A Usurpadora – O retorno de Paola Bracho
“Falta uma semana para regressar à maldita casa dos
Bracho!”
Por um bom
período de tempo, estamos em uma intensa contagem regressiva, enquanto vemos
pequenas cenas de Paola Bracho, divertindo-se pelo mundo, totalmente recuperada
após o seu acidente, contando os dias para retornar para casa. O prazo que deu a Paulina está chegando ao
fim. No entanto, as coisas mudam quando Paola Bracho descobre que Paulina sumiu e, temendo que ela tenha roubado
todo o seu dinheiro, ela resolve voltar imediatamente.
A TENSÃO TOMA CONTA DA NOVELA, em um intenso jogo de dissimulação de todas as partes. Muitas mentiras,
intrigas, segredos… e okay, nós adoramos!
Vide a cena do nervosismo de Carlos Daniel ao falar com a verdadeira Paola no
telefone, e ele chega a tremer, por quão
dissimulada ela é. Mas como ele se contém no telefonema, ela acha que não foi descoberta.
Por isso,
retorna.
O complexo
jogo de falsidade vem de todos os lados. Paola está de volta, fingindo que nunca esteve fora, e toda a
família, que já sabe que Paulina esteve
em seu lugar, também dissimula, fingindo que não sabe de nada. E agora, eles têm a verdadeira Paola nas
mãos. É HORA DO SHOW. Eu gosto de como todos se reúnem ao pé da escada,
perguntam se “estão preparados”, como prestes a realmente começar um ato. A
SEQUÊNCIA É GENIAL. Todos estão contidos, mas morrendo de ódio por dentro, e
Paola desce as escadas, a velha Paola de sempre, tão dissimulada que chega a ser hilário. Gabriela Spanic é incrível
ao interpretar as gêmeas, e além de ter mudado as roupas para tons mais fortes
(o estilo de roupas é o mesmo, o que a difere de Paulina são os tons), o seu
modo de falar, de andar e de se portar é inegavelmente outro.
Ela está
atirada para cima de Willy, sem saber que Paulina terminou o que havia entre
eles, ela provoca Estefanía, e ainda é toda falsa para cima de Carlos Daniel.
Mas Paola não é o cúmulo da esperteza, ela dá umas bolas foras condenáveis. Ela
diz coisas como “Oi, Gema. Quando
chegou?”, que são respondidas com sarcasmo como “Faz um ano. Ainda não tinha notado minha presença?” E Paola faz
isso continuamente, perguntando se a Vovó Piedad segue trancada no quarto, por
exemplo, ou perguntando de Carlitos, que Carlos Daniel diz que está “interno em
um colégio”. E na verdade, todos estão se divertindo com o quão deslocada Paola
parece na própria casa, convertida na sua própria usurpadora. Até Lalita se diverte dizendo que ela sempre acorda às
sete, às vezes antes, e que vai trabalhar na fábrica… um monte de informação que ela desconhece.
Mas o mais
legal, quiçá, é o desprezo de Carlos Daniel. Ela tenta se jogar para cima dele,
mas ele a afasta, diz que “está sem humor para carícias”, e o ápice de seu
cinismo está em “Estás curada tu, pero
ahora quién estás enfermo soy yo”. COMO EU RI DESSA CENA. Na verdade, foi
ela quem pediu isso. Paola quer impor o seu jeito novamente, quer que todos
entendam que ela mudou (de novo), mas Willy a adverte de que, agora, “todos ali
preferem a Paola boa”. Na verdade, foi
ela quem pediu, não foi? Willy é quem lhe abre os olhos para todas as
mudanças que ela fez na casa, na fábrica, com as pessoas ao seu redor, e
garante que é essa Paola que todos amam. Paola,
irredutível, diz que agora eles terão que se conformar com o que ela estiver
disposta a ser. E há inegável prazer na maneira como Willy conta isso tudo
a Paola Bracho, para fazê-la sofrer.
Carlos
Daniel, por sua vez, está quase sem paciência para seus jogos. A trata com
frieza, com desprezo, e diz que as tudo mudou como ela mudou, há um ano. Ele deve se divertir, por dentro, ao
dizer-lhe que foi ela quem começou isso. Foi
ela quem mudou e mudou a todos ao seu redor. Há um ano as coisas mudaram, e
nada poderá voltar a ser o mesmo, ele tampouco quer isso… diz claramente que
quer que ela volte a ser quem era nos últimos meses, e ainda a desafia
astutamente quando ela insiste por dinheiro para coisas fúteis, e ele se recusa
a entregar-lhe. “Mais algo a dizer,
Paola?”, ele pergunta, em um interessante desafio. Carlos Daniel já sente
falta de Paulina, e trata Paola com frases como “Se precisa de dinheiro para vestidos, pegue do seu. Da fábrica, nem um
centavo. Você já sabe disso”, coisas que aprendeu com a própria Paulina.
E EU ADORO
ISSO! \o/
Paola cavou a própria cova.
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