Supernatural 13x03 – Patience
“You are who you choose to be”
Eu não consigo
defender o Dean quando ele está sendo irredutível e preconceituoso como agora,
mas também, diferente da maioria dos fãs de “Supernatural”,
eu tenho um histórico de sempre estar do lado de Sam Winchester, basicamente
desde o início da série. Sempre achei que ele era um personagem mais
interessante, que trazia bons plots
para “Supernatural”, e Dean é um
personagem muito mais dramático e, por vezes, hipócrita. Não é nada diferente
agora. Nessa história toda com Jack (e vocês sabem que eu GOSTO do Jack!), eu
estou do lado de Sam, e acho terrível a maneira como Dean está tratando o
garoto, só por ele ser filho de Lúcifer. Pode ser assustador em um primeiro
momento, mas já vimos Jack, já o conhecemos,
e não há nada até agora que não nos faça pensar que Jack pode ser salvo, como o Sam diz!
Se eventualmente Jack virar mau, isso será outra
parte do roteiro, mas NESSE MOMENTO, eu acredito, como Sam, que o Jack pode
estar do lado deles – e acredito que se ele realmente
se tornar mau, será mais por culpa de atitudes como aquela do Dean, no fim do
episódio passado, do que qualquer outra coisa. Jack estava muito mais humano
que nephilim nesse episódio, quando conversou com Sam depois de ver o vídeo de
Kelly, sua mãe, que lhe dizia que “ele
era quem ele escolhesse ser”. Aquilo teve um impacto muito grande nele, e
eu acho que eu nunca gostei mais dele do que agora. E a brutalidade da maneira
como Dean falou com ele da última vez é terrível – ele colocou coisas na cabeça
de Jack que serão um pesadelo para ele mesmo futuramente: ele o fez pensar que, talvez, ele não possa ser outra coisa que não mau.
E isso é
culpa do Dean.
Felizmente, o Dean passou o episódio todo distante
da trama de Sam e Jack, que é o que me interessa no momento. Na sua história,
que parecia trama das primeiras temporadas de “Supernatural”, psíquicos estão sendo assassinados por um WRAITH, e
ele se junta a Jodie para investigar o caso, chegando à família de Misouri para
salvá-la. Assim conhecemos Patience, uma psíquica que ainda não sabe de seus
poderes, mas que é perseguida na escola pelo mesmo wraith que matou a sua avó
(que é um cara bem bonitinho, por sinal!). A trama do episódio não é nada
inovadora nem nada (também pudera, 13 anos depois), mas fala de família e tem
algumas coisas que nos fazem pensar… gostei bastante das cenas de ação, e é bom
termos alguns “monstros normais” para os garotos (no caso, só o Dean)
enfrentarem de vez em quando.
Patience, até o fim do episódio, aceitou o seu
dom. Ela viu James, Jodie e Dean morrerem tentando salvá-la, num estilo bem “Premonição”, e então ela conseguiu que
as coisas fossem diferentes e todos eles fossem salvos. Agora, ela tem a chance
de “viver uma vida normal”, e é o que o seu pai quer que ela faça, talvez o que
ela quer fazer também. Gostei do conselho de Dean, incentivando-a a acolher
essa chance de normalidade (“So if you
got a chance at normal, you take it”), porque é uma opção que, infelizmente,
ele nunca teve. Não gostei muito dos “conselhos” de Jodie, porque eu acho que
era melhor para Patience não entrar mesmo nessa vida de caçadora psíquica, mas
acredito que ainda veremos Patience novamente. Não que eu não tenha gostado da
personagem, mas eu acho que ela merecia a
chance de ser feliz.
Não vai acontecer como caçadora.
Mas vamos às cenas de Sam com Jack. Sam está sendo
um PAIZÃO, como eu já disse. Ele até está
lendo livros sobre isso! E é difícil para ele. Envolvido, ele escuta Jack
quando ele fala sobre seus poderes, e entende que ele não quer tentar usá-lo novamente, porque ele se sente assustado com
isso tudo, com medo de fazer mal às pessoas. Quando Jack estava encolhido no
canto escuro daquele quarto, eu realmente senti por ele. Ele disse que talvez
ele seja “mau” mesmo, que talvez o Dean tenha razão e mereça que ele o mate, e
ainda fala sobre o vídeo da mãe, sobre o que ela disse, e que “ela morreu por
sua causa”, e ali eu senti a dor REAL de Jack, mais humano que nunca, sofrendo.
“I’ve only been on Earth for a few days and I’ve already hurt people. I’ve
already done bad things!” Foi de partir o coração vê-lo falar desse modo.
Ainda bem que Sam estava ali por ele.
Porque, como eu disse, Sam é um máximo. A cena foi
forte, a dor de Jack foi real, e Sam soube lidar com isso, bom, compreensivo,
carinhoso, quase como um pai. E quando Jack lhe perguntou “por que ele estava
sendo tão legal com ele”, Sam falou, do fundo do coração, os seus motivos, e basicamente é porque ele já esteve em seu
lugar. Sam era MESMO a melhor pessoa para ajudá-lo, e eu estou AMANDO cada
vez mais as cenas desses dois juntos! “You’re
note vil, Jack”. Depois dessa belíssima conversa de Jack com Sam, Sam
enfrenta o irmão em seu retorno, com frases fortes como “No, Dean, he’s messed up because of you”, uma acusação fortíssima,
e “Dean, you said you’d kill him!”, o
que serviu como um tapa na cara que eu quase pude sentir aqui de casa. E,
sinceramente, eu acredito que DEAN O MERECEU. De verdade.
Mas Dean segue irredutível, preconceituoso,
mente-fechada. E eu o detesto quando está
assim. Não gosto dessa sua atitude, não gosto como chama Jack de “freak”, e
não gosto como briga com Sam desse modo tão babaca. Admiro Sam pela sua força,
pela capacidade de defender Jack, de lembrar o irmão de quando ele mesmo tomava
sangue de demônio e pôde ser salvo… ele
só quer ajuda para que Jack também possa ser salvo, e eu estou ao seu lado.
É bonito ver o quanto Sam é HUMANO, mas doloroso ver o Jack ouvindo àquilo
tudo. Como isso o afeta, como isso o machuca, e se ele se tornar mau
eventualmente, eu quero que Dean SOFRA por causa disso, por causa de algo que ele mesmo criou por não acreditar. Talvez as coisas mudem agora que Jack, depois dessas
atrocidades todas, começou a chamar por Castiel…
Porque Cass escutou.
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