[Season Finale] Star Trek: Discovery 1x15 – Will You Take My Hand?
O fim da guerra e um recomeço.
Difícil
comentar sobre todo o episódio depois desse final ESPETACULAR, mas vamos lá…
tentar conter a emoção para aqueles brilhantes minutos finais para o fim do
texto, mas adiantando um pouquinho: USS ENTERPRISE! <3 Meu coração quase não
aguenta. Temos a finalização da primeira temporada de “Star Trek: Discovery”, colocando, finalmente, um fim na guerra da
Federação contra os Klingons, liberando espaço para seguirmos em frente a partir do próximo ano, um ano que promete.
Afinal, ao lado da Enterprise, podemos aprofundar na história mais clássica e
apaixonante de “Star Trek”, e ainda
voltarmos, segundo o discurso de Michael, às origens da franquia. De todo modo,
há pequenos detalhes em aberto que devemos ver novamente, como Ash Tyler, que
fica com L’Rell e os klingons, ao fim do episódio, e a Imperatriz Philippa
Georgiou, que está livre.
O começo do
episódio já é desesperador. Nos
preparamos para invadir Qo’noS, e Philippa Georgiou está se passando por Capitã
da USS Discovery, embora ela não siga nenhum ideal da Frota Estelar, e seja
absolutamente nojento ouvi-la falar.
Ela não se parece em nada com a Capitã Philippa de verdade, e isso é visível em
seu discurso de ódio, em seu modo violento de agir, e eu fiquei só esperando um motim por Michael e Saru.
Tudo é REVOLTANTE. Momentos de tensão marcam essa sequência, como Michael a
desafia na tentativa de expô-la, sem sucesso, e quando Philippa espanca L’Rell
na tentativa de conseguir informação… o
que eu mais gostei foi que ela não conseguiu nada. Eles precisam fazer as
coisas do jeito deles, com a ajuda de
Ash Tyler, por exemplo. De todo modo, ela ainda tenta manipular tudo à sua
maneira, e a Federação está ao seu lado.
A missão a
Qo’noS é interessante, visualmente impactante e tem tudo a ver com a proposta
de exploração de novos mundos de “Star Trek”, o que “Discovery” pouco fez. O lance meio distópico me faz pensar em “O Quinto Elemento”, quiçá um pouquinho
de “Blade Runner”, e muito me
interessa o quão paradoxal é o sentimento nesses lugares. Parece desolado,
preocupante, desesperador, pervertido…
mas ao mesmo tempo parece tão interessante que eu bem que queria estar lá!
Então, a “Capitã” Philippa Georgiou organiza uma missão com Michael, Ash Tyler
e Tilly. Cada um busca informações sobre o “Santuário” à sua maneira. Philippa
divertindo-se sexualmente (o cara dizendo que eles aprenderam tanta coisa nova
com ela que nem precisava cobrar: eu ri),
Tilly se drogando e Ash Tyler se misturando entre os klingons e falando sua
língua.
Essa,
inclusive, foi talvez a cena mais forte do episódio. Porque o Ash Tyler parecia
o Ash que conhecemos e amamos, leve e bonito, mas quando ele está no meio dos
klingons, falando klingon, jogando e
se divertindo, Michael observa e nota o quanto
ele parece um deles, mesmo que fisicamente seja humano. Isso a desconcerta.
No fim, a única que descobre algo é Tilly: os vulcões de Qo’noS seguem ativos,
e o que ela carrega, a mando da “Capitã” Georgiou NÃO É UM DRONE, mas uma
hidrobomba que vai tornar o planeta inabitável. Ela, vinda do Universo Espelho,
e a Federação, desesperada por uma vitória, acabam se unindo em um possível
genocídio que nos enoja e nos preocupa, e sabemos que Michael, Ash, Tilly e o
próprio Saru precisam se levantar contra isso, com um MOTIM se for necessário, embora eles não tenham que ir tão longe.
Michael é
inteligente!
E persuasiva.
Burnham fala
diretamente com a Almirante Cornwell, na frente de toda a ponte da USS
Discovery, e fala sobre o seu motim de um ano atrás, fala sobre a necessidade
de PRINCÍPIOS, que não podem ser abandonados simplesmente em busca de uma
vitória, e quando ela se levanta, todos se levantam ao lado dela, começando por
Saru: “We are Starfleet”. Então,
Cornwell se dispõe a ouvir uma
alternativa. Como resultado, amei a cena de Michael com Philippa, embora
tenha sido razoavelmente simples, e
Michael consegue o detonador dela, e a deixa em liberdade. Em um plano
inusitado para terminar a guerra, ela e Ash Tyler entregam o detonador nas mãos
de L’Rell, que faz de tudo para conquistar a liderança klingon e para unificar o seu povo, terminando a guerra
contra a Federação, e recebendo a ajuda de Ash, que decide ficar ao seu lado.
Isso me pegou de surpresa.
Antes de
partir, ele e Michael dividem um último
beijo.
Então, A
GUERRA ESTÁ TERMINADA. Não tivemos uma grande última batalha, mortes,
explosões, nada disso. Tivemos conversa e sensatez, e isso, de alguma maneira,
me lembra a série clássica de “Star Trek”,
quando os efeitos eram mais precários e os episódios eram muito mais
intelectuais do que repletos de ação: e
eu amava. Se a Guerra chegou ao fim graças à ajuda de Michael, a Frota
Estelar a aceita de volta oficialmente, e ainda a concede uma medalha de
mérito, que ela agradece com um discurso belíssimo que remonta, em parte, à arrepiante fala de abertura da série, lá
em 1966, há mais de 50 anos. Também fiquei comovido com a cena de Michael
Burnham com o pai e a mãe, os mesmos pais de Spock, e parece que, talvez,
finalmente possamos VER o Spock, como tanto queríamos… afinal de contas, o
final do episódio, a caminho de Vulcano, traz um pedido de socorro.
Do Capitão Pike.
“It’s the USS Enterprise”
COMO FOI BOM
VER A ENTERPRISE! <3
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