Chiquititas (2015) – Neco conhece Lúcia
“É o fantasma, tamo lascado!”
Lembro-me com
muito carinho da trajetória que levou
Neco a conhecer Lúcia, lá na nossa primeira versão de “Chiquititas”, de 1997 a 2001.
Naquela história, Lúcia era mantida escondida na própria casa do Orfanato Raio
de Luz, uma casa nova (tivemos três
lares para o Raio de Luz nas nossas cinco temporadas), mas aqui ela surge presa
em outra casa da rua. A sétima casa. Essa
é uma história muito bacana de “Chiquititas”,
e ela acaba se estendendo indefinidamente por muitos capítulos. Começa como um terrível mistério a respeito da “sétima
casa”, e então conhecemos a Helena antes de conhecer a garota, e temos toda a
trama do “fantasma”, até que, finalmente, o Neco encontra a Lúcia e descubra que
ela é uma garota de verdade, que vive
presa, sozinha e infeliz na sétima casa, porque a sua avó Helena não a deixa
sair.
A primeira
vez em que vemos Helena é quando a bola dos garotos cai aos seus pés e, ao
invés de devolvê-la, ela a estoura. É
maldade típica de uma velha mal-humorada. Depois disso, os pequenos ficam obcecados pela mulher e pelo “mistério
da sétima casa”, e fazem de tudo para descobrir o que ela tanto esconde. Eles a
seguem, eles tentam falar com ela, elas até mandam o Fernando ir até lá! Elas perguntam
a respeito das roupas de criança que ela pendura no varal, e trazem “roupas
para ela lavar”, quando ela diz que lava
roupas para fora. Mas nada disso dá
resultado. E cada vez que as crianças vão até a casa é um novo susto e um
possível novo trauma, porque a mulher é mesmo insuportável. Quando Matilde vai
para a cadeia e o Orfanato Raio de Luz precisa de uma nova “cuidadora”, ela aparece para fazer a entrevista. E a
Carmem a contrata de imediato.
É um inferno. A velha é insuportável ao
extremo, totalmente mal-educada, e de um mau-humor TERRÍVEL. Diz coisas
grosseiras, mal faz o trabalho dela direito, e tem uma obsessão irritante por
limpeza que não funciona tão bem em uma casa com tantas crianças. Assim, tudo vai ficando cada vez mais impossível. No entanto, enquanto a
Helena está trabalhando no Orfanato, eles ganham algumas poucas horas em que
podem visitar a sua casa e “investigar” sem que ela perceba. Quer dizer, esse é o plano. Porque ela
descobre, mais de uma vez. O Neco é a estrela da história desde o começo, embora inicialmente todas as crianças pequenas
estejam envolvidas. Mas o seu medo e a teoria do fantasma traz falas divertidas
e fofas como “É o fantasma, tamo lascado!”
e “Mas se eu falar pra eles que ouvi e não
fui lá ver, eles vão dizer que eu sou medroso. Ah, mas eu sou mesmo! Medroso e
curioso. Oh curiosidade da peste!”
<3
Fiquei me
perguntando como apenas o Neco
conheceria a Lúcia, e então as coisas se esclarecem. Em um dia, Helena pega várias crianças invadindo sua casa, mas
o Neco estava de vigia, e não é visto. Por
isso, resta a ele a missão solo de voltar lá e desvendar o mistério da casa.
É assim que ele conhece Lúcia, E É TÃO FOFO. Porque imediatamente ele se
encanta por ela, e a maneira como fala com ela é incrível. Na verdade, a Lúcia é uma menininha com os ossos
fraquinhos, que nunca sai de casa, e tampouco sabe falar. Mas Neco conquista a sua confiança lentamente, e é lindo. “É melhor eu
ir embora. Posso vir te visitar amanhã? Posso trazer algum amigo pra te
conhecer? […] Tudo bem, tudo bem, eu venho sozinho. Vou ver se eu trago um
presente pra você”. Assim, o Neco passa a visitar Lúcia periodicamente, e cada vez eles se
tornam mais próximos.
E como ela fica feliz com uma boneca simples
que ele lhe traz.
As visitas de
Neco fazem a diferença na vida de
Lúcia. Ele começa a ensiná-la a falar “Ne-co”
e várias outras palavras. Tudo na verdade.
