Primeiro Capítulo de “A Usurpadora” (09 de Fevereiro de 1998)
“¡Pareces mi hermana gemela!”
HÁ EXATOS 20 ANOS! E assim
começa a jornada de Paulina Martínez e Paola Bracho. “A Usurpadora” é uma telenovela de imenso sucesso até hoje, e um
dos motivos é a brilhante interpretação de Gabriela Spanic, tanto no papel da
doce e preocupada Paulina, quanto da malvada e doentia Paola. Desde o primeiro
capítulo, desde os primeiros momentos das duas, percebemos o quanto a novela
tem carisma, e passamos o capítulo
inteiro vidrados, esperando por mais…
esperando para ver Paulina entrar na casa
dos Bracho. Porque o primeiro capítulo, entre outros acontecimentos, conta
com o momento em que Paola conhece Paulina por acaso, no banheiro de um clube
chique em Cancún, e percebe que aquela mulher que se parece tanto com ela é a resposta para o fim de seu
sofrimento… finalmente ela pode deixar a casa e as pessoas que a aborrecem para
trás.
Ela tem alguém que pode assumir seu lugar.
A novela
começa nos apresentando Paulina Martínez e sua mãe moribunda. Paulina é uma
jovem bondosa, sua personagem leve e repleta de vida e de esperança. Amorosa
com a mãe, ela não consegue pensar em
sua morte, e diz que “a ama mais que tudo”. Inocente, também espera se casar
com Oswaldo antes da morte da mãe, embora as pessoas digam que “o medo de
deixar a filha sozinha é a única coisa que ainda a mantém viva”. Mas ela é
confiante de que tudo vai melhorar. “No,
mamá. No hables de muerte porque no me gusta. Tu te
vas a curar”. De
fato as coisas estão para mudar, mas não da maneira como ela espera… Paula está
muito perto de morrer, e não quer morrer antes de ver novamente sua filha,
porque “precisa lhe contar a verdade”, uma verdade que, mesmo que ela não tenha
tempo de contá-la ela mesma, virá à tona.
Porque o destino a une a Paola Bracho.
Conhecemos
Paola Bracho se divertindo no clube
onde Paulina trabalha, bêbada, e um tanto quanto desvairada, se você me perguntar. Tudo é bem rápido. Paola é
imediatamente surpreendida pela semelhança que traz com a empregada (“Pareces mi hermana gemela”), e Paulina
rebate, num tom quase “bonzinho demais”, que não vê tanta semelhança assim: “Entre
usted y yo hay una diferencia muy grande. Usted es refinada,
elegante, con clase. Se ve que es muy rica. En cambio yo no soy más que una
humilde muchacha de provincia”. De todo modo, Paola GARANTE que elas são muito parecidas, e que
se ela se arrumasse como ela e se maquiasse, certamente todos a confundiriam
com ela. Portanto, um plano já começa a maquinar em sua cabeça… “¿Sabes? A lo mejor algún día voy a necesitar de ti para alguna de las
locuras que a mí se lo me ocurren. A Paola Bracho”.
Em paralelo,
conhecemos a Casa dos Bracho. Vemos Vovó Piedad enferma, pedindo por Paola, que
é a única que lhe dá licor e conhaque, enquanto os outros tentam convencê-la de
que ela não pode bebê-los. Carlos Daniel, seu marido inocente e apaixonado,
sente falta da esposa (“Paola, no me
acostumbro a estar sin verte”), e parece tratá-la com todo o carinho do
mundo. Ela, totalmente DISSIMULADA, tem uma das melhores cenas do capítulo ao
falar com ele pelo telefone, dizendo que sente falta de estar com eles, e
promete “voltar logo”. Então, para não descumprir sua promessa e não deixar de
se divertir, Paola tem uma ideia: mandar
Paulina em seu lugar. “Sí, es igual a mí. Tanto que se la
mandara a mi casa en mi lugar, nadie se daría cuenta que es otra mujer”. Agora, ela só precisa
convencer Paulina a entrar em sua “brincadeira”.
No primeiro
teste, Paola vai ao clube com um turbante na cabeça, e meio que obriga Paulina a trocar de lugar com
ela, para ver se as pessoas notam. Paulina ainda não sabe se fazer passar por
Paola, e não diz nada, mas a aparência faz todo o trabalho: sua própria
companheira de trabalho não consegue reconhecê-la. Paola, cada vez mais louca, ri de prazer ao notar que seu
plano tem TUDO para dar certo. Então, Paola é bem direta, e pergunta a Paulina quanto dinheiro ela quer para ir até a sua
casa e se fazer passar por ela. A proposta é que ela passe UM ANO em seu
lugar, vivendo uma vida boa na sua família e na sua casa, e então, quando
regressar, Paola lhe pagará com a quantidade de dinheiro que quiser. E ela precisa do dinheiro. De todo modo,
em um primeiro momento, Paulina diz que não
tem dinheiro que lhe compre para que cometa semelhante delito.
Por ora, é um
NÃO. Mas as coisas estão mudando…
Paula está
morrendo, Oswaldo a está abandonando… tudo
vai mudar.
Quanta nostalgia! 20 anos! Nem parece que já faz tanto tempo assim. Eu amo A Usurpadora! me lembro bem a primeira vez que a novela foi exibida no Brasil, eu nem sabia o que significava "Usurpadora", mas estava lá, sempre arrumando a "anteninha" da minha TV preto e branco para não perder nenhum capítulo dessa trama tão envolvente, que ao que parece, fez mais sucesso no Brasil, do que no próprio México. Quanta saudades das loucuras maravilhosas de Paola Bracho, e também das bondades emocionantes de Paulina para sustentar uma família problemática no bom caminho. LA USURPADORA, TE QUIERO POR SIEMPRE!
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