Vale o Piloto? – Deception 1x01
“Ladies and
gentleman, I’m Cameron Black”
Nesse momento,
estou em estado de êxtase depois de assistir o Piloto mais que perfeito de “Deception”: EU SIMPLESMENTE ADOREI TUDO
NESSE EPISÓDIO. Do começo ao fim, com um ritmo impressionante, repleto de
truques de mágica e mistérios, a série conquistou-nos depressa, e as atuações são
mesmo fascinantes. Já desenvolvo um crush
por Jack Cutmore-Scott, que interpreta Cameron Black, e acho que a série tem
todo o potencial para ser um sucesso ESTRONDOSO. Tem carisma, tem força, e tem
uma vibe meio “Truque de Mestre” que, para mim, não poderia ser mais perfeita. Adorei
o brilhante desenvolvimento da trama nos primeiros 43 minutos, como os
personagens foram bem apresentados, bem interpretados e como a trama caminhou
do show de Cameron Black até que ele se una ao FBI porque ambos têm interesses em comum.
Tudo é
FASCINANTE!
E a verdade é
que “Deception” nos ganha desde a
incrível primeiríssima cena: QUE COISA MARAVILHOSA. Eu sou, e sempre fui, um apaixonado por mágica, então tudo o que
tem a ver com o tema me encanta. Mas a
introdução foi, quiçá, uma das melhores primeiras cenas de séries na história
da televisão! Tudo a ver com o tema, vemos um show de Cameron Black,
simplesmente incrível, no qual ele faz alguns truques, nos engana e chama nossa
atenção para o quanto nos enganamos
todos os dias com frases como “I don’t
need to go to the doctor, I’m fine”. Ele tem uma atitude meio convencida,
necessária para um show de mágica, um sorriso charmoso, talvez sedutor, e é
impressionante como ele nos leva para dentro da história depressa. Em poucos minutos, estamos totalmente
envolvidos. E ele quer nos fazer acreditar que NADA É IMPOSSÍVEL.
Acho meio
paradoxal a maneira como ele é seguro de si, convencido e talvez até um
pouquinho superior demais, mas como
isso só o torna, no fundo, MAIS FOFO. E ele é uma estrela no mundo tudo, com um
show ao vivo em Las Vegas, exibido em Nova York, na Times Square. O truque que
ele performa na primeira parte do episódio é daqueles de fuga ao estilo Houdini
que me dá um desespero TREMENDO, mas tudo
é tão absurdamente surpreendente e fascinante. Temos a impressão de que
tudo está dando errado, de que Cameron Black pode morrer, e então ele cai
balançando e destruindo um telão. Então,
quando tudo se apaga em Nova York antes de ele surgir no telão de lá e,
subitamente, APARECER AO VIVO EM NOVA YORK… wow! Fiquei de queixo caído,
apaixonado, e naturalmente não podia deixar de pensar em “Truque de Mestre” e o primeiro truque dos Quatro Cavaleiros.
Por isso, foi PAIXÃO à primeira vista.
“There's a word magicians don't use anymore, but I always wanted to try it.
Ta… da!”
Começado desse
jeito incrível, nós nem temos tempo de tomar fôlego antes que a agilidade da
trama nos leve adiante. Encontramos Cameron Black em um carro em Nova York, com
uma misteriosa mulher de olhos de cores diferentes, e depois de um acidente,
tudo o que vemos é Cameron Black sendo acordado, na manhã seguinte, por
policiais raivosos que invadem seu quarto de hotel, acusando-o de ter matado
uma mulher e fugido da cena do crime.
Eles têm até uma foto, e então a grande revelação do início do episódio: “The man in the photo… it’s not me! It’s my
brother. My twin!” Naturalmente, TUDO FAZ MUITO MAIS SENTIDO agora. O truque
de Las Vegas à
Nova York agora é muito fácil de se entender, mas isso também quer dizer que a
sua carreira está em jogo: “It's
everywhere. Everyone knows. We keep a secret 30 years, and
it falls apart in a night”.
Um segredo guardado por 30 anos e que pode
arruinar tudo.
Mas a série,
em poucos minutos, SÓ FICA MELHOR. Na cena de Cameron e Jonathan Black na
prisão, Jonathan explica o porquê de
ter fugido da cena do “crime”, e então institui-se um fabuloso mistério para “Deception”:
“It's the
wrong woman. The woman in the car with me had different-color eyes. After the
wreck, I found her. There was blood. I-I tried to save her, what you're
supposed to do, but she was already dead. Cam, she wasn't the woman from the
car. This body was a different woman. Her eyes, they were the same color. That's
why I ran. I knew it wasn't an accident. I was set up”
E a cada
momento eu me mexia empolgado na cadeira. A
cada segundo MELHOR!
Depois desses
desastrosos acontecimentos, Cameron Black só tem uma coisa em mente: SALVAR O
SEU IRMÃO. E ele precisa encontrar quem
armou para incriminar Jonathan. UM ANO DEPOIS, um caso muito bizarro aparece no FBI. Supostos tiros,
fumaças vermelhas (?) e a explosão de um avião que não deixa nenhum ferido. Cameron sabe que isso não faz sentido: “Well, that's just wrong. A-A plane that big explodes,
it would kill everyone in the hangar. Whoever did this was an illusionist. […]
He needed an audience”. Depois de 12 meses e 23 viagens em busca do cara
que incriminou o irmão, Cameron FINALMENTE tem uma dica boa. Esse lance todo de
fumaça vermelha e fazer um avião desaparecer ele fez na TV, em um especial,
então só pode significar uma coisa: um
ilusionista está tentando chamar a sua atenção, e é o mesmo que incriminou
Jonathan.
