This is Us 2x06 – The 20’s
“The happiest moments will also be a little sad”
Sei que é difícil
dizer isso de “This is Us”, uma vez
que todos os episódios são repletos de emoção, mas acho que esse é o episódio mais bonito da série até aqui. Um pouco
diferente do normal, para nos apresentar dois momentos perfeitamente
emocionantes. Em um lado da trama, estamos no Halloween de 1990, quando as
crianças têm 10 anos e se fantasiam para pedir doces nas ruas. Na outra parte
da história, ao invés de termos o presente, temos o Halloween de 2008, quando
Beth ia dar à luz ao primeiro filho dela e Randall, Kate estava triste com a
vida e Kevin estava fracassando na tentativa de ser ator. Foi um episódio
incrível e repleto de emoção, especialmente pelas cenas de Rebeca, e aquele
final conversando com Randall, em 1980 e com Tess em 2008, uma conversa que me arrepiou. Essa série é mesmo UM
MÁXIMO!
Em 1990, com Kate vestida de Sandy e Randall de
Michael Jackson, nós somos encarados com uma verdade complicada: Jack faz tudo
o que Kate quer, e Rebeca faz tudo o que Randall quer… Kevin fica perdido, “menosprezado”, no meio. E o “Doces ou
Travessuras” daquele ano é a prova de que ambos são assim – mas temos uma
história forte quando Randall quer seguir um mapa para pedir doces na
vizinhança, e Rebeca vai sozinha com ele, “porque prometeu”, e ele não quer ir
à casa dos Larsens. Rebeca insiste para que ele vá, para que ele “improvise”, e
ele o faz, mas então a verdade do motivo vem à tona: eles contaram para ele
sobre Kyle, talvez não de forma maldosa, mas ainda assim foi injusto… e a
conversa de Rebeca com Randall, sozinha, foi BELÍSSIMA. Ela explicou a ele toda
a situação, o garoto que perderam, e como eles receberam Randall…
“You are the way it was always
supposed to be”
Talvez seja por isso que Randall tenha esses
problemas de insegurança, esses planejamentos fixos que ele não quer que mudem
de modo algum. E isso encontra ecos no presente. Quando, em 1990, Rebeca disse
a ele que “The plan is not set in stone. We
can improvise”, ela também estava falando com o Randall de 2008, que teve
um colapso nervoso por sentir MEDO de ter um filho, por não ter as respostas,
por “talvez não saber ser um pai”. É compreensível, mas é doloroso, porque Beth
precisava dele, e ele não estava disponível – as conversas de Beth com Rebeca
foram dolorosas. Felizmente, em uma loja, Randall conhece um vendedor que tem
as coisas mais bonitas para dizer sobre “filhos” para ele, e é emocionante. Randall chora… e então o plano se desfaz novamente. Tess nasce agora, e não amanhã
como previsto, e ninguém está preparado para isso.
Mas Randall, finalmente, é um paizão e um ótimo
marido!
Foi uma cena linda do nascimento de Tess.
Outra cena que eu achei lindíssima foi a cena
pouco após o nascimento de Tess, quando Randall encontra a mãe na cozinha,
juntando cacos de um vaso que quebrou, chorando, e ela diz que o nascimento da neta foi o momento mais
feliz de sua vida. Mas é doloroso, ela está chorando, porque o Jack não
estava ali com eles. “The happiest
moments will also be a little sad”. Como isso é VERDADEIRO, e como isso é
cruel. Kate, como bem sabemos, também não conseguiu superar a morte de Jack,
que aconteceu em 2000. Chorando, ela senta num carro na frente da antiga casa
deles, comendo, talvez como se esperasse
ver o pai ali. É profundamente doloroso, e a faz mal. E ela ainda tem o
problema com seu peso, ainda tem a maneira como se sente infeliz, e quando ela
se envolve com um cliente gato (ela trabalhava como garçonete em 2008), ela
descobre que ele é casado.
E Kevin… sempre um personagem dúbio, sempre um
personagem estranho. Eu não gosto
muito de Kevin, e eu acho que ele foi um babaca naquela festa do amigo,
tentando “roubar o seu papel”, e ele mereceu aquele fora que levou do responsável
pelo elenco, porque ele estava sendo um
imbecil traíra. No entanto, eu também gosto da relação que ele tem com
Kate, que PODE beirar a doentia, às vezes, mas eles sempre se protegeram. Foi
ela quem o ajudou a partir para o lado da comédia, que o deixou famoso, ainda
que “The Manny” não tenha sido o
papel que ele sonhou para a sua vida e, em 1990, naquele Halloween, ele fez de
tudo para o coração da Kate não ser partido por Billy, o garoto que ela gostava
– ele deu todos os seus doces para que o garoto segurasse a mão de Kate, e Kate
não podia estar mais feliz com isso.
No entanto, Rebeca tinha razão: Kevin e Jack não a prepararam para a vida!
O episódio termina com uma das cenas mais
emocionantes de “This is Us”. Ela se
divide entre 1980 e 2008, com Rebeca conversando com dois bebês: seu filho,
Randall, e sua neta, Tess. As coisas que disse foram emocionantes, profundas e
vieram sinceramente do coração. Ela
demorou para ir vê-lo, quem sabe para aceitá-lo, mas então quando ela o fez,
foi um momento lindíssimo de mãe e filho. Ela estava ali para se apresentar
para Randall, para falar de Jack, para falar dos irmãos dele que estavam ali ao
lado, Kate e Kevin, e foi tudo muito bonito. Ela nos comoveu falando com Randall,
em 1980, e com Tess, em 2008, sobre como ela era “um novo começo”, e sobre como
a história dela mesma ainda não tinha chegado ao fim, como imaginava. E ela
termina com uma das frases mais belas que podem ser ditas: “I forgot to introduce myself. I’m your mom”.
Belíssimo.
Para mais postagens de This
is Us, clique
aqui.
Comentários
Postar um comentário