Chiquititas (2015) – A família de Bia!

“Eu pensei que a gente ia ser irmã pra sempre”

Há algum tempo, Bia, a minha personagem favorita em “Chiquititas”, ganhou destaque. Tudo começou em uma união das tramas de Vivi contando a Tati que Cícero, o “Homem Triste”, era o pai delas e a Pata e o Mosca indo morar com a Graziele. Assim, embora conhecêssemos a comunidade desde sempre, especialmente graças a Shirley e a Maria Eduarda (uma dupla que eu AMO, por sinal!), agora o núcleo das crianças também muda para lá, em parte. Assim, Bia conhece Juca, em uma festa no sambão, e passa a estar cada vez mais na comunidade – isso a leva a uma casa que faz memórias de sua infância virem à tona, mas como isso vem em forma de sonho, ela precisa averiguar para saber se as informações são verdadeiras: assim, ela conhece Edgar e ganha uma foto de sua mãe. Além de informações sobre o seu pai que não parecem tão verdadeiras.

Eu digo que “não parecem tão verdadeiras” porque, logo que essa história se inicia, nós também conhecemos Geraldo, o pai de Bia, e ele não se parece em nada com a descrição assombrosa que Edgar faz dele. De todo modo, o homem aparece em um desfile beneficente que as Damas da Caridade organizam, e fica fascinado pela Bia – também pudera, ela é a cara de sua mãe! Com essa primeira impressão impactante, Geraldo conversa com Carmem para poder visitar o Orfanato Raio de Luz, e é totalmente evidente que ele está ali pela Bia. Uma pessoa muito melhor que a Carmem, pelo menos, ele também é, porque ele não vê graça alguma em nenhuma das suas piadas potencialmente preconceituosas. Infelizmente, assim como o foi com a Graziele, tudo acontece bem depressa nessa fase de “Chiquititas”: Edgar consegue a autorização para que Bia more com ele.

Por um tempo de teste…

Assim, quando Geraldo reencontra Bia no Orfanato, e pergunta “quem era aquele homem”, ela responde: “Aquele é o meu tio, o Edgar. Eu vou morar com ele!”, e eu achei isso triste. Mesmo assim, o Geraldo faz de tudo para estar próximo de Bia, e o seu sorriso é tão amplo e tão sincero que me conquistou… dá para sentir, em sua expressão, a emoção e a felicidade. Como uma última maneira de confirmar a identidade da garota, ele lhe pergunta sua idade. 13 anos. Então ele SABE que tem que ser sua filha, porque a idade bate, tem a cara da mãe e o seu tio é o Edgar… quando ele conta isso tudo a Leandra, sua namorada, ela ainda confirma tudo ao dizer que, quando eles começaram a namorar, a mulher apareceu na sua casa dizendo que estava grávida, e ela achou que era um golpe e a expulsou, disse que o Geraldo não assumiria filho nenhum. E então ela foi embora.

“Eu podia ter sido o pai que eu sempre quis ser!”

Geraldo é um homem bom, e ele não tem culpa por Bia ter acabado no Orfanato, porque já ficou provado que ele não sabia de nada. Mesmo assim, Edgar apareceu um pouco antes, e as coisas estão acontecendo depressa, portanto Bia já está arrumando as coisas para ir morar com o tio, por algum tempo, e uma cena forte acontece quando Bia conversa com Vivi, brevemente, e lhe diz que “ela está aí, com o pai vivo que ama ela e a Tati, e está perdendo tempo de não ir morar com ele”. Wow, um inteligente tapa na cara que tem tudo a ver com a Bia e com quem ela é… eu a amo por essas coisas! Quando Geraldo retorna ao Orfanato, empolgado para conversar com Bia, ela já está quase de partida. A emoção dele, contida, mas evidente, ao ver a foto da mãe… lindo. E doloroso quando ele pergunta do pai e ela conta que o tio disse que “ele era um homem muito mau”.

A despedida da Bia, como era de se esperar, é TRISTÍSSIMA, embora rápida. Felizmente, a Mili estava presente, porque fora convidada a “passar uma noite no Orfanato”, mas faltou a Pata, tendo em vista que as duas ficaram muito amigas devido aos romances com Duda e com Juca! Assim, ela se despede das meninas, e todas estão CHORANDO, e é tão triste. Particularmente a parte de Ana, que lamenta: “Eu pensei que a gente ia ser irmã pra sempre”. Bia agradece a todos por tudo, pelos momentos, e em meio a lágrimas, ela é abraçada e se despede. Ana pede que ela não vá, mas ela explica que tem que ir, e que vai vir visitá-la sempre, e a Vivi, entre todas, é quem abraça e cuida da Ana naquele pequeno momento muito terno. Se eu chorei? Eu sou muito emotivo, e o momento foi bonito e triste. Então Bia vai embora e Ana fica triste (“Daqui uns anos a gente vai perder contato, como todas as meninas que foram embora”), porque a Bia foi a primeira menina que conheceu ali, e ela sempre cuidou dela, e Maria tenta acalmá-la…

Bia, por sua vez, está começando uma nova fase de sua vida.

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