PILOTO de “Rise” – Spring Awakening
“These kids are you. Their story is
your story”
Eu AMO “Spring Awakening”, e esse amor é algo
que nutro há mais de 10 anos. Por isso, eu fiquei contentíssimo ao assistir o
trailer de “Rise” e perceber que a
história do professor que assumiria um Clube de Teatro na Stanton High e
mudaria a vida de vários jovens seria contada em paralelo com “Spring Awakening”. Agora, assistindo ao
episódio, percebo que a força do musical encontra ecos importantes na própria
trama de “Rise”, e é nada mais do que
pertinente que esse seja o
revolucionário e desafiador musical escolhido. Apaixonado por cada personagem e
curioso para saber o que cada um pode fazer ao longo da temporada, eu adorei
vê-los dar vida a Melchior Gabor, Wendla Bergmann, e ainda espero mais cenas de
Moritz, de Ilse, de Hänschen, de Ernst… esse musical é tão cheio de bons personagens,
boas histórias e boas músicas a serem exploradas!
“Rise” vai ser uma série e tanto.
Quando Lou
Mazzuchelli assume o Clube de Teatro, percebemos que as coisas em sua família
podem não ser das melhores. Gail, sua esposa, quer apoiá-lo, mas suas
preocupações são sensatas, e enquanto uma das filhas fica super empolgada, e
inclusive sugere “Spring Awakening”
ou “Hamilton”, o filho acha que é vergonhoso. Muita coisa deve acontecer
na casa dos Mazzuchelli ainda, como outros momentos em que Lou não possa estar
presente, ou os problemas com possível alcoolismo de Gordy, o filho da família,
ou agora, que a dinâmica na casa também está prestes a mudar quando Lou leva
Maashous para casa, depois de tê-lo descoberto dormindo na sala de iluminação
do teatro pelo qual é responsável. Mas eu
gosto de como, apesar das dificuldades, Gail está ali para apoiar o sonho do
marido, de uma maneira ou de outra.
O musical,
provocativo, inteligente e desafiador, é apresentado por Lou assim:
“Why ‘Spring
Awakening’? Why a show about sexually repressed teenagers coming of age in
19th-century Germany? Because, just like you, they are dealing with intolerant
parents, teachers that don't get it. These kids are you. Their story is your
story”
E isso é tão
VERDADEIRO!
Tracey Wolfe,
a antiga diretora do teatro, precisa aceitar o convite dele e se juntar a ele
quando percebe que ele vai mesmo
tentar produzir “Spring Awakening” (“So which part did you like best? The
abortion, the teen suicide, or the incest?”), e as primeiras audições são
decepcionantes. Rasas, com muita gente sem talento, pouquíssimos inscritos…
sempre as mesmas pessoas apaixonadas, mas
poucas pessoas. Pelo menos até que Lou Mazzu comece a mudar tudo, recrute
Robbie Thorne e o mostra o quanto ele pode se apaixonar por isso tudo, por
exemplo, e então o elenco começa a crescer. Eles ganham Robbie como Melchior,
ganham Michael como Moritz, Simon abraça o seu papel de Hänschen, Lilette
assume a protagonista Wendla, enquanto Gwen fica com o papel de Ilse… a
dinâmica é maravilhosa, e eu adoro ver o musical nascer.
Ao longo de
SEMANAS e infinitos ENSAIOS, o musical surge, o musical cresce. Vi muito mais
de “Spring Awakening” na estreia do
que eu achei que veria, e isso me fascinou! Temos um ensaio incrível de “All That’s Known”, com os garotos lendo
em latim e Robbie interpretando um Melchior à sua maneira… adoro o cenário da
sala de aula, importantíssimo para essa cena e para “The Bitch of Living”, logo em seguida. Amei ver Michael cantando “Touch Me”, amei ver Simon e Jeremy
ensaiando “The Word of Your Body
(Reprise)”, e o maravilhoso e cheio de energia ensaio de “Totally Fucked”, na parte final da
música e da coreografia, naquele momento em que sentimos vontade de pular de
nossas cadeiras e nos unir ao elenco! Amei o ensaio geral de “Touch Me”, e a última interpretação de
Lilette de “Mama Who Bore Me” no
episódio, bastante intenso.
Mas enquanto
isso nasce e cresce, e a paixão toma conta de todos, os maiores empecilhos
surgem: o diretor CANCELA “Spring
Awakening”. Proíbe a produção, tira o Mr. Lou do teatro e o devolve a
Tracey Wolfe, impondo qual seria a nova peça, dizendo que o lugar de Robbie é
no futebol… uma série de coisas, e eu
assisti àquilo tudo com uma revolta indescritível, e uma dor lamentável no
coração. Eu SABIA que eles precisavam lutar por aquilo em que acreditavam, mas
eu achei que, talvez, isso não fosse acontecer no primeiro episódio, e por isso
sofri. Mr. Lou anuncia aos alunos que não será mais o diretor, eles recebem a
notícia com lágrimas, e é MUITO TRISTE vê-los voltando para suas vidinhas
miseráveis de antes… até Simon está
infeliz voltando a ser o protagonista, porque ele sabe que não é isso o que ele
quer fazer agora.
Assim começa “I Believe”.
E com ela vem
as lágrimas.
Eu adoro essa
música no fim do primeiro ato de “Spring
Awakening”, e ficou lindíssima como foi usada na série, em um momento forte
e repleto de emoção e sentimento. Aqui, eles
se revoltam contra a escola. Ao lado da própria professora Tracey, os
alunos do teatro queimam os figurinos da peça que está atualmente sendo montada
(que só está sendo montada porque a escola “já tinha o figurino”, entenda) como
um ato de protesto, e foi uma cena memorável.
Fiquei muito feliz de ver a professora cantando com eles e coordenando a queima
pacífica do figurino. Adorei ver que Robbie Thorne estava lá também, lutando
pelo o que queria, e todos cantavam “I
Believe” com emoção renovada e sincera. Foi, sim, arriscado, mas era necessário
e foi belíssimo… a união, a música, o fogo… tudo
me arrepiou. Então Lou e a esposa chegam, e também o diretor e o treinador,
furiosos, e então ouvimos isso:
Tracey: “Stanton
Drama has made a decision”
Lilette: “We
want Mr. Mazzu to stay”
Simon: “We
want ‘Spring Awakening’”
Robbie: And
if I don't do the show, I don't play football”
Tracey: “And
we're all prepared to quit”
MEU CORAÇÃO PULOU
TANTO! Eu ri de nervoso, de emoção e de
felicidade. De orgulho.
Foi TÃO
SIGNIFICATIVO ouvi-los dizer isso. Ver a própria Tracey se posicionar em defesa
de Lou, ver Simon se posicionar em defesa do musical e de Hänschen, ver Robbie
ameaçar deixar o futebol caso não possa mais ser Melchior… é isso o que pesa para a escola, e eu adorei como eles agiram, e
conseguiram o que queriam. Não vimos o que o diretor e o treinador falaram,
mas a cena me arrepiou, e foi com felicidade que vi Lou de volta com os alunos
no palco daquele teatro, de volta a “Spring
Awakening”. Estou muito ansioso e curioso para saber o que o restante da
temporada ainda me reserva, mas com certeza é muita EMOÇÃO. Já estou torcendo para, ao fim da temporada,
um especial na NBC de “Spring Awakening”, interpretado pelo elenco de “Rise”.
Sério, isso seria perfeito, não seria? Onde é que a gente assina uma petição
para conseguir?
Para mais postagens sobre Rise, clique
aqui.
Comentários
Postar um comentário