Turma da Mônica Jovem (2ª Fase, Edição Nº 14) – O Portal das Trevas, Parte 1


“Coragem não é a ausência do medo […]”
Ah, queria começar dizendo: NEM ACREDITO QUE ESTAMOS DE VOLTA ÀS SAGAS! \o/ Foi uma emoção muito grande quando a Panini divulgou a capa dessa edição “O Portal das Trevas” e o título veio acompanhado de um “Parte 1”. COMO EU ESTAVA SENTINDO FALTA DISSO! Afinal de contas, passamos por várias histórias esquecíveis que poderiam se tornar épicas se contadas em forma de sagas, quando o roteiro tem mais tempo de desenvolver os detalhes da história e tornar tudo mais crível. É gostoso quando temos que esperar por uma conclusão, quando podemos passar tempo, depois de ler a revista, ainda pensando no tema, ainda nos perguntando o que mais pode acontecer. E talvez pela minha imensa ALEGRIA por estar lendo uma saga novamente, mas acho que não só por isso, eu digo com segurança: É A MELHOR EDIÇÃO DA NOVA FASE.
Não é tão difícil também.
Finalmente, a “Turma da Mônica Jovem” nos entregou tudo o que vínhamos pedindo HÁ MESES: “O Portal das Trevas” é uma edição feita pensando nos fãs, enfim. Aqui, com a Mônica quase que totalmente desaparecida (mas ela podia não estar na capa também), o protagonismo é passado ao CASCÃO, e isso não poderia ser mais maravilhoso… é bom vê-lo como o personagem principal de uma edição tão importante e tão bem escrita (parabéns a Wagner Bonilla pelo roteiro!) e, além disso, ver que as pessoas ao lado dele são personagens como a Denise, o Xaveco (!) e o Jerê. A edição é escura e macabra, podemos ver isso em praticamente todas as páginas, com pouco senso de humor e muito suspense e um mistério bacana. Finalmente uma boa saga de terror depois de TANTO TEMPO desde a última. Nós, fãs, estamos EXULTANTES.
A introdução já é ELETRIZANTE, com o fundo preto e todo um mistério em volta da figura do Cascão, com o seu parkour sobre rodas. Tudo é eletrizante e repleto de ação e mistério. Depois de Cascão pegando a Mônica no meio de uma queda impressionante, voltamos QUATRO DIAS no tempo para entendermos o que nos levou até aquele momento, e tudo começa com uma briga do Cascão e do Cebola com direito a citação a “Harry Potter” e tudo: “É preciso ter coragem pra enfrentar os inimigos… e mais ainda para enfrentar os amigos!” É uma das raras vezes em que vemos alguns dos personagens principais brigar com outro, e essa briga pareceu muito REAL e definitiva. Cascão disse umas verdades (“Esse é o seu problema, Cê! Eu, eu… sempre EU! Tô cansado disso! De correr atrás das suas prioridades! Você é muito egoísta, cara!!”) e o Cebola disse que “eles não têm mais muito a ver mesmo” e que “a parceria deles ficou no passado”.
Wow.
Seguindo sempre num tom escuro e repleto de SOMBRAS, a edição aposta no mistério quando o Cebola não aparece na escola no dia seguinte, e o Cascão está todo distante e meio bravo, e as meninas estão preocupadas pela amizade dos dois. Dessa vez a briga parece bem séria. Então somos apresentados à doença inexplicável do Cebola, que não se move e não responde a estímulos externos. Quando o Cascão vai visitá-lo, achando que não passa de “mais um plano infalível”, sua mãe diz que suspeitam de um tipo de Síndrome de Catatonia e que ele será transferido para um hospital. O Cascão tem a impressão de que “o Cebola não estava lá”, e se sente mal porque as últimas coisas que disse ao amigo foram terríveis naquela briga que eles tiveram… e toda essa confusão começou na noite daquele filme de terror, com a tempestade e o apagão.
Qual a relação?
Então, enquanto o Cascão recebe mensagens misteriosas em seu celular que dizem “LIBERTE-SE DA MÁGOA… OU SEU CORAÇÃO SERÁ DRENADO”, uma nova tempestade e um novo apagão acontecem. No dia seguinte, Mônica e Magali tampouco aparecem na escola. A CORRENTE DO MAL. O Cascão entende depressa que algo de errado está acontecendo e deve ter relação com o filme… afinal de contas, Magali e Mônica também tinham combinado de ver o mesmo filme que o Cebola, juntas. Assim, Cascão precisa começar a investigar, e ele conta com a fiel e divertida ajuda de Xaveco, e é TÃO BOM vê-lo em destaque… também é MUITO BOM ver outros personagens ganhando destaque, como é o caso do Jerê, o único que compareceu à noite do “filme do terror” com Cebola e os amigos e “não está doente”. Ele pode lhes contar o que aconteceu.
Mas o Jerê NÃO É o Jerê. Ele está todo sinistro, e chama o Cascão de “tolo mortal”, depois desafia ele e o Xaveco para uma mini-partida de basquete, e então contará o que aconteceu, se for derrotado… caso vença, ele diz: “Vou devorar seus pobres corações, mortais insolentes!” A edição, a cada virar de página, fica mais DARK e sinistra, e o clima pesa ainda mais quando o Cascão ganha um aplicativo no celular que funciona como a Pedra da Visão em “As Crônicas de Spiderwick”. Com ele, Cascão e Xaveco podem ver o que há de errado com o Jerê: “Eita, lasqueira! Tem um encosto capirotando o Jerê!” Adoro o estilo mangá, adoro o Xaveco medroso subindo nos ombros do Cascão e os desenhos deles criancinhas… o que está tornando o Jerê tão estranho é o Espectro da Arrogância que está dominando-o e, sabendo do que se trata, é mais fácil derrotá-lo.
Mas não menos creepy.
De volta ao normal, Jerê conta o que aconteceu:

“Eu estava de olhos fechados quando, de repente, a temperatura no quarto começou a cair. Fiquei ofegante… com o peito pesado… e-eu sei que parece loucura, mas… sons estranhos começaram a sair da TV! Era uma mistura de estática e… vozes! Vozes em agonia!”

