The Magicians 3x08 – Six Short Stories About Magic



Ah, o personagem de Penny! <3
Eu adoro quando “The Magicians” brinca com a forma tradicional de fazer episódios e então apresenta umas coisas inovadoras e bacanas como essa. Aqui, temos “seis contos” sobre Magia que são toda uma só grande história cujo principal meio de ligação é a leitura impaciente e divertida de Penny, de quem eu gosto mais a cada episódio, diferente do que era lá no começo, quando a série estreou. Com as cenas se sobrepondo e todas as peças se encaixando lentamente, me senti quase assistindo a uma semana de “Justiça” que, para mim, é uma das melhores séries dos últimos tempos! Enfim, o episódio é divertido, compreensível, e avança um pouco mais na grande QUEST da temporada que busca reaver a Magia. Mais uma Chave está em poder de Quentin, e eu não sei bem o que podemos esperar das próximas Chaves daqui por diante.
A primeira short story é de PENNY, e ele está no Submundo, em busca da Chave e usando “Game of Thrones” para subornar os mortos – a cena com Benedict foi bonitinha e triste, e ele mente que a Chave está em posse da Biblioteca. Assim, Penny vai até lá, onde reencontra Sylvia, e ela o leva até a pessoa que está escrevendo o livro de Penny, Cassandra, que parece uma versão velha e louca de Alice. Então Penny começa suas leituras: “This one seems to be about Poppy and Quentin... God, it's a sex scene!” O segundo “conto” é de POPPY, e ele nos leva basicamente pela ideia de “Mirror Bridge” para chegar até a Biblioteca, e as “anotações de niffin” que Poppy rouba de Alice para que Quentin possa fazer os cálculos e Victoria possa abrir a passagem com seu sangue. Uma vez lá embaixo, através do espelho (!), a Chave não é encontrada, e Poppy abandona tudo.
Quentin fica para trás e encontra Alice.
A ALICE é o centro da terceira história. Kady e Harriet imploram por sua ajuda, mas ela prefere não ajudá-las, afinal “ajudá-las significa dar-lhes um poder que ninguém deveria ter”. Em uma inusitada e eficaz parceria de Alice com Fen (!), as duas conversam sobre o que perderam, e Fen a aconselha a ir em busca do conhecimento que perdeu, afinal de contas, ela ainda está por aí. Em busca de uma entrada na Biblioteca e um cartão, Alice é praticamente recrutada: “There is something you could do for us, and, in exchange, we would give you full access to our collection. You're familiar with the Quest for the Seven Keys?” Me pergunto se Alice vai mesmo trabalhar para a Biblioteca, e a sua história culmina no fim da de Poppy, quando Quentin a encontra e pergunta “what the hell”. A princípio, depois desse fim incerto, Quentin vai embora sem a Chave.
A quarta história, de ELIOT, é curtinha e bizarra.
Mas a verdade é que tem toda uma subtrama por baixo desse episódio que não é explorada, mas é uma promessa para o que veremos no restante da temporada, de algum modo. Além de toda essa QUEST e a busca pelo retorno da magia, também temos essa guerra contra as Fadas em Fillory, e quando Fen atravessa para o lado de cá, em Brakebills, ela faz descobertas interessantes sobre o tema, como o fato de as Fadas existirem aqui também. Assim, a quinta história é sobre FEN, e a traz conhecendo Skye, uma fada de Irene que é, praticamente, um elfo doméstico. Escravizada e infeliz, eu quase tive pena dela, se ela não me fizesse pensar tanto nas fadas em Fillory. Ali, também entendemos de onde vem aquele pó parecido com cocaína que funciona como “bateria para a magia”: das fadas, e a cena é totalmente perturbadora, com a perna de Skye cortada!
Por fim, uma história de HARRIET, e ela foi extremamente bem construída, repleta de delicadeza. Voltamos a 1952 para encontrarmos uma versão criança sua, filha da Bibliotecária. É uma cena bonita sobre sair, sobre ver o mundo, sobre atravessar por fontes, e a mãe a faz prometer que não vai mais sair em busca de Fillory, porque é perigoso, mas ela diz que “ninguém escreve livros sobre aqueles que ficam para trás lendo”. Em 1985, a vemos adolescente, estudando em Brakebills, e questionando a mãe sobre a utilidade de se ter uma Biblioteca e não permitir que as pessoas leiam seus livros. É forte e SENSATO. Em 2007, ela retorna, e se dispõe a voltar a trabalhar com a mãe, caso ela abra as portas da Biblioteca, mas a mãe é irredutível em relação a isso, então ela diz que “elas não têm mais nada para conversar”. São todos momentos muito intensos, e eu gostei bastante desse background.
Então, 2018. Quando Harriet entra na Biblioteca com os amigos, a história que conecta todas as demais. As cenas são eletrizantes, contam com a “bateria” que é o “pó de fada”, e um pequeno embate entre mãe e filha, e a destruição das pontes. Uma cena e tanto. Por fim, Penny percebe o que vinha negligenciando e tinha a resposta que buscava: a “cena de sexo” de Quentin e Poppy. É lá que se encontra o restante da história, onde está a Chave: com Benedict, o tempo todo, enterrada. Assim, Penny consegue recuperar a Chave, e a manda para cima para ser recuperada por Quentin, mas ele não tem chance de fugir ele mesmo, e acaba ficando para trás, graças a uma traição de Sylvia, que o entrega para a Biblioteca para que ele cumpra os seus bilhões de anos. Não sei o que será do futuro de Penny, mas espero que ele ainda possa ficar bem!

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