A excitação dele ao falar é APAIXONANTE.
Assim,
Cameron Black acaba na “cena do crime”, interferindo nas investigações do FBI,
e as cenas funcionam tão bem, a química com Kay e Mike é tão IMEDIATA! Adoro a
explicação dele do que é mágica (“Illusion
is misdirection... that is to say, forcing the audience to look one way while
the real trick is happening someplace else”), porque é basicamente o que
Daniel Atlas falava em “Truque de Mestre”,
e então ele ganha uma chance de demonstrar
o que deve ter acontecido. Kay é bastante cética, inicialmente, mas ter Mike,
um fã de Cameron Black, ao lado é bastante útil… então, ele pode explorar a
cena do crime, explicar o que aconteceu, e mostrar-lhes que o avião não explodiu, apenas foi levado dali.
E quando ele mostra como aconteceu, ele tem direito a um “Ta-da!” Assim, a busca por Felix Ruiz se transforma, graças à
consultoria mágica de Cameron.
E ele ainda quer ser parte disso:
“Wait,
wait, wait. What about the red smoke, the Learjet 55? […] He's calling me out. The
illusionist who did all this. I'll bet everything I've got the guy who made your
plane disappear framed my brother for murder. All that matters is you're looking
for a drug dealer, I'm looking for the magician who helped him get away”
Naturalmente,
ele tem razão. Os casos estão
conectados. Kay quer pegar Felix Ruiz, um traficante de drogas, e Cameron Black
quer ir atrás do ilusionista que o ajudou a fugir, porque é o mesmo que incriminou Jonathan. Assim, ele se junta ao
caso, e eu ADORO a interação com Kay, especialmente quando ela manda que ele “pegue
sua capa”, embora ele não use uma, e diz que nunca viu seus especiais, porque “não gosta de mágica”. O “okay” incrédulo dele é tudo o que eu
tinha a dizer. E cada vez mais, com comentários incríveis e abusados (“You are so wrong. There is nothing like
really good magic... except maybe great sex”), ele vai mostrando que tem
razão, que pode ser muito útil, como quando faz aqueles truques de mágica para
descobrir quem sabe do paradeiro do
avião do FBI desaparecido, e Kay realmente consegue encontrar o cara que viu
tudo.
“C’mon! Nobody leaves my show early!”
Ainda estamos
no Piloto, num momento de definir personagens, motivações e futuros rumos, e
descobrimos um pouco sobre Kay Daniels, sobre como “buscar Felix Ruiz é sua
vida”, e eu achei aquilo bem doloroso. Também vemos a equipe de mágica de
Cameron Black quase o abandonando porque eles precisam de um SHOW, mas ele pede
uma última chance. Assim, ele acaba
convencendo os amigos a ajudá-lo a retornar para o FBI depois que ele foi
dispensado, e ele volta se passando por Dominic Prince, e vamos dizer: QUE
DISFARCE PERFEITO! Eu mesmo não o
reconheci nos primeiros momentos da cena! Claro que depois que o vemos, é
impossível deixar de notá-lo. E o disfarce, também, se mostra útil, porque
Andrei realmente acredita que é Dominic que está ali, e acaba abrindo a boca
falando que Felix ainda está na cidade e tem um encontro com Dominic no dia
seguinte.
Então agora é
hora de armar um plano com o FBI…
“If we were to do this… what would you need?”
A série é
cheia de nuances e possibilidades. Por exemplo, Cameron vai atrás de Jonathan
por ajuda no plano, e o ressentimento do irmão e aquele “I was trapped in your life and you wouldn’t let me go!” realmente
me golpeou feio, mas ele ajuda na confecção do plano perfeito. E é isso o que
eu mais adoro em SHOWS DE MÁGICA: o fato de que às vezes pensamos que as coisas
estão dando errado, mas no fundo tudo é milimetricamente calculado para distrair a plateia e soar mais real, e
tudo segue exatamente o plano. Começa na troca do verdadeiro Dominic por
Cameron em disfarce, depois aquela cena no carro em que ele confessa que não é
o Dominic, e a parte em que dirige de olhos fechados, enquanto Felix “toma as
decisões”, levando-os até um beco sem saída com uma pintura fajuta no fundo,
mas que o cérebro não consegue processar até que seja tarde demais…
Uma sequência
fascinante de cenas na conclusão do episódio! Tudo estava no plano, tudo era
importante para chegarem até aquele momento dos policiais surgindo de todos os
lados e a bala que “Cameron pega”. Ainda ganhamos uma pista a respeito da
ilusionista que ajudou Felix a escapar e incriminou Jonathan: “La hechicera. Con los ojos mágicos”. Era
a mulher com olhos de cores diferentes o
tempo todo, e eu acho que será um brilhante embate ao longo dessa
temporada, e eu mal posso esperar para conferir! Depois daquela festa que o
pessoal da mágica organiza para o FBI, por terem conseguido levar Felix Ruiz
preso, Kay confessa que viu o especial de Cameron e que foi “fantástico” (!), e
chama a atenção dele para o único detalhe que foi diferente no especial e no sequestro real do avião. Ou não. Uma caixinha de baralho, um
celular, uma ligação INCRÍVEL e o aeroporto de Frankfurt.
Podia ser mais perfeito?
AMANDO A SÉRIE DESDE JÁ! <3
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