Jerê foi punido por seu “orgulho”, por ter escondido a sua fraqueza de seus amigos, e ali, com um Espectro sobre ele, se tornou um “Guardião do Portal”. Agora com a ajuda de Jerê, Cascão e Xaveco vão em busca do FILME, e suspeitam que ele pode estar com Denise, que foi visitar a Mônica. Ela os recebe com um divertido “Hã?! Elenco de apoio, vocês aqui?! O que traz o esquadrão dos perdedores à minha porta?” digno de Denise, mas nem ela é TÃO cruel quanto ela se mostra logo em seguida, e então sabemos que há algo errado… cada vez mais sinistra, Denise magoa Cascão, que sai para chorar pelo Cebola e pela amizade destruída deles, mas consegue capturar Jerê e Xaveco, e seu Espectro se revela como o Drenador da Vaidade. A Denise fica AINDA MAIS macabra do que o Jerê, com aqueles dentes afiados e aqueles olhos brancos, e ataca os garotos brutalmente.
Felizmente eles a vencem, e de um modo quase fofo.
Mas as fofuras duram pouco… vide o flashback de como tudo aconteceu.
Dark.
Enquanto isso, Cascão conhece aquele que vem conversando com ele através do celular, enfim pronto para se desprender da tecnologia. Primeiro, ele faz Cascão pensar em seus amigos, falar deles e o faz chorar, mas um choro bom, que te faz sorrir, e isso faz com que o garoto seja enchido pela sensação de AMOR. Dominado por ele, ele pode ver o Console da Irmandade, Brilhante, que aparece à sua frente. E ali temos um dos diálogos mais explicativos e mais interessantes da edição:

“Nossos mundos correm grande perigo! O equilíbrio é o pilar existencial… e para cada parte, há uma contraparte. Para cada luz… uma treva! O filme que você persegue é o ritual de abertura do Portal… disfarçado em sua tecnologia!”
“E-e o pen drive é a chave? Meu amigo… que brisa!”
“Espectros adentram em seu mundo por essa passagem e se alojam em pessoas fragilizadas! São como parasitas da alma! Absorvem a mágoa, o medo, a inveja, a raiva… sentimentos negativos, para criar um ciclo de caos! A discórdia semeada por um indivíduo… contamina um grupo, uma comunidade, um país! Levando a sociedade ao colapso total! Você compreende o perigo que corremos?”
“Você é tipo um Pokemongo, só que saiu do celular, não da pókibola”

Assim como Jerê e Denise foram capturados, eles também estão tentando pegar o Cascão, com o Drenador da Mágoa, por isso Brilhante, seu Console da Irmandade, segue repetindo para que ele não deixe a mágoa dominá-lo. O final da edição é repleto de informações e um tanto quanto confusa, com uma série de elementos que deve ser aproveitada na segunda parte de “O Portal das Trevas”. Cascão rouba o pen-drive de seu próprio quarto e foge com patins em direção à escola, onde poderá usar o telão do auditório para abrir o Portal ele mesmo. Segundo Brilhante, é a única coisa que podem fazer para salvar os seus amigos, por mais que pareça perigoso. Além do mais, em algum momento Cascão terá que enfrentar o Arauto da Destruição. As cenas da escola são todas maravilhosas, e devíamos ter uma revista com Cascão, Xaveco, Jerê e Denise como protagonistas.
Só dizendo…
Com o Arauto da Destruição pronto para atacar, Espectros perseguem os adolescentes pela escola, e é sinistro. O Xaveco nos ombros do Jerê gritando “Corram para as colinas! Mulheres e personagens secundários primeiro!” foi impagável, mas as coisas ficam sérias novamente quando chegam ao auditório e projetam o filme, como um ritual para ABRIR O PORTAL. Através do Portal, Xaveco é o primeiro a ser levado. Depois, a força puxa Jerê, e Denise tenta segurá-lo o quanto pode, dizendo que não pode largá-lo, e aquilo foi LINDO (!), mas então os dois acabam passando também. Para salvar os amigos, Cascão não vê outra alternativa a não ser se entregar. Ele deixa que o Portal também o sugue, e então ele poderá ajudar os amigos do lado de lá.

“Coragem não é a ausência do medo, mas a escolha de algo que é mais importante! Mesmo que o mundo lá fora seja uma tempestade, tenha coragem de seguir se coração… pois ele já sabe o que você realmente deseja”

QUE EDIÇÃO SENSACIONAL! <3
Mal posso esperar pela SEGUNDA PARTE.
São só duas partes, mas por mim podia ser uma saga de QUATRO edições, no mínimo!

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