The Flash 4x15 – Enter Flashtime
Um novo truque para o Barry!
Relações conflituosas
com esse episódio. Grant Gustin estava absolutamente gato, os efeitos foram
ótimos, e de modo geral o roteiro era bem digno daquilo que eu AMO em “The Flash”. No entanto, ao mesmo tempo,
algumas inconsistências meio que me incomodam, e eu teria curtido muito melhor
se Jesse Quick não tivesse mencionado a viagem no tempo e recebido aquela
resposta de “roteiro preguiçoso” do Barry, mas
eu vou chegar nisso depois. De todo modo, o início do episódio é
DESESPERADOR, com o Barry tirando Iris West do seu tempo normal para dizer-lhe
que “não pode salvá-los desta vez”. É
inusitado e uma novidade bacana ver Barry Allen SUAR, e isso deixa muito claro
como a situação é grave, e tão grave
que muda totalmente em 8 minutos e 48 segundos, porque é esse o tempo que voltamos para entender o que está acontecendo.
Barry está
determinado a pegar DeVoe em seu Pocket Dimension, e Jesse Quick aparece para
uma visita a Harry (“Son of a breach!”)
e para uma conversa difícil a respeito de sentimentos e a morte da mãe, e então
surge o ataque que vai desestabilizar
tudo. Uma bomba nuclear é detonada, e parece que nem os Agentes da ARGUS
nem o Team Flash é capaz de detê-la, e então ganhamos um novo CONCEITO em “The Flash”: O FLASHTIME. Apenas Barry e
Jesse Quick se movem (“We’re too late”),
mas não parece que eles têm muito o que fazer em relação a essa explosão. Os efeitos
são bacanas, com todo mundo ao redor deles “congelados” em algum milésimo de
segundo, enquanto eles podem conversar normalmente e pensar em um plano porque se movem rápido demais. Então, Barry
pede que Jesse vá até a Terra-3 e chame a ajuda de Jay Garrick.
O velocista
escarlate busca ajudas enquanto pode envolver as pessoas com a Speed Force,
como fez com Iris no tribunal. Primeiro, Cisco Ramón (“I have to say, it's a little uneventful”), e embora pareça um bom
plano o de jogar a bomba em uma Terra morta, preso no Flashtime Cisco não pode
abrir uma ponte. Então, Barry tem que devolvê-lo ao tempo normal porque ele não
é um velocista e seu corpo não está habituado a essa velocidade. A segunda
possível ajuda vem de Harry, que sugere que eles detonem a bomba dentro da Speed Force, mas ninguém sabe
o que isso faria com ela, e Jay Garrick, ao chegar, é bem enfático: “Because, Flash, if you do that, we may lose
the Speed Force forever”. Isso quer dizer que ele e todos os velocistas
perderiam o seu poder instantaneamente, e o que seria do futuro de Central City
e outras Terras?
Tendo em
vista essa consequência dramática, eu achei o “Well, I'm sorry, Jay, if this is the only way to save everyone in the
city, I have to” do Barry bem hipócrita, e eu não gosto dessa versão desesperada do Barry que se torna
intolerante. O tempo, embora lentamente, corre, e percebemos Jay Garrick
apresentar as primeiras fraquezas, sendo o primeiro velocista a suar, e o
próximo plano é usar Killer Frost para esfriar
a explosão, mas não só não é o suficiente, como ainda piora significativamente
as coisas. Então, quando Barry libera Killer Frost do Flashtime, temos um dos
momentos mais fofos do episódio, quando ela diz: “Barry? Don’t let Caity die”. São esses desenvolvimentos de Killer
Frost que estão fazendo com que a personagem fique cada vez mais interessante,
e eu acho que ela e Caitlin estão cada vez mais próximas de se tornarem “uma só”.
O próximo
plano vem de Jesse, e é o de usar a energia de três raios para neutralizar a
bomba, e teria funcionado, provavelmente, se Jay Garrick não tivesse sucumbido.
Fraco e o primeiro a suar e se desgastar, ele não consegue manter a alta
velocidade, e por isso é o primeiro a deixar o Flashtime… aqui temos uma parte
bem revoltante, que é quando Jesse Quick sugere que eles voltem no tempo e
impeçam a detonação da bomba, e o Barry NÃO DÁ UM MOTIVO CONVINCENTE PARA NÃO FAZÊ-LO.
Ele só diz que isso “alteraria a timeline”,
que “ele aprendeu do jeito mais difícil” e que não podem fazer isso. SÉRIO MESMO?! Tenho tanto a reclamar aqui:
primeiro, que soa hipocrisia. Mas relevando isso, essa é uma situação de
EMERGÊNCIA, e parecia a única maneira! Deixar que Central City exploda ou tirar
os poderes de todos os velocistas era melhor
do que alterar um pouquinho a linha
do tempo? Ele já fez isso por muito menos.
E eu não deixo de pensar que NÃO ALTERARIA A LINHA DO TEMPO. Quer dizer, eles
teriam que voltar no tempo em uma questão de SEGUNDOS.
Não teria nenhuma consequência catastrófica.
Então o
roteiro foi PREGUIÇOSO!
Jesse é a
segundo velocista a deixar o Flashtime, ao lado de Harry, então Barry está
sozinho. A cena com Iris é bonita e emocionante, e é ela quem dá a ideia que
vai salvar a vida de todo mundo: enganar
a Speed Force para que ELA jogue sobre a bomba os raios que precisam para
neutralizá-la. E dá certo. É uma sequência eletrizante, de efeitos
incríveis, e Barry salva todo mundo. O episódio só podia ter sido menos inconsistente com o restante da
série, mas foi MUITO BOM! Agora, Jay Garrick está se aposentando, mas não sem
treinar uma nova velocista para a
Terra-3, Barry está tirando um tempo para estar com Iris, e aquela garota
misteriosa faz uma nova aparição e, pela primeira vez, não parece assim tão inocente mais. No entanto, a cena mais
EMOCIONANTE do fim do episódio é de Jesse e Harry, naquela conexão de
pensamentos nível Vulcano, sobre a mãe.
De tirar lágrimas.
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