Pantera Negra (Black Panther, 2018)


“Long live the King”
Talvez um dos melhores filmes do Universo Cinematográfico da Marvel, e eu estou absolutamente FASCINADO por essas novas possibilidades, com toda essa tecnologia avançada de Wakanda graças a um meteorito de vibranium que caiu na Terra há tantos séculos. É simplesmente brilhante, e eu acho que esse plot pode fazer toda a diferença no que é esse universo no cinema daqui para a frente… mal posso esperar para ver a participação do Pantera Negra em “Guerra Infinita”, agora que o conhecemos de fato e que sabemos que suas possibilidades são imensas, além das de Shuri, que é de longe a minha PERSONAGEM FAVORITA. Com apenas 16 anos e provavelmente uma das mentes mais brilhantes da atualidade, ela tem uma atitude que mescla a inteligência com certa imaturidade e senso de diversão. E o resultado é esplêndido.
A trama de “Pantera Negra” nos leva de volta no tempo, a uma introdução há muitos e muitos séculos quando um meteorito contendo vibranium caiu na Terra e cinco tribos africanas entraram em guerra por sua posse. Para quem não lembra, vibranium é o metal mais poderoso e mais resistente do Universo, de que foi feito o escudo do Capitão América, por exemplo. Nessa época, há milhares de anos, um guerreiro ingeriu uma planta que tinha sido afetada pelo poder do vibranium, e então ele se tornou o primeiro PANTERA NEGRA da história, capaz de unificar as tribos e formar a nação de WAKANDA. No entanto, uma das tribos seguiu isolada e “inimiga”, a Tribo de Jabbari. Ao longo dos anos, toro Rei de Wakanda se tornou o Pantera Negra, enquanto o país, escondido do restante do mundo como um país de “terceiro mundo”, avançou tecnologicamente de formas inimagináveis.
É simplesmente encantador.
Uma coisa que muito me fascina em filmes é o VISUAL, e “Pantera Negra” está impecável nesse sentido, e é bastante complexo. Eu adoro como o filme construiu esse universo tecnológico no meio da África, sem precisar “americanizá-la”. É perspicaz e inteligente como tudo parece real, como as possibilidades são infinitas, como eles vivem mais avançados que qualquer outra nação do planeta, e ainda assim mantém suas culturas e tradições, o que é muito bonito. Adoro o uso da trilha sonora, e adoro as cores, os figurinos e absolutamente tudo, vide aquela cena do DESAFIO quando o reinado de T’Challa está ameaçado e ele precisa lutar por ele contra a Tribo de Jabbari como um homem comum, e não como um Pantera Negra. Depois de uma cena desesperadora e visualmente impressionante, T’Challa vence o duelo e se torna, de fato, o REI DE WAKANDA.
Gosto muito de todo esse lado místico. A flor de que ele bebe para se tornar o Pantera Negra é incrível, bem como aquelas roupas que Shuri cria para ele, escondidas em seu colar (Cisco que se cuide, hein!), mas a minha maior fascinação, talvez, estivesse na construção mística desse universo, como quando ele é coroado Rei e precisa visitar os seus antepassados. As cores nesse outro lado são impressionantes, bem como toda a construção da árvore com os Panteras Negras do passado. No galho mais baixo, o último a chegar, está o pai de T’Challa, que conversa sabiamente com ele em uma das cenas mais bonitas do filme. É muito diferente da experiência que Killmonger apresenta quando ele é coroado Rei de Wakanda no segundo ato do filme. A construção de todos esses detalhes é o que enriquece a experiência do telespectador, e é fascinante.
Parte da trama se desenvolve quando Klaue e Erik Stevens roubam um artefato de Wakanda de um museu inglês, e então T’Challa precisa reavê-lo, e a sequência de cenas é admirável, com destaque especial para aquela tecnologia desenvolvida por Shuri em que ela consegue pilotar um carro remotamente, e é absurdamente eletrizante. Outro nível de videogame. Os efeitos são ótimos, adoro a parceria de Shuri e T’Challa, ela dentro do carro e ele em cima dele, como Pantera Negra, isso sem contar os avanços bacanas no uniforme do Pantera Negra, capaz de absorver energia e reproduzi-la (sensacional e HILÁRIA a cena em que ela mostra isso ao irmão, diga-se de passagem!). Ali, nessa perseguição toda, conhecemos o Agente Everett Ross, e eu acho que é ali que se inicia essa futura abertura de Wakanda ao mundo, sobre quem eles realmente são.
