A Usurpadora – A transformação de Estefanía

As ações de uma mulher honrada: Paulina.

Devo dizer: Chantal estava mesmo péssima com aquelas trancinhas. Até hoje eu não entendo qual era daquele “penteado”. Em “A Usurpadora”, Chantal interpreta Estefanía Bracho, a irmã adotiva de Carlos Daniel e Rodrigo, casada com Willy que, por sinal, é um dos muitos amantes de Paola Bracho. Um pouco pela desconfiança dessa relação e por uma série de outras desavenças, Estefanía e Paola nunca se deram bem. Estefanía a odeia com todas as suas forças, e ela até tarda em perceber que “Paola” mudou quando Paulina assume o seu lugar na casa, porque ela está ocupada demais julgando e detestando toda e qualquer ação de “Paola” e ficando contra ela. É interessante, no entanto, que, mesmo assim, Paulina Martínez vá desempenhar um papel tão importante na transformação de Estefanía de volta em uma mulher desejável.

Mas Paola era mesmo desprezível, e Estefanía não estava errada em odiá-la. Vide uma das primeiras cenas de Paulina na Casa dos Bracho, quando ela “volta de sua viagem” e entrega a Estefanía um “presente” que foi Paola quem lhe deu. Ali está claro como Paola não prestava. Para provocar, ela lhe dá de presente uma camisola toda sensual, que não condiz em nada com a forma de Estefanía se portar, sem contar que é uma tremenda afronta vindo daquela que você acredita que é a amante de seu marido. Mas eu fiquei com pena da Paulina, que entregou o presente inocentemente, toda de bom coração, e acabou levando um tapa de Estefanía que chegou a fazer o seu cabelo voar. É, por sinal, uma das minhas atuações favoritas de Gabriela Spanic, porque a maneira como ela treme e como não baixa a cabeça a esse tipo de atitude… wow!

Certamente, admirável.

Entre as mudanças que Paulina fez na casa, que não foram poucas, está a tentativa de salvar o casamento de Estefanía e Willy, e eu devo dizer: ELA FEZ A SUA PARTE. Acontece que o Willy realmente não presta. Logo de imediato, ela termina qualquer “caso” que Willy tinha com Paola, o que o torna amargurado e um “voto” a mais contra ela, mas Estefanía nunca deixa de surtar pelo o que acredita que acontece entre eles… afinal de contas, as circunstâncias parecem indicar mesmo que algo pode estar acontecendo. Porque “Paola”, agora, trabalha na empresa, e está cada vez mais envolvida com o lugar, e Willy subitamente também está super interessado em “trabalho”. Willy está realmente aprontando, mas dessa vez não é com Paola Bracho, e Estefanía não é capaz de entender isso… quando ela grita, quase em surto, que eles são amantes, Piedad diz que isso é uma “calúnia” e quase bate nela.

Não seria uma calúnia no caso de Paola.

Mas é, no caso de Paulina.

Paulina, por sua vez, é uma mulher muito boa em não guardar rancor. Ela inclusive “arruma” as coisas para quando for embora, sabendo que o seu tempo na Casa dos Bracho é contado e está chegando ao fim. Ela fala sinceramente com Estefanía, sabendo que Paola voltará a lhe fazer mal quando retornar, e pede que ela seja forte e “dona de sua vida”, e não a mulher amargurada que é… assim, contra todas as possibilidades, é a própria Paulina, que para Estefanía é a “detestável Paola”, quem ajuda Estefanía a MUDAR. E que mudança! ESTEFANÍA FICA LINDA! Sem os óculos, com roupas novas e sensuais, o cabelo solto… ela até encanta o Willy, que volta a ficar louco por sua mulher, o suficiente para que ela engravide, fruto da reconciliação. Totalmente honrada e BOA, Paulina ainda dá um jeito de afastar a amante de Willy, chamando sua atenção… e eu quase morro de orgulho.

Mas o Willy não presta, e isso dura pouco.

Aí, pela primeira vez, eu fico com pena de Estefanía.

Para mais postagens de A Usurpadora, clique aqui.

Ou visite nossa Página: Além do Cantinho de Luz