendentemente, mais se envolve.
Mesmo tendo “nascido com medo”, como
ele diz, ele consegue sentir que Pahvo não quer seu mal, e se aproxima,
conversa, toca e sente tudo o que há para ser sentido, e explica a Ash e
Michael: “They are the planet. Everywhere you go, you can feel the symbiosis between nature and the
living spirit”. Aquele
é um lugar de paz e harmonia, intacto e prosperando – é por isso que eles querem compartilhar isso com o Universo. Tudo
parece mágico, quase utópico, e muda
de figura quando Saru, atormentado pelo constante som, pede que eles parem,
mesmo que só por um momento, e então eles se conectam totalmente. Quando eles
passam por Saru, Pahvo entende qual é a missão da Federação, e tudo se transforma pelo “Novo Saru” que surge
a partir de então.
Ele é bem
assustador.
Conhecemos uma faceta sem medo de Saru, que quer ficar ali em Pahvo para sempre, e a
verdade é que, agora, ele parece obcecado demais,
motivado por fanatismo e cegueira. É
assustador. Ash convence Michael a usar o transmissor como eles pretendiam
desde o começo, e fazê-lo agora, enquanto ele distrai Saru, mas Saru não tarda
em reconhecer as suas “falsas intenções”, e corre para impedir Michael. É eletrizante e estranho – Saru e Michael
lutam, ele destrói as comunicações, e Michael lhe pergunta: “This is how harmony and balance look like?
Where is the peace?” Felizmente, eles conseguem retornar à USS Discovery,
mas Saru está totalmente mexido pela
experiência, por ter experimentado viver sem medo, sensação que nunca teve na vida, e agora a guerra se
intensifica para o último episódio do ano: Pahvo está chamando Klingons para se
juntarem a eles: sua missão SEMPRE é
trazer a paz e a harmonia, e eles sabem do conflito entre a Federação e
Klingons, por isso ele quer juntá-los.
Ele quer
ajudá-los.
Wow.
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