Também a desafia a andar, e eles ganham cenas terna e bonitas. Quando os
vizinhos maldosamente o amarram a uma cadeira para Helena o encontrar, Lúcia
aparece para salvá-lo (e ele se esconde atrás da cortina), e o Neco foge do
Orfanato cada vez com mais coisas para ela: doce, flor, caderno, lápis de cor,
boneca… em uma ocasião, a Lúcia até sobe
numa cadeira para pegar a chave para abrir a janela que Helena vem trancando
recentemente, e ela acaba caindo lá de cima. Felizmente, o problema não foi tão grave quanto eu achei que
poderia ter sido. Ela consegue a chave, não se machuca, abre a janela, e os
dois podem se encontrar novamente… o
abraço dos dois foi tão terno, tão bonito! Eu gosto muito das cenas dos
dois.
Um dos
momentos clássicos da novela é quando o Neco leva Lúcia para passear na
vizinhança. Na nossa versão, ele o fazia em uma carriola, e era adorável. Aqui,
ele a leva na bicicleta, e a cena é LINDA, porque é extremamente simples e
envolve muita inocência e descoberta. Até
que a Lúcia caia lá de trás e o Neco precise encontrá-la. Não é difícil encontrá-la
nem nada, ela está sozinha na praça, com uma flor na mão, toda fofa, mas o problema é o joelho machucado. Afinal
de contas, a Helena é bem paranoica com isso tudo, e ela SABE que aquele
machucado não é um machucado simples que ela poderia ter feito ali dentro de
casa… ela sabe que a Lúcia tem saído, e
talvez ela esteja mais próxima do que nunca de descobrir o Neco. Ela já
quase o pegou, mais de uma vez, por desenhos de Lúcia, porque o Neco estava
escondido embaixo da cama ou qualquer coisa…
Mas dessa vez, eles arriscaram bastante.
Com certeza é uma das histórias mais lindas da novela. Não sei se notou, mas a Helena não é uma vilã de fato na nova versão. Ela é mais uma pessoa amargurada (Tia Polly?).
ResponderExcluirCarinha de Anjo se aproxima de sua reta final. Faltam só uns 47 capítulos agora. Esticaram em apenas 50 capítulos dos previstos originalmente dessa vez. Carrossel também foi. Chiquititas foi esticada em 245 (!). C1R em 107. Em quantos vão esticar Aventuras de Poliana? Chuto em uns 80
Eu ri muito das cenas da Lúcia fugindo e dizendo "Eu quero ser livre! Livre!" Quer dizer, eu chorei quando ela chorou com a Helena, mas ela e o Neco, com o Neco trazendo ela nas costas de volta para o quarto? Eu ri! <3
ExcluirNão gosto nem de pensar em quanto vão "esticar" Poliana HAHA Ver as propagandas me deixa tão triste em pensar que eu não vou poder ver por causa do tamanho excessivo... é um livro que AMO TANTO, bem que eu queria poder acompanhar e ver o trabalho da Sophia Valverde. Que pena.
Quem sabe quando Poliana acabar eu faça um compacto, assim como planejo com Chiquititas? Se passar de 550 eu vou repensar porque o de Chiquititas eu estou empolgado e desanimado por enquanto. Quer dizer, 545 capitulos é BASTANTE coisa. Uma pergunta: se eu fosse reeditar C1R, você iria querer ver as cenas com os instrumentais da versão original ou com os do SBT? Porque eu tenho os instrumentais originais comigo.
ExcluirEm alguns momentos seria cabível e bem nostálgico os instrumentais originais, mas tem que prestar bem atenção se eles combinam com a cena. Apesar de ser um remake da mesma história, são produções independentes, tem coisa que pertence a uma e coisa que pertence à outra... sem contar que o seu trabalho se tornaria bem mais difícil. Talvez seja melhor ficar com os instrumentais do SBT mesmo :)
ExcluirEu tomei como exemplo a cena em que a Manu é sequestrada.
ExcluirNa cena do sequestro da Manu, houveram três erros terríveis. O primeiro: a cena não ter encerrado o capítulo. Imagina essa cena encerrando o capítulo 30 dando gancho para a próxima semana com o instrumental de encerramento mexicano? Seria perfeito! Segundo erro: a burra da Manuela não ter visto o Sandro na frente dela dando comida pro Manteguinha. Eu tentaria disfarçar esse erro. Terceiro erro: o instrumental alegre que eles colocaram na cena, como se fosse ótimo a Manu ser sequestrada. Um instrumental de tensão seria mil vezes melhor, mas enfim... SBT!
Todas as suas opiniões estão sendo levadas em conta nos meus projetos. Quais músicas você iria querer em um CD Chiquititas 3? (aquele nunca lançado)