Thor: Ragnarok (2017)
“Asgard is not a place. It’s a people”
A última vez que estive no cinema para ver um
filme da Marvel foi em Julho, com “Homem
Aranha: De Volta ao Lar”, mas uma das primeiras coisas que pensei em “Thor: Ragnarok” foi de como EU SENTI
SAUDADE dos filmes da Marvel! Acho que foi aquela introdução brilhante do Thor
com Surtur, o demônio de fogo que planejava trazer o Ragnarok ao colocar o seu
capacete na Chama Eterna de Asgard, e Chris Hemsworth demonstrou todo um clima
de comédia que o filme assumiria, interrompendo a fala cheio de comicidade,
enquanto girava todo acorrentado… o filme é brilhante porque, além das belas
interpretações e efeitos especiais, mistura com maestria o tom de comédia,
muito presente, com ação de tirar o fôlego, como a primeira sequência mesmo,
quando a Mjölnir chegou até o Deus do Trovão e ele batalhou contra Sutur.
QUE SEQUÊNCIA!
Gosto muito do que a Marvel conseguiu construir,
ao longo de todos esses anos, no seu Universo Cinematográfico. As histórias são
complexas e interligadas, formando uma grande história, que se apresenta
através de personagens presentes, que eu nem esperava ver, como o Doutor
Estranho. E o Benedict Cumberbatch, como sempre, fez um trabalho INCRÍVEL com
um dos melhores personagens que a Marvel apresentou no cinema nos últimos
tempos. Gosto de seus poderes, gosto do seu tom, e gostei muito da sua
interação com o Thor, ou com o Loki, caindo eternamente por 30 minutos, num
estilo bem “Alice no País das Maravilhas”.
Além dele, o aguardadíssimo Hulk, que vemos novamente depois de seu “exílio”,
em uma história que tenta adaptar, de certo modo, o “Planeta Hulk” dos quadrinhos, e funciona muito bem.
Hilário, claro.
Tem até
“recriação” de cena do primeiro “Vingadores”!
Mas vamos por partes. O filme começa de forma
intensa, hilária e com um visual de tirar o fôlego. Thor se reúne ao irmão ao
retornar a Asgard e descobrir que ele tomou o lugar de Odin e, depois disso,
ele e Loki vêm à Terra, Midgard, para encontrar o verdadeiro Odin, com uma
pequena ajuda do Doutor Estranho o que, como comentei, foi fenomenal. As cenas
com Odin foram emocionantes, e uma bela introdução para a grande vilã do filme,
Hela, Deusa da Morte, irmã mais velha de Thor e Loki. Foi triste ver Odin
partir, e como ele era a última coisa que impedia o retorno de sua primogênita,
ela retorna poderosa e impactante, com direito a uma cena surpreendente: a
destruição do Mjölnir, como diz Loki, como
se fosse feito de vidro. Temos um “novo” Thor nesse filme, sem um canalizador
de seu poder, e perdido em um planeta distante.
O planeta é Sakaar, um planeta que é um verdadeiro
lixão, onde ele é escolhido para se tornar uma espécie de gladiador, e sua
única chance de escapar é vencendo o poderoso campeão favorito de todo o povo de
Sakaar. O filme tem dois polos, e o clima difere muito de um a outro. De um
lado, Hela chega a Asgard com todo seu poder de destruição, uma grande lutadora
capaz de trazer o caos e a morte por onde passa, com um poder surpreendente. De
outro, temos Thor, e a sua estadia em Sakaar é cheia de muitas risadas. Eu ri do Thor naquela cadeira, eu ri do Thor
naquele corredor “circular”, e tudo ali parecia evocar comédia. Chris Hemsworth estava em seu melhor, com tiradas
fantásticas! As coisas começam a mudar quando Thor, o Deus do Trovão, entra na
arena para lutar contra o campeão: ninguém menos que o Incrível Hulk.
WOW.
QUE CENA IMPRESSIONANTE! Acho que qualquer fã de
quadrinho ficou contentíssimo com aquela sequência da luta. Há dois anos, Bruce
Banner “não existe”, porque ele está na forma de Hulk, e toda a felicidade que
Thor sente ao ver quem deverá “enfrentar” na arena logo é substituída pelo
receio de lutar contra o Incrível Hulk, que
não o reconhece. Os efeitos estavam perfeitos, e a cena foi UM MÁXIMO, e os
dois eram poderosíssimos. Vantagens iam e vinham na batalha, e talvez o Thor
tivesse ganhado, com todo aquele poder do trovão que surgiu depois que ele já
tinha apanhado um monte, mas a luta foi injustamente interrompida. De todo
modo, tudo acabou bem, com Thor e Hulk dividindo um quarto, “conversando”, e o
Hulk estava mais hilário do que nunca.
Então Thor tenta convencer Hulk e a Valquíria a irem com ele a Asgard e salvar
o seu povo de Hela e do Ragnarok.
Na nave,
quase prontos para partir, Hulk volta a ser Bruce Banner.
A maneira como Thor convence a Valquíria a
retornar a Asgard com eles é belíssima, porque ele a faz reviver o momento em
que suas companheiras morreram nas mãos de Hela, e os efeitos daquela cena me
encantaram. Então, partimos para o grande clímax do filme, de volta a Asgard,
enquanto Heimdall ajuda o povo de Asgard a escapar dos avanços de Hela, e a
nave de Thor chega para lutar. As cenas de luta foram impressionantes, embora
com alguma comédia. Eu ri MUITO do Bruce Banner pulando da nave e caindo na
ponte, mas ele como Hulk lutou bravamente. A Valquíria também. Até o Loki
voltou para lutar. Mas Thor foi O MELHOR DE TODOS. Hela foi impiedosa com ele,
mas Odin ainda podia lhe dar um ensinamento, para tirar-lhe esse pensamento de
que “sem o Mjölnir ele não conseguiria”, porque o martelo apenas canalizava seu poder.
Assim, Thor se enche totalmente do poder do
TROVÃO, e ele fica imparável. Que luta impecável que ele travou dali em diante,
e eu senti muito orgulho do Thor, do novo Thor, sem martelo, de cabelo curto, mas mais poderoso do que nunca. O filme
ainda tem uma mensagem final lindíssima, porque Thor e Loki se unem para
destruir Hela e, para isso, precisam da ajuda de Surtur. Se nenhum deles é
capaz de derrotar a irmã mais velha, Surtur o será, levando com ele toda
Asgard. Mas, como eles dizem ao longo do filme, “Asgard não é um lugar, Asgard é um povo”. O povo de Asgard está à
salvo, indo para a Terra, e eu gostei muito disso tudo. O filme está
impressionante e apaixonante, não dava vontade de deixar a sala de cinema… e
como é anunciado, Thor retorna para “Guerra
Infinita”, e eu não vejo a hora de ver como será esse filme!
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