This is Us 2x15 – The Car
“We're
gonna be okay, baby. I promise you, we're gonna be okay”
Mal tivemos
tempo de nos recuperar da dolorosa morte de Jack Pearson em um episódio
especial que foi ao ar num domingo, e “The
Car” vem com uma proposta interessante para fechar o arco da morte de Jack.
Dessa vez, o presente é ignorado, e ele não
faz falta. Acompanhamos a história da Família Pearson através de uma série
de ocasiões e memórias, todas envolvendo o carro da família, e em meio a isso
temos o doloroso serviço funerário de Jack, emocionante e singelo. O episódio
mescla cenas como o momento em que o Jack conseguiu fazer um negócio e comprar
o carro depois de ver as crianças brincando dentro dele, com cenas de logo
depois da sua morte, com Rebeca sozinha dentro do carro, esperando os seus três
filhos, vindo de preto, um pouco adiantados para o funeral porque Rebeca
insiste em chegar cedo.
O clima no
carro é de TRISTEZA, agora. Kate diz que não quer mais ficar com Louie, Kevin
briga com a gravata que não consegue arrumar, mas sabemos que o problema não é Louie, nem tampouco a gravata de Kevin.
O episódio vai e volta no tempo, conectando detalhes, como a ÁRVORE FAVORITA de
Jack, que conhecemos no fim do episódio passado quando Kevin foi conversar com
o pai. A árvore foi o lugar para onde Jack levou Rebeca para acalmá-la quando
ela estava toda nervosa por causa de uma possível doença grave, esperando os
resultados dos exames. E era, até então, uma árvore qualquer, escolhida aleatoriamente,
mas não mais. “Why is this your
favorite tree?” “Because this is where you find out you're okay”. Jack e sua capacidade de tornar
tudo tão poético. E foi nesse dia que ele disse a ela que “ela viveria para
sempre”, e falou sobre a sua morte…
“Just... don't put me in the ground. Okay? Let me be outside”
Gosto muito
da edição do episódio, embora ela seja dolorosa e nos faça sofrer. Mas ficou um
funeral lindíssimo e emocionante, com os discursos de Miguel e de Randall,
enquanto víamos, em outros momentos, cenas como Jack ensinando Randall a
dirigir, o que foi uma cena difícil. Afinal de contas, Kevin estava no
banco de trás, e os dois estavam se provocando (“I mean, I'll probably be 40 by the time we get around the block” “And
still living in Mom and Dad's basement” “You know what, it's better than 40 and
never being touched by a woman”), tanto que eles quase sofrem um acidente. A constante briga de Kevin e Randall. Essa
briga ecoa lá no funeral, quando Kevin fica bravo com Randall e com Rebeca por
ela ter deixado ele usar o relógio do pai, e então novamente eles discutem, na
frente de todos, com os nervos inflamados pela tristeza do momento…
“A real man
would've stopped Dad from going back in there. I would've never let Dad go back
in”, diz Kevin. “But you weren't there, Kev. You're never there for anyone”, responde Randall. Doloroso e
verdadeiro.
É como Jack
diz para o vendedor de carro na cena final do episódio, sobre as infinitas
MEMÓRIAS que o carro guardará. Vemos algumas delas ao longo do episódio, como
quando Kate mata aula para ir ver a sua artista favorita, e o Jack acaba a
encontrando e levando-a ele mesmo. Um paizão.
E essa cena puxa outra cena, mais recente, depois da morte de Jack, em que Kate
se sente culpada pela morte do pai, porque ele só inalou fumaça demais por ter
voltado para dentro da casa, e só o fez por causa dela. E outro momento
bastante emocionante do episódio está em Rebeca conversando com o Dr. K, em que
ela se sente culpada por não ter estado com Jack no momento da morte: “I can't do this without him. I just, I can't. He knew how to do all of this. He was... fearless. I'm
not fearless. I'm not”. Ele foi UM FOFO ao falar com ela, ao dizer que Jack também
tinha medos, e que ela é uma mulher forte, e ele sabe disso desde que ela saiu
daquele hospital com três crianças…
“You didn't
just make something resembling lemonade, dear. You made one of the sweetest damn
pitchers of lemonade I ever saw. So don't you try and sell me on what you can't
do, because I'm too old, I'm too smart, and I'm not buying it”
No final do
episódio, Rebeca leva os três filhos e a urna de Jack para a sua “árvore
favorita”, onde em um momento repleto de emoção eles jogam as cinzas do pai “ao
ar livre”, como ele queria, e Rebeca conversa com os filhos, tirando dos ombros
de Kevin e Randall a responsabilidade de “ser o homem da casa”, e dizendo a
Kate que “ela não tem culpa de nada”. Kate guarda a urna e algumas cinzas, e Rebeca finaliza com “You guys... he got us tickets to go see Bruce
Springsteen tonight at the Benedum Center. I think we should go. What do you
think? Should we go?”, o
que é tão SIMPLES, mas é tão bonito… chega
a arrepiar. Antes de eles saírem, então, Rebeca fica sozinha com a árvore e
conversa com Jack, promete que eles vão ficar bem: “We're gonna be okay, baby. I promise you, we're gonna be okay”. E lembra
como Rebeca diz que parecia que Jack
podia ver as coisas antes de elas acontecerem?
Essa cena final da família no carro
exemplifica justamente isso!
“I see it so clearly. I see my family okay in that car”
<3
Comentários
Postar um comentário