Porque as cenas são ÓTIMAS, e a verdade sobre Wakanda surge, embora Ross inicialmente se recuse a acreditar nela. Todo mundo só vê o país como “terceiro mundo”. No entanto, as coisas mudam quando ele se sacrifica para salvar Nakia e é baleado. Então, expressando a sua faceta de herói (que vai muito além de superpoderes e uniformes!), T’Challa decide salvar a vida de Ross ao invés de capturar Klaue, e o leva para Wakanda, onde Shuri pode curá-lo de um dia para o outro e, como ela explica: não é mágica; é ciência. Com isso crescendo frente a seus olhos, Wakanda começa a emergir, mas antes ela precisa enfrentar um novo problema: o vingativo KILLMONGER. Ele é o primo de T’Challa, crescido daquela cena introdutória do filme e que chama T’Chaka de assassino. Então, em combate ritualístico, ele desafia T’Challa.
A sequência é desesperadora. O segundo combate do filme, muito mais brutal que o primeiro, acaba com uma possível morte de T’Challa e Killmonger sendo coroado Rei. Mesmo assim, é intenso e bacana como todos seguem lutando. Enquanto a GUERRA se anuncia, com Killmonger disposto a distribuir as armas de Wakanda pelo mundo para que todos possam destruir seus opressores, Nakia salva uma flor com os poderes do Pantera Negra, e ao lado de Shuri, Ramonda e Ross, vai até a Tribo de Jabbari, pedir a ajuda de M’Baku. Aqui, temos uma das cenas mais bacanas do filme quando reencontramos T’Challa, ainda vivo sob o gelo, resgatado pela Tribo de Jabbari por ele ter poupado a vida de M’Baku, simbolizando novamente como as ações têm consequências futuras. Esse senso de humanidade de T’Challa é que salva a sua vida!
Sem a ajuda de M’Baku, por ora, T’Challa retorna a Wakanda e temos o duelo final não só pelo reinado, mas pela proteção do país e de todo o mundo. Eu gosto MUITO de como a ação final não é focada apenas no Pantera Negra, mas em um conjunto poderoso lutando, e temos até Ross pilotando remotamente um avião (?) para destruir aqueles que levam as armas de Wakanda para fora. A Tribo de Jabbari eventualmente ajuda, e T’Challa e Killmonger se enfrentam sozinhos, em duas formas de Panteras Negras, e T’Challa inteligentemente usa o sistema dos trens para deixar Killmonger vulnerável e atingi-lo fatalmente… T’Challa, no entanto, não o mata simplesmente. É Killmonger quem recusa a ajuda oferecida porque se recusa a se render. Antes de sua morte, em uma cena bem “O Rei Leão”, ele o leva para ver o pôr-do-sol em Wakanda, como seu pai uma vez prometera.
Agora, as coisas mudarão, e estamos prestes a entrar em “Guerra Infinita” com uma série de novas possibilidades. T’Challa decidiu mostrar ao mundo o avanço tecnológico que Wakanda é, e Nakia e Shuri serão parte importante no início desse avanço, e eu realmente acho que as possibilidades são incontáveis. Saí do cinema extremamente satisfeito com o filme e com como o Universo Cinematográfico da Marvel pode se expandir. É admirável, com belíssimas interpretações e um roteiro fascinante e envolvente. Com pouco humor, dessa vez, a Marvel foca no desenvolvimento de seus personagens, na construção de uma nova faceta do universo, e em visuais impressionantes para o país de Wakanda e para todas as brilhantes sequências de ação que o filme contém. Realmente um filme admirável, não é surpresa que tenha uma aprovação de 96% no Rotten Tomatoes!


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Comentários

  1. Excelente resenha, gostei muito do filme. Tudo parecia excelente para mim. Michael B. Jordan é um ótimo ator. Seus trabalhos sejam impecáveis e sempre conseguem transmitir todas as suas emoções. Ele fará um ótimo trabalho em seu novo projeto. Na minha opinião, Fahrenheit 451 será um dos mehores filmes sobre o futuro de este ano.. O ritmo do livro é é bom e consegue nos prender desde o princípio. O filme vai superar minhas expectativas. Além, acho que a sua participação neste filme realmente vai ajudar ao desenvolvimento da história.

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